Na passada sexta-feira, a Faculdade
de Ciências da Universidade do Porto recebeu a última lição de
duas figuras marcantes da história da U.Porto: Adélio Machado e Alberto
Amaral. Os dois professores jubilaram-se perante uma plateia cheia
de nomes ligados ao ensino superior como o ex-Ministro da Ciência,
Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago,
o administrador da Fundação Calouste Gulbenkian, Eduardo
Marçal Grilo, e o diretor do Centro de Investigação de
Políticas de Ensino Superior, Pedro Teixeira.
De manhã, Salvador
Alegret e Sanromà, da Universidade Autónoma de Barcelona,
e Manuel Nunes da Ponte, da Faculdade de Ciências e
Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, falaram sobre o
papel da Química no Mundo. Às 12 horas, Adélio
Machado proferiu a sua última lição, intitulada “Desenvolvimento?
Sempre Insustentável”
Fui aluna do Professor
Adélio Machado com quem trabalhei posteriormente na orientação dos estágios do
ramo educacional. Por isso, foi com muita pena que não estive presente na cerimónia.
Costumava receber notícias da UP on-line mas já há algum tempo deixei de as
receber.
Posteriormente enviei as
minhas felicitações ao Professor, que muito amavelmente me mandou o texto da sua aula.
Interessantíssima vem na linha da "Química Verde", área relativamente à qual existem várias publicações de Adélio Machado como, por exemplo, O Quadro de classificação periódica da sustentabilidade.Uma metáfora para a química verde e ecologia industrial
Outros artigos podem ser lidos aqui
Ás 15h45,
foi a vez de Alberto Amaral (ex- reitor
da UP e atual presidente da Agência de Avaliação e
Acreditação do Ensino Superior (A3S) com a lição intitulada “Uma lição breve”. Antes, como
convidados, Maria João Ramos e José Ferreira Gomes apresentaram “Alberto Amaral na Química”
e “Alberto Amaral na U.Porto“, respetivamente.
Às 18h30
“Alberto Amaral – um cientista entre a Academia e a Ágora”,
uma obra da U.Porto editorial, foi apresentada por Mariano Gago e António
Magalhães, investigador no Centro de Investigação de Políticas do
Ensino Superior. Após o lançamento do livro, o reitor da
Universidade do Porto, José Marques dos Santos, entregou ao antigo reitor a Medalha de Mérito da
U.Porto.
Aqui
ficam breves excertos da intervenção de
Alberto Amaral
“Sinto-me envergonhado pela
herança que a minha geração deixa à futura. Normalmente, uma geração vive
melhor do que a anterior, tal como a minha foi melhor do que dos meus pais e a
deles do que a dos meus avós, etc., mas agora a tendência está a inverter-se e
os meus descendentes vão ter claramente mais dificuldades, piores salários,
falta de emprego e más condições sociais”.
E “hoje, os académicos são uns verdadeiros cornudos das suas instituições”,
continuou o também ex-reitor da UPorto, acrescentando que se tornaram em “simples
funcionários que perderam prestígio”.
E porque a Química faz
parte do Teatro da Vida termino com a
obra homónima de Vieira
da Silva, a quem dediquei a última mensagem
Fui professora de um filho de Alberto Amaral, um aluno curioso e diferente de todos os outros. Nunca me esqueço dum dia em que se apresentou a um teste com uma pluma e tinteiro, à antiga, e pediu-me se podia escrever com aquele objecto obsoleto.
ResponderEliminarAdmiro muito os catedráticos e reitores de universidades, mas não concordo inteiramente com eles, quando dizem que os novos são cornudos ( expressão muito feia) das instituições. É verdade que são explorados, mas sempre o foram ( lembro-me de meu Pai com 8 filhos a ganhar uma miséria). Foram sempre uns carolas, uns investigadores sem recompensa, mas com certeza orgulhosos de trabalharem para as academias. Falo pelo meu filho e amigos que conheço bem.
Quando se ama a Ciência é difícil virar-lhe as costas...
Por falar tenho uma notícia para te dar:
Vai como está no Facebook do João:
Our startup Streambolico reached the final of Prémio BES Inovacao, probably the most reputed national innovation prize. Improving WiFi.
Abraço amigo
Achei muito interessante o artigo que inclui no QCP os três elementos(energia, economia, ambiente)indispensáveis a um desenvolvimento sustentável da Indústria Química. São tão importantes que, por eles, se fazem guerras.
ResponderEliminarUm beijo, Regina.
Antes de mais um abraço de parabéns ao João por mais este reconhecimento. O abraço é extensivo à mãe, obviamente...
ResponderEliminarTambém achei muito interessante o artigo sobre o QCP mas na lista que referi há outros também muito interessantes.
Ab para as duas