quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Mais palavras para quê?
in http://ww1.rtp.pt/noticias/?t=Reformas-na-Suica-com-tecto-maximo-de-1700-euros.rtp&headline=20&visual=9&article=390426&tm pode ler-se
Reformas na Suíça com tecto máximo de 1700 euros (2010-11-10 )
NA SUÍÇA, AO CONTRÁRIO DE PORTUGAL, NÃO HÁ REFORMAS DE LUXO. PARA EVITAR A RUÍNA DA SEGURANÇA SOCIAL, O GOVERNO HELVÉTICO FIXOU QUE O MÁXIMO QUE UM SUÍÇO PODE RECEBER DE REFORMA SÃO 1700 EUROS. E ASSIM, SOBRA DINHEIRO PARA DISTRIBUIR PELAS PENSÕES MAIS BAIXAS.
In HTTP://DERERUMMUNDI.BLOGSPOT.COM/ ( 2010-11-29) pode ler-se:
A profissão de professor desaparece...
Segue-se um extracto duma entrevista de Mário Crespo a José Gil, que passou na Sic Notícias. São palavras absolutamente sinceras e verdadeiras as do filósofo e professor, tão sinceras e verdadeiras que deviam fazer parar o país para pensar no rumo que tomará, ou que está a tomar, pelo facto de os bons professores serem obrigados a desistir de ensinar: por abandono da profissão, por fadiga, por desnorte...
Mário Crespo: Uma estratégia seguida por este Ministério (…) é exigir ao professor uma ocupação total na sua tarefa, total, para lá das horas do humanamente aceitável (…) para lá das 35 horas obrigatórias, para dentro das pausas lectivas – expressão nova –, o trabalho do professor deve integrar e devorar o tempo de vida privada, de lazer (…), professor só pode ser professor (…) deixa de ser homem, deixa de ser mulher...
José Gil: Isso é quase um homicídio da profissão. A profissão de professor desaparece. Desaparece, porque é impossível fazer isso (…). Estou a lembrar-me de Paul Lenoir, um poeta, que dizia que para fazer boa poesia é preciso não fazer nada (…). É preciso que haja pausa, desafio, reflexão ruminação (….). Eu sou professor, sei que estou a defender a minha causa, mas há vocações extraordinárias, muito maiores que a minha, muito mais admiráveis que eu vejo em professores do secundário, por exemplo (...) pessoas que gostam de ensinar, que adoravam fazer o que estavam a fazer e essas pessoas vão-se embora, foram-se embora (…) sobretudo (…) porque ficam tão desgostosas por elas mesmas, por terem que fazer qualquer coisa que não gostam, que lhes destrói uma missão...
POSTED BY HELENA DAMIÃO
Reformas na Suíça com tecto máximo de 1700 euros (2010-11-10 )
NA SUÍÇA, AO CONTRÁRIO DE PORTUGAL, NÃO HÁ REFORMAS DE LUXO. PARA EVITAR A RUÍNA DA SEGURANÇA SOCIAL, O GOVERNO HELVÉTICO FIXOU QUE O MÁXIMO QUE UM SUÍÇO PODE RECEBER DE REFORMA SÃO 1700 EUROS. E ASSIM, SOBRA DINHEIRO PARA DISTRIBUIR PELAS PENSÕES MAIS BAIXAS.
In HTTP://DERERUMMUNDI.BLOGSPOT.COM/ ( 2010-11-29) pode ler-se:
A profissão de professor desaparece...
Segue-se um extracto duma entrevista de Mário Crespo a José Gil, que passou na Sic Notícias. São palavras absolutamente sinceras e verdadeiras as do filósofo e professor, tão sinceras e verdadeiras que deviam fazer parar o país para pensar no rumo que tomará, ou que está a tomar, pelo facto de os bons professores serem obrigados a desistir de ensinar: por abandono da profissão, por fadiga, por desnorte...
Mário Crespo: Uma estratégia seguida por este Ministério (…) é exigir ao professor uma ocupação total na sua tarefa, total, para lá das horas do humanamente aceitável (…) para lá das 35 horas obrigatórias, para dentro das pausas lectivas – expressão nova –, o trabalho do professor deve integrar e devorar o tempo de vida privada, de lazer (…), professor só pode ser professor (…) deixa de ser homem, deixa de ser mulher...
José Gil: Isso é quase um homicídio da profissão. A profissão de professor desaparece. Desaparece, porque é impossível fazer isso (…). Estou a lembrar-me de Paul Lenoir, um poeta, que dizia que para fazer boa poesia é preciso não fazer nada (…). É preciso que haja pausa, desafio, reflexão ruminação (….). Eu sou professor, sei que estou a defender a minha causa, mas há vocações extraordinárias, muito maiores que a minha, muito mais admiráveis que eu vejo em professores do secundário, por exemplo (...) pessoas que gostam de ensinar, que adoravam fazer o que estavam a fazer e essas pessoas vão-se embora, foram-se embora (…) sobretudo (…) porque ficam tão desgostosas por elas mesmas, por terem que fazer qualquer coisa que não gostam, que lhes destrói uma missão...
POSTED BY HELENA DAMIÃO
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Hoje ser professor exige realmente para além da vocação, que essa sim é necessária, um inadmissível espírito de sacrifício.
ResponderEliminarConheço professoras que preferiram a penalização na respectiva pensão a suportar as humilhações a que eram constantemente submetidas.
E sem professores onde estariam todas as outras profissões?
Outro dos efeitos desastrosos deste desgoverno.
Um beijo.
1. Quanto as reformas, até poderia concordar com o tecto, se os vencimentos durante os 36 anos de profissão fossem equiparados em toda a Europa e não são. A minha nora trabalhou com uma empresa suiça, mal acabou o curso, em Munique, e ganhava muito mais do que aqui na Qimonda.
ResponderEliminarHoje em dia começa-se a vida a ganhar miseravelmente e primeiro que se seja aumentado, leva anos. O mesmo acontece com os juizes qe se apregoa ganharem muito, neste momento foi reduzido drasticamente o vencimento e tem de pagar casa do pp bolso, não podem sair da terra onde estão colocados à noite, como os profs, que vão a casa e vêm. O meu filho está a receber 750 euros por mês para viver em Lisboa e só o quarto custa 425. É vergonhoso....depois de cinco anos de curso, estágio de advocacia e um acesso infernal. como podem suportar as despesas, comer, comprar os calhamaços caríssimos, ter internet obrigatória em casa, computador, etc?
2. Concordo a 100% com o José Gil, conheci-o numa viagem em Viena. Reformei-me dois anos depois d começo do reinado LR e ainda não me recompus, do trauma que foram esses dois anos. Acordava todos os dias com vontade de chorar por r de ir para a escola e estar lá horas e horas infindas, as vezes no clube de Línguas vazio, perguntava-me para quê tudo isto, meu Deus, se a Escola é " este lugar estranho". Nunca mais fui a mesma professora...e só tenho saudades dos alunos. Nunca lá mais voltei.
Bjo