Fui de camioneta ( a viagem hoje já se faz muito bem) e cheguei por volta das 10h e30 min. Aguardava-me a professora Márcia, orientadora de estágio das outras duas professoras, duas jovens de grande maturidade que, para poderem custear os seus estudos, serviram no exército durante alguns anos. O grupo (orientadora e estagiárias) é extremamente dinâmico o que se reflecte, obviamente, nos alunos. Antes da minha intervenção, numa encenação simples mas muito sugestiva, um grupo de alunos apresentou o texto. Posteriormente, os restantes alunos envolveram-se na leitura de um acróstico que tinham construído e que fizeram questão de me oferecer.
Para além destes alunos estiveram alunos de outras turmas, pelo que deveriam estará presentes cerca de 70 alunos. À medida que ia falando sobre o livro e realizando algumas experiências ia “dando” algumas dicas. A propósito dos versos
(…)Vou usar todas as ondas
que eu mesmo emito para o espaço
e assim vou poder contar
muita história de encantar(...)
projectei no tecto um arco-íris, usando um copo com água e um retroprojector. E assim falámos das ondas visíveis e invisíveis, da velocidade da luz, do tempo que a luz demora a chegar do Sol e da Lua até à terra (8 minutos e pouco mais de 1 segundo, respetivamente).
Perguntei então se tinham alguma ideia da distância entre a lua e a terra. De imediato uma menina respondeu (vim depois a saber que uma outra respondeu simultaneamente mas o som não foi suficientemente forte para eu ouvir) que tendo em conta a velocidade da luz e o tempo que a mesma demorava a chegar da lua à terra, a Lua estaria a mais de 300.000km. Claro que a par destas respostas houve outras de um grande ingenuidade como 100 km, 1000km, etc. Também quando perguntei se tinham alguma ideia sobre a idade do Sol a maior parte tinha a ideia de que era muito, muito grande mas também houve quem admitisse que podia ter 1000 anos e até houve quem sugerisse 40…. As crianças foram genericamente muito participativas mas a preocupação de responderem depressa não permitia, por vezes, que reflectissem sobre o absurdo de alguma respostas.
Já passava do meio dia mas as crianças queriam fazer muitas perguntas e também queriam autógrafos em livros, folhas de papel, etc.
Chegada a hora do almoço, e por causa dos horários da cantina tiveram, que ir almoçar. Prometi-lhes que estaria de novo depois de almoço para os autógrafos. E lá estavam todos, com a sua espontaneidade, meninos e meninas que pretendem ser cientistas, veterinário(a)s, futebolistas, escritore(a)s, professore(a)s.
Às 17 h e 35 min , em direção ao Porto, deixei Vila Real onde fui sempre “mimada” pela gentileza de professores e alunos. Obrigada a todos.
Deixo-vos com algumas imagens que me foram gentilmente enviadas pelo grupo de estágio.
É, sem dúvida, uma grande honra todo o "espaço" que a nós vemos dedicado.
ResponderEliminarEstamos muito gratos pelo conhecimento e pela forma de estar que connosco partilhou.
Olá Regina
ResponderEliminarBela e justa homenagem.
E sempre a Ciência envolta em Poesia.
Um beijo.
Agora até tens direito a acrónimos!!!
ResponderEliminarE tudo o que lá vem é verdade....:)) estou aqui para testemunhar!
Bjo
Acróstico, desculpa:)))
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