Dedico-o essencialmente aos mais novos mas todos serão bem vindos, muito em particular pais, avós, encarregados de educação, educadores ...
sábado, 27 de julho de 2019
O drama do povo saharaui
Terminei a última mensagem
com a promessa de abordar, nesta, o drama do povo saharaui
Chamado de “última colónia da África”, o Sahara
Ocidental é cenário de um dos mais antigos – e menos conhecidos – conflitos do
mundo. Após a saída dos colonizadores espanhóis, em 1974, o território foi
ocupado porMarrocos, provocando uma guerra intermitente e a dispersão da
população nómada nativa, os saharauis – que vivem há mais de 40 anos na
condição de refugiados e apátridas em sua própria terra. O prometido referendo
sobre a autodeterminação desse povo jamais aconteceu. ..
O drama dos saharauis é também tema do documentário de
longa-metragem “O deserto do deserto”,
de Samir Abujamra e Tito González Garcia. De seguida podem ver um pequeno trailer do filme (https://www.cineodeon.com.br/movie/o-deserto-do-deserto/) bem como ouvir uma entrevista com o realizador
Samir Abujamra“
“Fui “apresentado” ao Saara Ocidental no
apartamento de Tito Gonzalez Garcia, em Paris. Lá ele me mostrou imagens
impactantes que havia feito numa rápida visita aos campos de refugiados
Saharauis, na Argélia. Tive três reações quase imediatas – a primeira foi de
curiosidade e espanto sobre aquele conflito tão duradouro do qual nunca havia
ouvido falar. Em seguida fiquei arrepiado ao ver aqueles sofridos beduínos
falando Espanhol. Por fim fui invadido pela certeza de que tinha de ir ao
encontro do Deserto”, conta Samir.
Confinados
na parte mais inóspita do Deserto do Saara, o povo Saharaui resiste há mais de
40 anos de guerra e exílio. As tentativas de recuperação do território foram
bloqueadas pela construção pelo Exército Marroquino de um muro com 2.700 km de
extensão guarnecido por 140 mil soldados e sete milhões de minas, isolando os
Saharauis das enormes riquezas minerais e pesqueiras do território ocupado. O
muro marroquino, conhecido como “Muro de la Vergüenza”, é a maior barreira
militar defensiva do mundo.
Os
cineastas acabaram fazendo parte do conflito quando o jipe em que estavam
explodiu ao passar por sobre uma mina antitanque, a apenas 800 metros do
destino final – o Oceano Atlântico.
Em Espanha há várias organizações de solidariedade com
o povo saharaui e um dos programas que levam a cabo é “Férias em paz”
https://www.youtube.com/watch?v=kzRva9wE-YE É esse o caso do jovem Emhamed que está a passar férias em casa do alcalde de Morille e na foto está ao lado de Salek, de quem falarei um pouco mais abaixo.
Mas há também jovens que vivem
e estudam em Espanha, com famílias de acolhimento e vão passar as férias coma a família,
nos acampamentos. No vídeo podemos ver o testemunho duma
jovem saharaui, acolhida em Espanha
Mais um pormenor da exposição com que o saharaui, Salek participou no PAN com uma exposição sobre o deserto, exposição já referida na mensagem anterior .
Muito gentil, Salek brindou os participantes servindo um chá.
Conhecida
pelo aroma especial e temperos característicos, a tradicional cultura
marroquina foi uma das principais responsáveis pela disseminação do ritual do
chá entre os países árabes.
Tudo começou quando os
ingleses surgiram com a ideia de misturar o chá às ervas que os marroquinos
estavam acostumados a ingerir. Essa mistura fez com que o sabor das ervas fosse
suavizado. O grande destaque foi o chá de hortelã, que, por ser mais consumida
pelos nômades, rapidamente se espalhou por todo o Oriente Médio. Desde então, o
chá de menta é uma das tradições mais conhecidas no Marrocos.
qualquer hora são bons para
se beber chá. O hábito de beber chá está enraizado na cultura marroquina e é
muito mais do que uma bebida. O chá é todo um significado e ritual ao qual os
visitantes não podem ficar indiferentes. Oferecer um chá faz parte do saber
receber do povo marroquino, conhecido pela sua hospitalidade. Quando se visita
alguém, numa loja ou mesmo na rua, se lhe oferecerem um chá, manda a etiqueta
que não recuse. Há toda uma técnica em torno do chá desde a preparação das
folhas, a preparação da infusão em si até à forma como é serviço, despejado do
bule bastante distanciado do copo para favorecer a mistura com o ar e criar uma fina coroa de espuma.
Também, gentilmente, propôs
oferecer a cada um dos participantes, a escrita do respectivo nome em árabe.
Pedi-lhe então para
escrever sete nomes entre eles os dos meus netos, e ofereci “em troca”, um
donativo para a causa do seu povo.
Esta lembrança para os meus
netos teve ainda uma outra intenção – mantê-los entretidos a pintar o desenho
que emoldura cada nome (qualquer actividade que possa tirar os netos do tablet
é sempre providencial…) Aqui está o trabalho já iniciado pelo meu neto Bernardo
PS (Postsriptum)- Na
mensagem anterior esqueci-me de contar que, durante a apresentação de um livro, a
dada altura, vi na assistência uma pessoa que me parecia ser Mário Tomé, figura
emblemática do 25 de Abril.
Comentei com o meu marido
e com um amigo e a reação foi idêntica; Não pode ser. No entanto
é muito parecido com a figura que recordamos de há mais de quarenta anos.
Na apresentação seguinte
um elemento da mesa anunciou o livro "Milando" de Paulo Salgado,
apresentado por Mário Tomé, "figura emblemática do 25 de Abril".
Curiosamente esteve na
Guiné em locais onde o meu marido também esteve, pelo que ainda conversaram um
pouco sobre o assunto.
Até 10 de Janeiro de 2010 esteve patente na Casa da Cultura Manuel Lueiro, em O Grove, Galiza, uma exposição de trabalhos de alunos da galeria Utopia .
Participei com os dois trabalhos anexos; no dia da inauguração tive a agradável surpresa de ver que o cartaz (1mx2m) que anuncia a exposição foi construído com a imagem do 2º quadro.
Quadros na exposição em Grove
Imagem que figura no cartaz
cartaz da exposição em Grove
Livros que publiquei ou em que participei por convite
Livros que publiquei ou em que participei por convite
Há ciência e poesia nas coisas do dia a dia
Tamanho XXS
Quando o mistério se dilui na penumbra
Para mais tarde recordar
Requiem pelo planeta azul
quando o mel escorre nas searas
revista Philos 2017
revista Philos 2014
O bosão do João
Sete Luas
Ciência para meninos em poemas pequeninos
Terras de cieiro
Entre margens
Pelo sistema solar vamos todos viajar..
Ciência para meninos em poemas pequeninos
Breve história da Química
Era uma vez...
Magnetismo...
Reflexões...
Estórias....
Se eu não fosse....
Um poema para Fiama
Os dias do Amor
Uma viagem para Pasárgada
Cancioneiro Infanto- Juvenil...
Fiat Lux
O amor em visita
A Terra de Duas Línguas II.Antologia de Autores Transmontanos
Por longos dias, longos anos, fui silêncio
antologia
Entre o sono e o sonho
Textos on-line
Estão disponíveis on-line: -Magnetismo Terrestre (livro de poesia) -Reflexões e Interferências (livro de poesia) -Estórias com sabor a nordeste (livro de ficção) -Einstein (poema) -Se eu não fosse professora de Física. Algumas reflexões sobre práticas lectivas(didáctica) -Vou-me embora para Pasárgada (conto)
Como todos nós, feita de pó de estrelas, estou apenas de passagem nesta fantástica viagem desde um passado remoto até um futuro ignoto.
(Para saber mais consultar a página CV)
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