quinta-feira, 27 de setembro de 2018
IRON MAN ou uma história muito bonita…
Esta mensagem será também postada no meu outro blogue "Reflexões e Interferências"
Iron Man é uma personagem da Marvel Comics
que tem ispirado jogos,filmes, etc. Mas é também uma modalidade de triathlon de longas distâncias, compreendendo natação, ciclismo e corrida. Realiza-se em várias partes do mundo, nomeadamente em
Portugal, Cascais.
Aqui podem ver um pequeno vídeo de uma das provas ali
realizadas
No próximo dia 30 vai decorrer a prova
de 20i8. http://www.ironman.com/pt-pt/triathlon/events/emea/ironman-70-3/cascais.aspx#axzz5SISN7VoB
"Conhece a prova
Ironman? http://diretorio.sector3.pt/Publications/Details/5774-ironman
Pois então siga o nosso
amigo Miguel Ferreira Pinto que irá participar na prova de forma solidária e
todo o apoio que conseguir reverte para a APCL (http://diretorio.sector3.pt/Directory/Details/6-associacao-de-paralisia-cerebral-de-lisboa
Imagino que neste momento já se estejam
a interrogar. A que propósito surge aqui a referência ao IRON Man?
Miguel Ferreira
Pinto é um dos 8 netos de uma prima minha. Tem uma
irmã e um irmão, o Pedro, um jovem inteligente e doce, que sofre de paralisia cerebral.
Aqui https://www.mfpironman.com/ poderão perceber melhor, quer através do texto, quer
através das fotos, quais as razões que levam Miguel Ferreira Pinto a participar
na prova
Sempre pratiquei desporto
e fui desafiado para fazer o IRONMAN 70.3.
Na altura achei que era uma
loucura, mas o desafio pareceu-me estratosfericamente perfeito.
Depois de uma lesão, que me
impediu temporariamente de praticar Crossfit, tive que arranjar um desafio
desportivo que me cativasse e que conseguisse conciliar com a minha vida
profissional.
Com o início desta nova
etapa surgiu a ideia de aliar uma loucura pessoal a uma causa que me é querida:
angariar fundos para ajudar a Associação de Paralisia Cerebral de Lisboa.
Afinal é a escola que tem sido a casa do meu irmão há mais de 20 anos.
Ficou decidido: vou fazer o
IRONMAN no dia 30 de Setembro, dê por onde der, e vou tentar juntar o
máximo de dinheiro que aqueles 130km permitirem
Esta é a história bonita que anunciei no
título da mensagem.
Que belo gesto, Miguel. Obrigada
Felizmente há outras situações como a que refiro a seguir, em que
autores consagrados participaram numa iniciativa da Associação Pais em Rede
E porque abordei o tema “Meninos
diferentes” deixo dois poemas, “Menino Diferente” que, em tempos me foi
pedido a propósito de uma acção sobre “Meninos Diferentes”, no âmbito do ensino
especial.
O outro, “Diversidade”, que aborda outro
tipo de diferenças, consta do meu livro Ciência para meninos em poemas pequeninos.
Menino diferente
Menino diferente tal como os demais
pois não há no mundo dois meninos
iguais.
E cada diferença exige atenção…
Vem comigo, vem.
Menino diferente, dá-me a tua mão
Juntos, de mão dadas,
sigamos em frente para ir mais além
Em troca, menino diferente,
peço-te um sorriso.
Nada mais preciso.
Deixo ainda dois vídeos relacionados com o que acabo de escrever
quarta-feira, 19 de setembro de 2018
Após um longo interregno
Em anos anteriores, em meados de julho rumávamos a Trás-os-Montes e
levávamos alguns dos netos. No primeiro
fim de semana que ali passávamos, chegavam geralmente filhos, noras e os netos que faltavam. Ao
longo da semana preparávamos o nosso habitual teatro de verão que era depois representado.
No passado Natal ofereci a todos um livrinho com as “peças “ representadas ao longo de todos esses anos.
Para o" 2º volume", já temos mais duas. A que foi representada
no Natal e a que foi agora representada em agosto, uma peça muito breve, mas que nos divertiu a todos, nomeadamente à amiga da Rita que também participou e a um menino da aldeia que me pediu para também entrar na peça.
Ficou tão feliz´...
Ficou tão feliz´...
Em consequência dos
problemas de saúde que aqui fui relatando, só fomos de férias a 9 de agosto. Entretanto
os netos fizeram novas experiências. A Marta foi fazer um acampamento com os
escuteiros a que pertence,o Bernardo frequentou duas semanas de atividades no
parque Biológico, em Gaia, o José foi para um campo de férias na Póvoa de Lanhoso
(Diver Lanhoso) e adorou. A Rita teve uma experiência ainda mais “fabulosa” Foi
15 dias para um colégio inglês, perto de Brighton. Além de aperfeiçoar a língua pôde
conviver com jovens de vários países.
Como vem sendo hábito, a Rita levou uma colega (no ano passado e há dois anos foram duas) para passar uns dias connosco na aldeia. Este ano passámos todos o tempo na minha aldeia porque o ortopedista aconselhou-me hidroterapia. Como já devo ter referido, no antigo lagar de vinho fizemos, há uns anos, uma “piscininha” onde, religiosamente, todos os dias fazia exercícios, no mínimo meia hora de manhã e outra meia hora de tarde. Senti que me fizeram bem mas a inflamação de tendões e músculos continua pelo que me foram prescritos mais uns exames e uma consulta de reumatologia. A saga, que começou em princípios de novembro, continua…. Mas sou otimista. Não há mal que sempre dure…
Na última semana que passámos na aldeia tivemos a companhia, sempre
agradável, da minha amiga Lourdes Sendas (amizade que vem desde a escola
primária).
O que se pode fazer numa aldeia “perdida” nos confins ? Para mim, as
férias que ali passo permitem-me “recarregar baterias”. Infelizmente este ano
não pude fazer as caminhadas de que
tanto gosto. Mas pude deleitar-me, quase todos os dias, com um novo pôr do Sol visto do terraço da minha casa.
Deixo algumas imagens(infelizmente "conspurcadas" com fios e cabos...)
Para além dos pores do sol, também fiz imagens que
gostaria de não ter tido oportunidade de fazer.. Embora poupada relativamente a
outras zonas do país, também os incêndios ali marcaram presença e, neste caso,
perto de minha casa. Fomos fotografar a azáfama dos aviões num contínuo
vai e vem entre a barragem e o local do incêndio
E por falar de incêndios não posso deixar de referir outros, nomeadamente em Monchique, na Grécia, nos EUA e no Brasil. Refiro-me neste caso ao Museu do Rio de Janeiro. Há 200 anos D. João VI fundava, no Brasil,
um museu que se tornaria o símbolo da história das ciências no país e um dos
maiores da América Latina em História Natural e Antropologia. Do Museu pouco mais
resta que ruínas. O incêndio que ali deflagrou terá devorado uma boa parte dos mais de 20
milhões de objetos de valor incalculável
O crânio de Luzia, tido como o mais antigo
fóssil humano das Américas, com mais de 11 mil anos, terá sido uma das peças
mais valiosas consumidas pelo incêndio.
Havia porém muitos mais tesouros, inclusive
o edifício, o Palácio de São Cristóvão onde foi assinada a independência do
Brasil e que chegou a ser residência do "Rei João VI.
A perda do acervo do Museu é um dano irreparável
para o Brasil e para o todo o mundo ( https://pt.euronews.com/2018/09/03/um-acervo-fundado-por-d-joao-vi-ha-200-anos-e-agora-em-cinzas)
Termino com a referência ao incêndio do Parlamento de Londres, obra de Turner que podem ver aqui (https://arte.laguia2000.com/pintura/incendio-del-parlamento-de-londres-turner),
um poema que encontrei na NET (https://www.escritas.org/pt/t/6754/o-incendio), da autoria de Lucídio de Freitas
e a um poema meu, publicado em 2017 em “Quando o mistério se dilui na penumbra”. Aí aludo ao fogo, e aos demais elementos
um poema que encontrei na NET (https://www.escritas.org/pt/t/6754/o-incendio), da autoria de Lucídio de Freitas
e a um poema meu, publicado em 2017 em “Quando o mistério se dilui na penumbra”. Aí aludo ao fogo, e aos demais elementos
Incêndio
O ar queima, o vento queima, a
terra queima e abrasa.
ondas rubras de Sol batem fortes na areia...
No espaço nem sequer um leve ruflo de asa,
Passa aos beijos do Sol que fustiga e esbraseia.
Fogo de um lado e de outro e o vento o incêndio ateia,
Da planície a fazer vasto lençol de brasa;
E o fogo sobe e desce, e volta, e mais se alteia,
E abraça e beija, e morde a ossatura da casa.
Nisto um grande rumor pela terra se escuta.
Braços abertos no ar, soluçando, o Castelo,
Se desmorona, enfim, depois de estranha luta.
Velho Castelo Real! ó sombra de outra idade!...
Lembras hoje, depois desse horrível flagelo,
As ruínas de Sol no poente da Saudade!
ondas rubras de Sol batem fortes na areia...
No espaço nem sequer um leve ruflo de asa,
Passa aos beijos do Sol que fustiga e esbraseia.
Fogo de um lado e de outro e o vento o incêndio ateia,
Da planície a fazer vasto lençol de brasa;
E o fogo sobe e desce, e volta, e mais se alteia,
E abraça e beija, e morde a ossatura da casa.
Nisto um grande rumor pela terra se escuta.
Braços abertos no ar, soluçando, o Castelo,
Se desmorona, enfim, depois de estranha luta.
Velho Castelo Real! ó sombra de outra idade!...
Lembras hoje, depois desse horrível flagelo,
As ruínas de Sol no poente da Saudade!
Freitas.L
Ponte D. Maria
De
granito, as raízes cravadas na
TERRA.
De
ferro, as vestes rendadas espelhadas na
ÁGUA
e
os possantes cavalos, galopando outrora,
FOGO
nas
entranhas, bafo quente e negro desflorando o
AR.
Agora,
a galope passa só o tempo.
A
ele se entrega sem constrangimento.
Vestígios
de amor, o ocre das manchas no belo rendado.
A
música cósmica flui na
QUINTA
ESSÊNCIA.
Com
lugar cativo, assiste a bailados no palco dos céus,
miríades
de estrelas dançando lascivas, nas noites de breu.
Talvez
de uma delas Eiffel a contemple
Gouveia, R (2017)
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