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Silêncio cósmico

Pudera eu regressar ao silêncio infinito,

ao cosmos de onde vim.

No espaço interestelar, vazio, negro, frio,

havia de soltar um grito bem profundo

e assim exorcizar todas as dores do mundo.

Regina Gouveia

NOVO BLOGUE

Retomei o blogue que já não usava há anos.

https://reflexoeseinterferncias.blogspot.com/

Dedico-o essencialmente aos mais novos mas todos serão bem vindos, muito em particular pais, avós, encarregados de educação, educadores ...


domingo, 27 de outubro de 2013

Mudança da hora


 Inconformada com esta mudança da hora que sempre me deprime ( e creio que isto acontece com a maioria dos portugueses)  decidi pesquisar quais as vantagens...
Deixo duas  opiniões, nem sempre coincidentes, a de Nuno Crato, investigador (como ministro, a meu ver,  uma deceção) e a de Ruí Agostinho, diretor do Observatório de Lisboa e fico tristemente a aguardar por Março...

E a propósito de Março, a voz de Elis Regina em Águas de Março

É pau, é pedra
É o fim do caminho
É um resto de toco
É um pouco sozinho...
É um caco de vidro
É a vida, é o sol
É a noite, é a morte
É um laço, é o anzol...
É peroba do campo
O nó da madeira
Caingá, Candeia
É o matita-pereira...
É madeira de vento
Tombo da ribanceira
É um mistério profundo
É o queira ou não queira...
É o vento ventando
É o fim da ladeira
É a viga, é o vão
Festa da Cumieira...
É a chuva chovendo
É conversa ribeira
Das águas de março
É o fim da canseira...
É o pé é o chão
É a marcha estradeira
Passarinho na mão
Pedra de atiradeira...
Uma ave no céu
Uma ave no chão
É um regato, é uma fonte
É um pedaço de pão...
É o fundo do poço
É o fim do caminho
No rosto o desgosto
É um pouco sozinho...
É um estrepe, é um prego
É uma ponta, é um ponto
É um pingo pingando
É uma conta, é um conto...
É um peixe, é um gesto
É uma prata brilhando
É a luz da manhã
É o tijolo chegando...
É a lenha, é o dia
É o fim da picada
É a garrafa de cana
Estilhaço na estrada...
É o projeto da casa
É o corpo na cama
É o carro enguiçado
É a lama, é a lama...
É um passo é uma ponte
É um sapo, é uma rã
É um resto de mato
Na luz da manhã...
São as águas de março
Fechando o verão
É a promessa de vida
No teu coração...
É pau, é pedra
É o fim do caminho
É um resto de toco
É um pouco sozinho...
É uma cobra, é um pau
É João, é José
É um espinho na mão
É um corte no pé...
São as águas de março
...
É pau, é pedra
É o fim do caminho
É um resto de toco
É um pouco sozinho...
É um passo, é uma ponte
É um sapo, é uma rã
É um belo horizonte
É uma febre terçã...
São as águas de março
....
É pau, é pedra
É o fim do caminho
É um resto de toco
É um pouco sozinho...
É pau, é pedra
É o fim do caminho
É um resto de toco
É um pouco sozinho...
Pau, Pedra...
Fim do caminho...
Resto de toco...
Pouco sozinho...
Pau, Pedra...
Fim do caminho...
Resto de toco...
Pouco sozinho...
Pedra...
Caminho...
Pouco...
Sozinho...


2 comentários:

  1. Também não gosto da hora de Inverno. É sempre uma tristeza quando tenho que atrasar os relógios.Mas março chegará e, de novo, voltarão os dias grandes cheios de Sol, luz e vida. Entretanto temos que aguentar o Inverno que , mesmo no Verão, existe para tanta gente.
    Gostei de ler as opiniões de Nuno Crato( uma desilusão, como ministro) e de Rui Agostinho, que nos dão uma justificação para essa necessidade.
    A Elis Regina é fantástica.

    Um beijo , Regina.

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  2. Hoje estava uma tarde maravilhosa na Foz e a luz já mais p´lida às 3 horas encantou-me. Nós temos luz que chega e sobra...experimenta viver na Alemanha ou em Inglaterra !! :)

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