Contava começar a escrever esta mensagem logo após a minha chegada do Brasil, em Dezembro passado,
fazendo uma descrição mais ou menos pormenorizada de algumas visitas que fiz. Fui protelando por razões várias (aniversários, Natal, Ano Novo, ...) Vou tentar cumprir o prometido, mas de uma forma mais ligeira, pois já lá vão 2 meses...
Saí do Porto em direcção a Campinas, aeroporto Viracopos (voo direto), no
dia 3 de Dezmbro, por volta das 12h. Marquei a viagem pela NET através da EDreams
e uma das opções de ida era este voo. Como habitualmente vou por Guarulhos,
liguei aos meus primos perguntando se era viável irem buscar-me a
Campinas. A resposta foi:
É bem melhor vires por viracopos pois apesar de não ser
mesmo em S, Paulo, perde-se muito mais tempo indo a Guarulhos, por causa do
trânsito.
A viagem foi óptima, primeiro porque praticamente foi toda durante o
dia e em segundo porque a saída do avião e do aeroporto foi muito rápida. Ao
chegar a casa jantámos, mas como era ainda relativamente cedo, ficámos à
conversa até às tantas… Estes meus primos têm duas filhas e um filho. Uma das
filhas vive com a família no Porto, desde há cerca de ano meio. A outra filha, Renata, e o filho vivem em S. Paulo, perto dos pais. No dia seguinte, a filha foi-me buscar para irmos à escola do
seu filho de 14 anos, Gabriel. Era o último dia de aulas do ano..
Já conhecia algo sobre a pedagogia Waldorff pois os meus filhos, em
crianças, frequentaram o ARBUSTO, em regime de ATL e adoraram.
A partir de 1976 abre-se um novo rumo na Árvore sob o
impulso de Eduardo Calvet de Magalhães, Rolando Sá Nogueira, Arnaldo Araújo, e
de José Rodrigues. É neste período que é criado o ARBUSTO, a segunda
experiência pedagógica da Árvore, a qual surge sob o impulso de Úrsula Zanger,
Conceição Rios e Jacinto Rodrigues, como a primeira tentativa de aplicar em
Portugal a pedagogia da Escola de Steiner-Waldorf. https://www.arvore.pt/docs/historia.pdf
Deixo duas imagens da minha ida à escola do Gabriel.
Após a saída da escola, fomos almoçar com o Gabriel e uns amigos.. Surpreendeu-me
ver que todos eles adoram a escola e são fãs de Chico Buarque.
No dia seguinte, com a Renata e os pais, fomos visitar o prédio do antigo
Banco do Estado de S.Paulo . Exteriormente é muito
bonito, fachada Art Deco https://spdagaroa.com.br/banco-de-sao-paulo-selj/. Hoje, com outras valências, alberga exposições e outras
atividades culturais. Dos terraços, no último piso, podem ter-se várias visões
da grande metrópole. Foi pena o dia estar nublado...
No interior pudemos ver algumas exposições, nomeadamente uma de máscaras de
todo o mundo onde Portugal estava representado.
Tarsila
do Amaral, foi uma artista do movimento modernista brasileiro.
Abaporu, uma pintura a óleo, é uma das suas principais obras dentro do
período antropofágico desse movimento.
Após a visita e antes de regressarmos a casa,fomos tomar um café.
Já em casa na varanda da sala.
O prédio onde moram os meus primos faz parte de um
condomínio fechado, situado no meio de uma vegetação muito densa. Como vivem no
7º piso, praticamente não se vêem os demais blocos (são 6 ao todo) mas apenas árvores e
pássaros. A varanda e todas as janelas têm rede, precisamente por causa dos
pássaros. Mas é idílico acordar com os seus chilreios e ver todo
aquele "verde" sob os nossos olhos.
Na imagem que segue, a vista da janela do "meu" quarto...
No dia seguinte, como eu queria comprar uns livros para trazer, fui com a mulher do meu primo a uma das livrarias Saraiva (há várias em S. Paulo) e, qual o meu espanto, quando me disseram que não tinham nada de Jorge Amado! (eu ia tentar encontrar um livro que ainda não tivéssemos, para oferecer ao meu filho Nuno que é fâ do escritor). Demos mais umas voltas e almoçámos, fora comida afegã...
No penúltimo fui com a Renata, visitar a Igreja da Consolação de que a minha mãe tanto falava.
Abro aqui um parêntesis para referir que ao ler "Anarquistas, graças a Deus", de Zélia Gatai, que foi casada com Jorge Amado e era 4 anos mais velha que a minha mãe, fiquei impressionada com lugares e episódios que a escritora revela e que eu conhecia de ouvir falar à minha mãe. Um dos lugares era a Igreja da Consolação a que ambas se referiam. Devem ter morado na mesma zona.
Abaixo comendo milho. Adoro...
No dia 7, uns primos pelo lado do meu pai, ambos engenheiros civis em em Brasília, foram visitar-me a S. Paulo para me apresentarem os filhos que eu ainda não conhecia.
O gesto sensibilizou-me muito mas o meu primo, pai/sogro do casal, sempre foi e continua a ser, uma pessoa muito ligada à família ...
Deixo algumas fotos com eles, em casa dos meus primos de S. Paulo, primos pelo lado da minha mãe.
Aqui
As crianças brincaram, encantadas, com o gato
No dia seguinte o meu primo levou-me a casa da minha irmã, em Santos.
Regressaria a S. Paulo na véspera do regresso a Porto, viagem em que vim acompanhada pelos meus primos. Vieram passar o Natal connosco, o que abrange a filha que vive no Porto, o genro e a neta, bem como a minha família mais próximas, marido,filhos e respetivas famílias.
No regresso a S. Paulo esperavam-me surpresas bem agradáveis
O meu primo tinha um irmão de quem eu também gostava muito e que faleceu já há uns anos, deixando a viúva e uma filha do casal, ambas amorosas. Pois no dia da minha chegada estavam mãe e filha para jantar, acompanhadas pelo namorado da filha, que eu não conhecia e que é também muito gentil.
A outra não foi propriamente surpresa.Como referi anteriormente, os meus primos têm a filha que vive no Porto, a Renata e o Júnior, que vivem em S Paulo. Antes de eu ir para Santos, o Júnior estava de férias, pelo que só o vi após o regresso. Já conhecia a mulher e o filho mais velho, Eduardo, que tem 9 anos, mas em Agosto nasceu uma menina que só agora conheci "pessoalmente" e que é um encanto. Deixo algumas imagens dessa reunião familiar
No dia seguinte, a Renata levar-nos-ia ao aeroporto de Guarulhos, donde regressámos ao Porto. Sabendo como eu sou fâ de Chico Buarque, ofereceu-me o seu último livro, que recomendo.
Espero postar em breve uma mensagem sobre a minha passagem por Santos
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