A poesia não vai acabar porque Manuel António Pina e tantos outros poetas Grandes como ele a foram semeando aqui, ali acolá...
Se "os poetas vão ser colocados em lugares mais úteis", não sei. Manuel António Pina, tal como tantos outros poetas Grandes, são aqui muito úteis e mesmo quando parece que partem, eles ficam.
Obrigada Manuel António Pina em meu nome e no de muitas crianças, nomeadamente os meus quatro netos.
Aqui fica um dos muitos poemas a elas dedicados
Hoje, durante a viagem, ouvi na Antena 2 o concerto nº 1 para piano e orquestra, de Beethoven. Talvez algures, eventualmente "observando pássaros", M. A. Pina o possa escutar.
Dizia o António Cabrita, no seu blogue:
ResponderEliminarJá não versejo. Morrem os amigos,
a batida dos remos afastou-me para longe
e já não almejo a primavera. Pela margem,
seguem-nos os lobos - presas do susto
a quem demos o coração. À frente
reboa a catarata, ou dentro, já não sei,
porque a prata que abisma o sangue
nas cãs transpiradas ondula, assalta
as ameias da idade. Em crosta, a mão
impele os remos e os escaparates da cidade
ardem-me na lembrança – despeço-me,
neva onde Pompeia incandescia,
e glória e a humilhação são doravante
vãs. Quis ser cego como Homero
mas acua-me o presente, e,
como do inferno, fujo da memória.
http://raposasasul.blogspot.pt/2012/10/entre-ser-homero-ou-o-presente-ao-pina.html#links
Obrigada a quem partilhou comigo este texto
ResponderEliminarRegina
Lourdes
ResponderEliminarApós ter escrito o comentário anterior reflecti e cheguei à conclusão que terias sido tu a escrever o primeiro comentário. Só depois é que me apercebi do LS inicial ....
O texto é muito bonito. Obrigada
Ab
No meu blogue tens um poema que um amigo dele e do Manel ( meu ex-) lhe fez agora. Lindo e tocante.
ResponderEliminarBjo
Conheci pessoalmente o Manuel António Pina e o anúncio da sua morte, quase em simultâneo com o triste acontecimento, deixou-me quase em estado de choque. Agora ando à procura de um poema dele, Ciganos, que a Maria do Céu Guerra leu,na ASSEMBLEIA DA PAZ, no sábado e que me impressionou até às lágrimas. Mas não o encontro em lado nenhum.
ResponderEliminarLamento sinceramente a sua perda, porque além de grande poeta era um homem corajoso, afável e modesto.
Um beijo, Regina.
Permitem me a invasao,que tive a honra de conhece lo na feira do Livro NO pORTO, E RECONHER-lhe o merito das palavras e dos pensamentos dele em vida; Um eterno adeus e agradecimento para a pessoa mais simples do Mundo, que me " ensinou " que na vida nem sempre os sonhos mais nobres sao exequiveis e lamento que nao tenha ido para adiante com o seu! Eterna saudade de um Amigo que tardou e nao tive a oportunidade de manifestar a minha amizade exceto a posteriori . E que seja assim mesmo ainda...
ResponderEliminarSão sempre bem vindos os amantes da poesia
ResponderEliminarRegina Gouveia