Dedico-o essencialmente aos mais novos mas todos serão bem vindos, muito em particular pais, avós, encarregados de educação, educadores ...
segunda-feira, 11 de janeiro de 2016
Porque a vida só se dá pra quem se deu ….
Porque
a vida só se dá pra quem se deu
….
Este
é um dos versos do poema “ Como dizia o Poeta”
(...)Quem já passou por essa vida e não viveu Pode ser mais, mas sabe menos do que eu Porque a vida só se dá pra quem se deu, Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu(...)
e que podemos ouvir cantado nas vozes de Vinicius e Toquinho
Já
aqui referi por mais que uma vez que nas manhãs de 5ª feira faço
voluntariado no Hospital de Santo António, experiência onde tenho
recebido fantásticas lições de vida, algumas das quais já aqui
relatei.
Recebi
mais uma na passada 5ª feira. Quando regressava de ter ido levar um
doente a um serviço, deparei com um invisual encostado à porta de
entrada no Edifício Neoclássico, já no interior do mesmo.
Perguntei se precisava de alguma ajuda e ele respondeu-me:
O
porteiro deixou-me entrar e disse-me para aguardar aqui que deveria
chegar uma senhora da Liga (Liga os Amigos do Hospital de Santo
António).
Respondi-lhe que era eu e fui levar o Zé (assim se
identificou) aonde pretendia: Ao 6º piso do edifício novo, onde
estava internada a mulher. Pelo caminho foi-me contando o que havia
sucedido.
A
mulher, Ana Leonor, é também deficiente. Parou de crescer aos 7
anos pelo que toda a sua estrutura óssea se tem vindo
progressivamente a degradar. Vivem em S. Miguel e há mais de dois
anos que a Ana tem vivido a correr, sem sucesso, para médico e
hospitais, na ilha. Decidiram vir ao continente e a Ana foi operada,
uma operação muito difícil, a qual, ao que parece correu muito
bem.
Quando
vieram, a mulher já não andava, pelo que no aeroporto teve que a
transportar ao colo, guiado pela bengala. Nessa altura ouviram um
comentário de uma funcionária
“ Que lição de vida. E queixo-me
eu quando tenho dores nas costas...”
Disse-me
ainda.
A
minha mãe vive em Barcelos eu podia ir e vir todos os dias mas
prefiro pagar uma pensão e estar aqui para passar o máximo tempo
com a minha mulher.
Chegados
ao piso da enfermaria, enfermeiros e médicos brincavam com ele:
Então Zé, vem namorar mais um bocadinho?
Entrando
na enfermaria, lá vimos a Ana sentada numa cadeira,com um ar
sorridente. Quando viu o marido o rosto irradiava alegria. A ternura
do casal é comovente. Ambos se consideram uns privilegiados por se
terem encontrado, um dia. Ela conduzia ( não sabe se vai poder
continuar a conduzir) pelo que na ilha fazem passeios a pé e de
carro, amando a vida apesar das adversidades
Vieram-me
logo à ideia duas frases que, a par de outras, guardei em tempos .
O
verdadeiro homem mede a sua força, quando se defronta com o
obstáculo. (A.Saint-Éxupery)
A
coragem conduz às estrelas, e o medo à morte. (Séneca)
Lembrei-me
também do poema com que iniciei este texto Hoje
votei a lembrá-lo, no Holmes Place.
Após
uma aula de reabilitação física, conversava com uma colega muito
simpática e com a qual me identifico muito. A dada altura uma jovem
(32 anos) dirigiu-se a mim e perguntou.
Não deu aulas de
Física/Química no Carolina Michaëlis?
Foi
minha aluna e disse.
Recordo-a
com muito carinho embora eu tivesse descido as minhas nota de 18 para
15. Era muito exigente mas gostei muito de a ter como professora.
Recordo-me que na sua casa havia um quintal com muitas framboesas.
E
virada para a minha colega:
Uma vez , vários alunos fomos a casa da
professora tirar dúvidas.
Claro
que esta história não tem nada a ver com a lição de vida que
recebi no Hospital mas pensei:
Acho
que dei um pouco de mim , quando professora. Fi-lo com paixão e
estes momentos de reencontro com alunos que me recordam com saudade,
são exremamente gratificantes.
Regina, sei que tudo isso é verdade, eu própria já te admirei e elogiei muitas vezes, mas este tipo de posts moralizadores nem sempre são muito bem interpretados e quem lê fica com a ideia de que queres sempre auto-elogiar-te. Desculpa a franqueza. Quem me dera poder subir escadas ou mesmo deslocar-me a um hospital...neste momento sou eu que vou ter de pedir ajuda cada vez que sair!
Agradeço a franqueza mas a minha intenção era precisamente o contrário pois perante estas situações sinto-me tão pequenina, tão pequenina... Quanto a ti,quando precisares da minha ajuda diz,pois ajudar-te-ei naquilo que puder. A operação já está perto e vais ficar melhor com certeza. Um grande bj Regina
Talvez tenha sido um pouco precipitada no meu comentário. Ando um pouco nervosa e irritável por razões que não têm nada a ver com o resto do mundo. E mais valia estar calada...se quiseres apaga o meu comentário anterior. Ainda bem que praticas o bem e fazes sempre aquilo que é melhor para os outros. Não sou capaz de tamanha generosidade a não ser com os meus mais próximos, por eles faço tudo. Quanto aos alunos, sei que dei o meu melhor, mas muitas vezes fui injusta com os mais fracos... Bjo
Relativamente à "generosidade" de ser voluntária,uma manhã por semana, não a considero como tal, apenas como um gesto de cidadania que felizmente posso por em prática dado que tenho saúde e posso dispor de uma manhã a prestar um serviço, muito modesto à comunidade. Quanto aos alunos sei que também deste o teu melhor e de modo algum quis pôr-me em "bicos de pés", até porque há com certeza muitos ex-alunos que não partilharão da opinião da jovem que referi. Fico sempre muito satisfeita quando ouço destes comentários feitos por alunos mas sinceramente, não considero isso vaidade. De qualquer modo irei falar sobre "vaidade" numa próxima mensagem Ab
Não sei se consideras vaidade falar da minha experiência como voluntária mas se assim for não entendo. Vaidade de quê se o que relatei enaltece o casal e não a mim? Ou consideras vaidade ficar feliz quando encontro antigos alunos que me recordam com saudade? Não será maio demosntração de vaidade comentar uma mensagem dizendo “ porque eu fiz”, “porque eu sou”,… De qualquer modo deste-me o mote para uma próxima mensagem Ab Regina
Mas é exatamente o que tu escreves a propósito das tuas actividades, as meritórias e as outras, "eu fiz" "eu fui"... Falando sempre. Na primeira pessoa e portanto sempre centrada em ti! Pelos vistos a Virgínia, que aré te conhece, é da mesma opinião, apenas talvez menos direta!y
Considero que sentirmo-nos orgulhosos daquilo que fazemos não é vaidade, mas relatarmos em blogues os nossos feitos - quer na comunidade, quer na família - acaba por ser um pouco fátuo. Mas como dizia o meu irmão, cada um escreve o que quer, quem não quiser, não lê....
Até 10 de Janeiro de 2010 esteve patente na Casa da Cultura Manuel Lueiro, em O Grove, Galiza, uma exposição de trabalhos de alunos da galeria Utopia .
Participei com os dois trabalhos anexos; no dia da inauguração tive a agradável surpresa de ver que o cartaz (1mx2m) que anuncia a exposição foi construído com a imagem do 2º quadro.
Quadros na exposição em Grove
Imagem que figura no cartaz
cartaz da exposição em Grove
Livros que publiquei ou em que participei por convite
Livros que publiquei ou em que participei por convite
Há ciência e poesia nas coisas do dia a dia
Tamanho XXS
Quando o mistério se dilui na penumbra
Para mais tarde recordar
Requiem pelo planeta azul
quando o mel escorre nas searas
revista Philos 2017
revista Philos 2014
O bosão do João
Sete Luas
Ciência para meninos em poemas pequeninos
Terras de cieiro
Entre margens
Pelo sistema solar vamos todos viajar..
Ciência para meninos em poemas pequeninos
Breve história da Química
Era uma vez...
Magnetismo...
Reflexões...
Estórias....
Se eu não fosse....
Um poema para Fiama
Os dias do Amor
Uma viagem para Pasárgada
Cancioneiro Infanto- Juvenil...
Fiat Lux
O amor em visita
A Terra de Duas Línguas II.Antologia de Autores Transmontanos
Por longos dias, longos anos, fui silêncio
antologia
Entre o sono e o sonho
Textos on-line
Estão disponíveis on-line: -Magnetismo Terrestre (livro de poesia) -Reflexões e Interferências (livro de poesia) -Estórias com sabor a nordeste (livro de ficção) -Einstein (poema) -Se eu não fosse professora de Física. Algumas reflexões sobre práticas lectivas(didáctica) -Vou-me embora para Pasárgada (conto)
Como todos nós, feita de pó de estrelas, estou apenas de passagem nesta fantástica viagem desde um passado remoto até um futuro ignoto.
(Para saber mais consultar a página CV)
Regina, sei que tudo isso é verdade, eu própria já te admirei e elogiei muitas vezes, mas este tipo de posts moralizadores nem sempre são muito bem interpretados e quem lê fica com a ideia de que queres sempre auto-elogiar-te. Desculpa a franqueza.
ResponderEliminarQuem me dera poder subir escadas ou mesmo deslocar-me a um hospital...neste momento sou eu que vou ter de pedir ajuda cada vez que sair!
Agradeço a franqueza mas a minha intenção era precisamente o contrário pois perante estas situações sinto-me tão pequenina, tão pequenina...
EliminarQuanto a ti,quando precisares da minha ajuda diz,pois ajudar-te-ei naquilo que puder.
A operação já está perto e vais ficar melhor com certeza.
Um grande bj
Regina
Talvez tenha sido um pouco precipitada no meu comentário. Ando um pouco nervosa e irritável por razões que não têm nada a ver com o resto do mundo. E mais valia estar calada...se quiseres apaga o meu comentário anterior. Ainda bem que praticas o bem e fazes sempre aquilo que é melhor para os outros. Não sou capaz de tamanha generosidade a não ser com os meus mais próximos, por eles faço tudo. Quanto aos alunos, sei que dei o meu melhor, mas muitas vezes fui injusta com os mais fracos...
EliminarBjo
Relativamente à "generosidade" de ser voluntária,uma manhã por semana, não a considero como tal, apenas como um gesto de cidadania que felizmente posso por em prática dado que tenho saúde e posso dispor de uma manhã a prestar um serviço, muito modesto à comunidade.
EliminarQuanto aos alunos sei que também deste o teu melhor e de modo algum quis pôr-me em "bicos de pés", até porque há com certeza muitos ex-alunos que não partilharão da opinião da jovem que referi.
Fico sempre muito satisfeita quando ouço destes comentários feitos por alunos mas sinceramente, não considero isso vaidade. De qualquer modo irei falar sobre "vaidade" numa próxima mensagem
Ab
A Virgínia tem razão, também acho que és um pouco vaidosa, desculpa lá! Não se diz que "a mão direita não deve saber o que faz a esquerda"?
ResponderEliminarNão sei se consideras vaidade falar da minha experiência como voluntária mas se assim for não entendo. Vaidade de quê se o que relatei enaltece o casal e não a mim? Ou consideras vaidade ficar feliz quando encontro antigos alunos que me recordam com saudade? Não será maio demosntração de vaidade comentar uma mensagem dizendo “ porque eu fiz”, “porque eu sou”,…
ResponderEliminarDe qualquer modo deste-me o mote para uma próxima mensagem
Ab
Regina
Mas é exatamente o que tu escreves a propósito das tuas actividades, as meritórias e as outras, "eu fiz" "eu fui"... Falando sempre. Na primeira pessoa e portanto sempre centrada em ti! Pelos vistos a Virgínia, que aré te conhece, é da mesma opinião, apenas talvez menos direta!y
ResponderEliminarConsidero que sentirmo-nos orgulhosos daquilo que fazemos não é vaidade, mas relatarmos em blogues os nossos feitos - quer na comunidade, quer na família - acaba por ser um pouco fátuo. Mas como dizia o meu irmão, cada um escreve o que quer, quem não quiser, não lê....
ResponderEliminarEste comentário foi removido por um gestor do blogue.
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