Há uns anos, num concurso de poesia organizado pela Câmara Municipal de Mogadouro, fiquei em 1º lugar com o poema “Era poesia”
Era poesia
Em agosto, o sol rubro ao poente
antecipando um dia muito quente
e o alegre canto da cigarra
que a morna brisa acalentava,
faziam o poema.
Em novembro, as cores outonais
das folhas, bailarinas surreais
que caídas no fim do seu tempo
bailavam ao sabor do vento,
faziam o poema.
Em dezembro, o crepitar da lareira
e o manto branco na ladeira,
emprestando um ar de fantasia
a um natal pleno de magia,
faziam o poema.
Em maio, o campo com seu ar de festa
exalando um subtil odor a giesta
e o rubro das papoilas nas searas,
contrastando com tímidas flores claras,
faziam o poema.
O poema estava ali,
não precisava de palavras.
Decidi usar um excerto desse poema para, juntamente com um dos meus últimos trabalhos a pastel de óleo, formular a todos os meus votos de Boas Festas
Feliz Natal 2011
(…) Em dezembro,
o crepitar da lareira
e o manto branco na ladeira,
emprestando um ar de fantasia
a um natal pleno de magia,
faziam o poema(...)
O poema estava ali,
não precisava de palavras.
Regina Gouveia In Era poesia
Acompanho o cartão com dois trechos de Handel e com dois trabalhos sobre a Natividade da autoria de duas portuguesas: Josefa de Óbidos e Paula Rego
Tudo lindo neste post. Poema , música,pintura.
ResponderEliminarA Natividade de Paula Rego é um pouco arrepiante,mas bem mais de acordo com a realidade.
Um beijo,Regina.