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Silêncio cósmico

Pudera eu regressar ao silêncio infinito,

ao cosmos de onde vim.

No espaço interestelar, vazio, negro, frio,

havia de soltar um grito bem profundo

e assim exorcizar todas as dores do mundo.

Regina Gouveia

NOVO BLOGUE

Retomei o blogue que já não usava há anos.

https://reflexoeseinterferncias.blogspot.com/

Dedico-o essencialmente aos mais novos mas todos serão bem vindos, muito em particular pais, avós, encarregados de educação, educadores ...


terça-feira, 18 de setembro de 2012

A que distância está a nossa estrela?

Sinfonia dissonante

Ei-lo,  uma esfera de gás incandescente
plasma de matéria quente, ionizada.
Ei-lo, o astro rei de morte anunciada.
A luz que hoje nos chega,
após oito minutos de viagem, 
deixou retida, na voragem
de um silêncio denso e frio,
uma sinfonia dissonante
que eclodiu e ficou refém,
no mesmo instante, 
da  imensidão de um cosmos feito de vazio.

Gouveia R. em Poemas no espaço - tempo (a aguardar publicação)

Conforme o poema, a luz do sol demora 8 min a chegar à Terra. Viajando a luz a 300.000km/s  é fácil estimar a distância a que se encontra a nossa estrela (8x60x300.000 =  144.000.000 km= 144.000.000.000 m).

Mas se quisermos usar de  maior rigor diremos que da Terra ao Sol são 149.597.870.700 m, conforme poderemos ler em Ciência Hoje 

Da Terra ao Sol são 149.597.870.700 metros . A distância que separa o nosso planeta da nossa estrela tem norma definitiva

 A distância entre a Terra e o Sol é um dos valores mais antigos da astronomia
Os astrónomos redefiniram uma das distâncias mais importantes no Sistema Solar. A unidade astronómica (UA), a distância aproximada entre a Terra e o Sol deixou de ser uma complicada equação para converter-se num único número.
A nova norma foi aprovada em Agosto passado, por unanimidade, na reunião da União Astronómica Internacional que se realizou em Pequim. A unidade astronómica é agora de 149.597.870.700 metros.
A distância entre o nosso planeta e a nossa estrela é um dos valores mais antigos da astronomia. A medição precisa foi realiza pela primeira vez em 1672 pelo astrónomo Giovanni Cassini, que observou Marte desde Paris, enquanto o seu colega Jean Richer fazia o mesmo na Guiana Francesa (América do Sul).
A partir da diferença angular entre as observações, calcularam a distância entre a Terra e Marte e utilizaram-na para encontrar a distância da Terra ao Sol. O seu cálculo foi de 140 milhões de quilómetros, número próximo do actual.
Até à segunda metade do século XX, este tipo de medições era a única forma fiável de obter as distâncias no Sistema Solar. Recentemente, a UA incorporou a constante gravitacional de Gauss, o que colocou problemas aos cientistas que trabalhavam nos modelos do Sistema Solar.
Agora, a constante foi eliminada, já que as técnicas modernas permitem medir directamente as distâncias com precisão. Graças aos radares e láseres dos satélites, a alteração já podia ter sido feita há vários anos, mas só agora os astrónomos estiveram de acordo entre si sobre a mudança.



A terminar , duas obras de Monet : o nascer e o pôr do Sol




3 comentários:

  1. Olá Regina
    Antes de mais, o seu poema é muito bom.
    Quanto à UA também li o artigo no Ciência Hoje.
    Tenho lido vários artigos de vários astrónomos que dizem que o Vazio, afinal não é vazio.
    A Ciência e a investigação todos os dias contribuem para ir desfazendo os mistérios do Universo.

    Um beijo grande.

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  2. Obrigada Graciete.
    O poema já é antigo e por isso o vazio em vez do "não vazio"
    Um gd ab
    Regina

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  3. Lembro-me do teu workshop sobre a velocidade da luz...
    Nao sei o que seria de nós sem sol.

    Se há vazio ou não...não sei, mas não sinto nenhum vazio quando olho para o sol....

    Bjp

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