domingo, 13 de outubro de 2013
Sobre o Porto e não só...
Na passada 4ª Feira fui passear pela “baixa". Desloquei-me a
pé, a forma preferida de me deslocar. Ao passar na Praça Carlos Alberto entrei
no Palacete Viscondes de Balsemão
mas apenas estava patente ao público uma
exposição de numismática. Segui para a Av. dos Aliados. Comecei por entrar na
Culturgest. Como não havia nenhuma exposição, limitei-me a passar os olhos
pelos livros expostos na livraria e pela belíssima cúpula interior do edifício.
Ao procurar, na NET, imagens da mesma para aqui colocar deparei com este site com
informações interessantes sobre o Porto. Infelizmente, sobre a dita cúpula
apenas uma imagem parcial e pobre (nº13).
Como nunca tinha visitado o espaço AXA, (quase em frente à Culturgest)inaugurado salvo erro em Abril
decidi ali entrar. Deixo um vídeo que
também encontrei na NET a propósito de uma exposição ali patente O Porto visto de fora
Dali segui até à FNAC (que falta sinto da Leitura no Cidade do Porto...) e
regressei a casa por Sta Catarina, Marquês e Constituição.
Na sexta feira reuni a família para jantar pois tenho cá um
sobrinho meu, brasileiro, mais um arquiteto
da família, que vai ficar por cá até ao
próximo dia 20. Foi muito agradável o convívio que se repetiu ontem e se irá
repetir amanhã. À semana é sempre mais complicado pois as crianças têm que se
deitar cedo.
E porque falei do Porto, cidade de que o meu sobrinho também gosta muito, deixo um poema do meu 1º livro
(Reflexões e interferências)
Miragem
Estou
sentada no café do cais
aqui
na Ribeira junto ao rio,
um
passante segue pela rádio o desafio,
e,
ao meu lado, uma jovem enlevada
olha
com o olhar perdido a outra margem,
enquanto
um casal recorda uma viagem.
Os
demais conversam sobre tudo.
Aqui
e além falares dispersos.
Aqueles
ali creio que falam eslavo
e
conversam com um ar muito sisudo
Na
minha mesa está pousado um cravo
e
o livro que ando a ler "Primeiros versos"[i]
Não
me apetece ler, de enamorada
que
fico ao olhar esta paisagem
mista
de sonho e de realidade,
nem
sei se ela existe ou se é miragem.
Do
outro lado, as caves imponentes;
atravesso
a ponte e já me encontro em Gaia,
na
vila nova que agora é cidade.
Vejo
o Douro, os barcos rio acima
levam
turistas e passam indolentes,
vejo
as fachadas de granito, e bem por cima
ameaçando
chuva o céu cinzento.
Um
ar frio perpassa-me, é o vento
o
tal a que chamam de nortada.
Regresso
e inicio
uma viagem,
entro
num carro eléctrico, na paragem
e aí vou eu
vagueando com o olhar,
S.
Francisco, S. Pedro em Miragaia,
a Alfândega,
Massarelos , vários cais.
O
eléctrico avança um pouco mais
e
do outro lado já vejo o Cabedelo,
o
rio encontrou o Oceano, entrou no mar.
Difusos
através da bruma,
uma
traineira, um navio parado,
que
para entrar na barra ao largo aguarda.
enquanto
o mar se agita e regurgita espuma.
A
difusão da luz torna tudo mais belo,
mas
o meu passeio vai findar, não tarda.
O
meu corpo está enregelado
e
o vento desalinha-me o cabelo.
É
quase noite, urge regressar
mas
é difícil ter que abandonar
estas
paisagens de bruma e de granito.
Não
sei se adivinhando o meu pensar
uma
gaivota solta um pio, aflito.
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Cada vez gosto mais do Porto, mas custa-me tanto a andar agora...
ResponderEliminarNo FB tenho ligações a vários sites do Porto e todos os dias aparecem fotos extraordinárias da cidade a todas as horas do dia: Ilove Porto, por exemplo.
O teu poema....é o costume, simples e soa bem.
Gostei muito do seu Poema e do que escreveu sobre o seu passeio pelo Porto. Eu gosto muito da Ribeira de Gaia.E sabe porquê? Para apreciar melhor a Ribeira do Porto.
ResponderEliminarUm beijo.