Na continuação das minhas arrumações,
surgiram outros achados…
Entre eles algumas “pecinhas de teatro”
que os meus filhos apresentaram há muitos
natais….Infelizmente não existem imagens.
Lembro-me bem do teatrinho de 1977. Na sala havia um
presépio. Eu estava fora e cantava
Alegrem-se os céus e a terra Cantemos com
alegria
Já nasceu o Deus menino, Filho da Virgem Maria
Entrai pastores entrai por este portal sagrado
Vinde adorar o Menino, numas palhinhas deitado
O meu filho Miguel
( 6 anos) entrava vestido de pastor . Levava um canequinha e dizia a sua fala Oh meu Menino Jesus Não tenho mais que te dar Trouxe-te este leitinho Para te alimentar
Depois eu, de fora, cantava
Estão a chegar os Reis Magos, após longa
travessia
Para verem o Menino, filho da Virgem Maria
Nessa altura, entrava o Nuno com uma
túnica e uma coroa improvisadas e dizia a sua fala Não sabia que trazer meu Menino pequenino Trouxe-te o melhor que tinha Incenso e ouro fino
Do de 1978 não me lembrava, mas de
qualquer modo está mal datado (devo tê-lo datado anos mais tarde) pois os marretas estrearam-se
em Portugal, na RTP, em março de 1979. http://expresso.sapo.pt/actualidade/marretas-estrearam-se-nos-eua-ha-35-anos-videos-e-fotogaleria=f673872#gs.0CwvsY8
A peça deve ter sido representada
nesse ano
Deixo um vídeo com o genérico de “Os
Marretas”para recordar esses tempos
A peça que se segue não está datada mas deve ter sido em 80 porque o Miguel ainda estava na primária
Aparecem dois “atores” a contracenar com o Miguel: o irmão e uma colega da
escola. A que propósito? O Miguel já não se lembra mas tenho uma vaga ideia de
que falei da "peça" à professora Olga, que me pediu licença para a usar
na escola.
A professora Olga era uma professora excepcional. O Miguel teve
muita sorte, contrariamente ao Nuno…Quer um quer outro, tiveram professores no
fim de carreira mas, enquanto que o professor do Nuno dava umas aulas
maçadoras, usava castigos físicos e psicológicos, a professora Olga fazia actividades
interessantíssimas e responsabilizava muito os alunos. Na sala havia um aquário com um
peixinho. Cada semana havia um aluno responsável, que devia chegar ligeiramente
mais cedo para deitar comida ao peixinho, ver se a água estava suja para avisar
a professora, etc…Também semanalmente havia um aluno que deveria chegar ligeiramente
mais cedo para distribuir o material pelas várias carteiras, etc, etc…
Quando alguma criança fazia anos, a
professora, com ajuda dos alunos, fazia uma sobremesa para festejar o evento. E no
fim todos ajudavam para deixar a sala impecável.
No fim do 4 º ano, todos os alunos
foram almoçar a casa da professora e fizeram conjuntamente o almoço. No
transporte dos alunos colaboravam a professora, o marido e os pais que pudessem.
Lembro-me de algumas vezes em que colaborei, nomeadamente para levarmos os
alunos à Fundação António de Almeida..
Mas os achados não se limitaram às peças
de teatro
Era assim que os nossos filhos nos
viam em 1980…
Desenhos, encontrei muitos, essencialmente
do Nuno que desenhava em todo o lado. Encontrei vários desenhos relativos à
exploração do espaço…Não sei se sonhava ser astronauta mas acabou sendo arquitecto.
Na sequência da mensagem anterior, em que postei alguns “achados”
da minha juventude, coloco hoje outros, alguns ainda mais “remotos”.
Quando entrei para o Liceu comecei a assinar uma publicação,
Alvorada.
No exemplar que encontrei, na última página pode ler-se: órgão mensal do Pré J.E.C.F….Com licença da autoridade
eclesiástica. Admito que a sigla
signifique juventude escolar católica feminina.
A revista continha notícias (veja-se acima a respeitante à vista da Rainha Isabel II), textos, passatempos,
histórias, BD....
Para além disso, lançava concursos, que tinham 3 fases. Ultrapassada a primeira passava-se à segunda, ultrapassada esta passava-se à terceira e então um júri escolhia o vencedor. Em 1956 concorri. Passei a primeira fase, passei a segunda e fui admitida à terceira. Não me lembro já do que contavam a 1º e a 2ª fases. Sei que na segunda ganhei uma esferográfica, creio que Pelikan. A proposta da 3ª fase era a elaboração de um cartaz de propaganda para a revista. Ganhei o concurso.
O trabalho ganhador foi o que se segue
Toda a criança é artista. O problema é continuar artista quando cresce... (Picasso)
A propósito disto, recebi há tempos um vídeo sobre o desempenho de uma criança que poderá vir a ser maestro quando crescer...
Hoje, dia 23, completam-se três semanas sobre a intervenção à coluna, a que
fui submetida. Tenho estado por casa quase todo o tempo pelo aproveitei para
organizar alguma “papelada”.
Numa mensagem que escrevi em 2013 referi que, no meu tempo de estudante em
Bragança, a tradição académica tinha como celebração máxima, o 1º de Dezembro.
Retomo alguns excertos dessa mensagem
O teatro era uma das actividades que decorriam nas festividades. Além da
apresentação de uma peça de teatro, ensaiada no meu tempo pelo Dr. Subtil ou
pelo Dr. Carvalho, havia danças (folclore e não só) e pequenas rábulas.
A par destas representações havia o cortejo e o baile.
Desde que na cidade
existe Ensino Superior a tradição deu lugar aos rituais da Queima e
da recepção aos caloiros.
A organização das festividades do 1º de Dezembro cabia aos alunos dos
6ºs e 7ºs anos(atuais 10º e 11º, não havia 12º). A presidência era assumida por
alunos do 7º ano: um rapaz e uma rapariga.
Pois entre a "papelada" fui descobrir
referências ao 1º de Dezembro de 1961, era eu finalista no Liceu.
Nesse ano a presidência coube ao João Belchior e à Alda Teixeira. O vice- presidente é hoje o meu marido.
No programa podemos ver referência aos eventos que acima referi e relativamente aos quais vou inserir alguma imagens comentadas.
Faz-se aqui referência ao roubo das
galinhas que fazia parte da tradição…As quadras no fim da página referem-se ao Belchior e ao meu marido.
Entrei na peça de Teatro O Gigante Adamastor desempenhando o papel de "Princesa das Águas"
Creio que na altura não fiquei com a mínima ideia sobre quem era o autor da peça. Ao ver agora o programa, fui tentar localizar o livro, via NET, e encontrei-o num alfarrabista aqui do Porto. Achei graça, rever esses tempos.
Das minhas falas deixo um pequeno excerto só para lembrar.
Entrei também bailado "Gota da serra de Arga"
Na noite a seguir ao teatro havia o baile de finalistas e foi a partir daí que começou o namoro com o meu marido
Na imagem inferior, à direita, vê-se o Dr. Carvalho, encenador.
No dia em consegui arranjar o livro pensei mandar um mail a alguns colegas que estiveram ligados aos eventos, nomeadamente ao Belchior (com quem trocava mails com certa regularidade). E porque me lembrei dele, associei-o a uma senhora casada com um seu primo , senhora essa que era muito amiga da minha mãe. Liguei-lhe porque fizera anos dois dias antes e eu tinha-me esquecido. Atendeu-me o marido que me disse com uma voz muito triste: O meu primo, lá se foi. Fiquei tão atarantada que
perguntei O Belchior?
Como referi ele foi o Presidente da Academia em 1961/1962. (A presidente, essa faleceu muito nova, há já vários anos).
Fiquei de tal maneira triste com a notícia que só hoje consegui escrever esta mensagem.
Desde a penúltima postagem (17 de Maio) até hoje haveria
muito que contar mas, este ano, problemas de saúde a que já me referi e a que,
infelizmente, vou ter que me referir de novo, levaram-me sistematicamente a adiar mensagens que gostaria de ter “postado” ao longo do tempo.
Abri uma exceção, que justifiquei, para
a mensagem “Sons da viola e não só…”
Vou então recuar no tempo, limitando-me às situações mais
relevantes.
Como referi na mensagem de 28 de Abril, no dia 23 fui
submetida a uma intervenção à coluna, na sequência de um quisto que surgiu na
região lombar. O neuro cirurgião, Prof Dr Paulo Pereira, tinha-me confrontado
com as várias hipóteses de intervenção: a menos invasiva- esvaziamento do
quisto- resulta em muitos casos mas há outros em que o quisto volta a encher.
Quando isso acontece passa-se à opção seguinte- extracção do quisto. Se essa
falhar há ainda outras opções cada vez mais invasivas.
No dia 23 de Abril, foi-me feita a punção lombar para
esvaziar o quisto
Como então referi, fiquei óptima mas, passado cerca de um mês
e meio, comecei novamente a sentir algumas dores. No dia 31 de maio chegaram
uns primos brasileiros em viagem pela Europa, que vieram passar uns dias connosco.
No dia 1 fomosfazer um cruzeiro no
Douro, que eles já tinham agendado no Brasil, contando connosco. Tinham
começado por agendar o percurso Porto-Régua, para mim, o menos interessante pelo que lhes sugeriuma outra opção que tambémestava disponível nesse dia. Fizemos o
percurso Porto-Régua e Régua- Porto de comboio e Régua Pinhão, Pinhão Régua, de
barco. O almoço foi a bordo e no Pinhão fomos a uma quinta. Adoraram. Nós já tínhamos feito Barca de Alva - Régua. Estespasseios no Douro são sempre belíssimos.
Visita a uma quinta
No dia 7,a minha neta
Rita e o irmão participaramna festa de
final de ano do Grande Colégio Universal https://www.gcolegiouniversal.com/noticias
. Curiosamente, a peça trabalhada pela turma do meu neto foi Era uma vez um ecopontodo meu livroEra uma
vez Ciência e Poesia no reino da fantasia..
No dia 8 aminha neta
Marta participou num espectáculo de
teatro no Rivoli, integrado noprograma Porto de Crianças mas não consegui uma imagem capaz...
No dia 15 (data da mensagem anterior), último dia de aulas para
o meu neto José, este foi almoçar com alguns colegas e após o almoço ligou-me a
perguntar se podia trazer com ele um colega para passar a tarde. Assim foi.
Como à noite iria decorrer o espectáculo de teatro levado a cabo no fim do ano
lectivo, pelo Grupo de Teatro que o meu neto integra, liguei à mãe do
colega pedindo licença para olevar connosco. Deixo alguma imagens do espetáculo.
Assisti já com alguma dificuldade a estes eventos pelo que
falei ao neurocirurgião.Uma nova ressonância à coluna revelou que o quisto estava a
“encher “ pelo que havia que passar ao 2º grau de intervenção- extracção. Ficou marcada para 2 de Julho.
Entretanto houve o S. João, desta vez em casa do meu filho Miguel, aqui ao lado. Ainda arranjei forças para ajudar o meu neto Bernardo a fazer a cascata...
Como o meu marido tinha necessidade de ir a
Trás-os Montes fui também e aproveitei para mandar fazer a limpeza às duas casas. No
dia 1 e, tal como no ano passado, a minha empregada a irmã, o marido e o cunhado
foram ter à minha aldeia logo pela manhã. Todos trabalharam pelo que ao meio dia e 30
tudo estava limpo. Seguimos então para a outra aldeia onde almoçámos. Após o
almoço seguiu-se a limpeza da casa que terminou por volta das 18 h. As duas casas ficaram um “brinquinho”.
Eu sabia que após a operação teria que estar um mês sem ir a Trás-os-Montes peloqueo problema da limpeza ficou
resolvido. Assim, quando chegar para passar férias, está tudo em ordem. Nos dois
dias que passei na minha aldeia, do meu terraço ainda fotografei uns pores do sol, embora fraquitos...
No dia 2, às 13 h, estava na CUF para a intervenção, desta vez
com anestesia geral e internamento (num quarto com vistas para o mar.... ) Correu muito bem pelo que saí no dia
seguinte ao fim do dia.
No próximo fim de semana os meus netos Marta e José vão atuar mais uma vez no concerto de verão da Teclarte e a Rita a e a Marta vão atuar no Coliseu, no bailado D. Quixote promovido pela Academia de Dança da Boavista
Há dias voltaram a florir os catos no meu "jardim" .Aqui ficam imagens
Termino com música:
Durante a viagem que fiz ao Nordeste (acima referida) ouvi, na antena 2, referência ao compositor e maestro Rafael Kubelik
Na NET encontrei este vídeo
E porque as minhas netas vão dançar D. Quixote, aqui fica um pas de deux do 3º ato
Até 10 de Janeiro de 2010 esteve patente na Casa da Cultura Manuel Lueiro, em O Grove, Galiza, uma exposição de trabalhos de alunos da galeria Utopia .
Participei com os dois trabalhos anexos; no dia da inauguração tive a agradável surpresa de ver que o cartaz (1mx2m) que anuncia a exposição foi construído com a imagem do 2º quadro.
Quadros na exposição em Grove
Imagem que figura no cartaz
cartaz da exposição em Grove
Livros que publiquei ou em que participei por convite
Livros que publiquei ou em que participei por convite
Há ciência e poesia nas coisas do dia a dia
Tamanho XXS
Quando o mistério se dilui na penumbra
Para mais tarde recordar
Requiem pelo planeta azul
quando o mel escorre nas searas
revista Philos 2017
revista Philos 2014
O bosão do João
Sete Luas
Ciência para meninos em poemas pequeninos
Terras de cieiro
Entre margens
Pelo sistema solar vamos todos viajar..
Ciência para meninos em poemas pequeninos
Breve história da Química
Era uma vez...
Magnetismo...
Reflexões...
Estórias....
Se eu não fosse....
Um poema para Fiama
Os dias do Amor
Uma viagem para Pasárgada
Cancioneiro Infanto- Juvenil...
Fiat Lux
O amor em visita
A Terra de Duas Línguas II.Antologia de Autores Transmontanos
Por longos dias, longos anos, fui silêncio
antologia
Entre o sono e o sonho
Textos on-line
Estão disponíveis on-line: -Magnetismo Terrestre (livro de poesia) -Reflexões e Interferências (livro de poesia) -Estórias com sabor a nordeste (livro de ficção) -Einstein (poema) -Se eu não fosse professora de Física. Algumas reflexões sobre práticas lectivas(didáctica) -Vou-me embora para Pasárgada (conto)
Como todos nós, feita de pó de estrelas, estou apenas de passagem nesta fantástica viagem desde um passado remoto até um futuro ignoto.
(Para saber mais consultar a página CV)