Bem-vindo, bienvenido, bienvenu, benvenuto, welcome....


Silêncio cósmico

Pudera eu regressar ao silêncio infinito,

ao cosmos de onde vim.

No espaço interestelar, vazio, negro, frio,

havia de soltar um grito bem profundo

e assim exorcizar todas as dores do mundo.

Regina Gouveia

NOVO BLOGUE

Retomei o blogue que já não usava há anos.

https://reflexoeseinterferncias.blogspot.com/

Dedico-o essencialmente aos mais novos mas todos serão bem vindos, muito em particular pais, avós, encarregados de educação, educadores ...


sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

o melhor do mundo são as crianças...


Como  prometi na última mensagem, vou falar um pouco das visitas que fiz ao Agrupamento de Escolas de Canidelo, onde a convite da colega Cristina Santos, Bibliotecária, já tinha ido em tempos. No dia 24 de janeiro  estive na sede do Agrupamento, com alunos do 3º ciclo que, com alguns professores, tinham explorado a Breve  História da Química. Fiz algumas experiências à medida que íamos conversando sobre o texto e a sessão correu bem com os alunos genericamente motivados.
No dia 5 de fevereiro estive na EB1 de Lavadores. Porque houve uma falha na troca de e-mail com a colega Cristina fiquei convencida que o texto seria a Breve História da Química. Embora destinado a mais crescidos já me tem sido solicitada a apresentação do livro para alunos do 1º ciclo do ensino básico. Quando assim é exploro o 1º e o 2º atos, estabeleço pontes com mundos de ficção como os Gormiti, e Harry Potter ( a Pedra Filosofal ) fazendo a destrinça entre o que é a  ficção e o que constituiu um contributo inestimável para a evolução da química, nomeadamente a importância do  fogo e de muitos conhecimentos alquímicos. Os miúdos aderem muito bem.
Com base nestes pressupostos preparei a sessão, a PEN com alguns textos relacionados com a Breve História da Química,  e, equipada com o material que supunha necessário para a abordagem dos dois primeiros atos da peça, levei a “mochila da ciência” como o meu neto José chama ao saco onde levo o material, quando vou fazer sessões em escolas.
Mal entro na sala, vejo uma série de meninos sentados, tendo nas carteiras dois dos meus livros : “Ciência para meninos em poemas pequeninos” e “Pelo sistema solar vamos todos viajar”. Fiquei um pouco perturbada, embora tentasse  não o deixar transparecer, e comecei de mediato a magicar como iria dar a volta à situação. Mas fui espetacularmente surpreendida pois as crianças tinham preparado textos e atividades relacionadas com os referidos livros e presentearam-me com
as suas apresentações,  findas as quais me bombardearam com perguntas sobre os livros, sobre a minha atividade de escritora, etc. Tudo com um entusiasmo e uma alegria contagiantes. Creio que na sala estavam 26 crianças e entre elas, duas ou três com necessidade educativas especiais.
A meio, uma das crianças teve um ataque de asma,  algo que eu nunca tinha visto mas é um pouco perturbador. A serenidade da professora transmite-se às crianças que aguardaram calmamente que a professora tomasse medidas para a resolução do problema.
A professora Clara Sousa, ainda relativamente jovem, é uma daquelas professoras Excelentes (com E maiúsculo) mas a quem tal não é provavelmente reconhecido porque, em vez de entrar em projetos que acima de tudo gastam muito papel, investe nas situações de sala de aula, não apenas quando há espetadores, mas no dia a dia da sua prática letiva. Foi assim que a professora bibliotecária se referiu a Clara Sousa.
E já que falo na professora Bibliotecária também uma palavra para ela que, com a sua habitual gentileza,  me veio sempre buscar e trazer
Mas regressando a Lavadores, à despedida uma menina veio entregar-me, em nome de todos,  uma lembrança- uma esferográfica  com referência à escola. 

Reparei que um pequenito se aproximou de mim e de uma forma muito tímida me disse- eu queria dar-lhe uma prenda só minha; dou-lhe este dinheiro (creio que seria 1 euro e a senhora compra): Convenci-o que ficaria muito mais contente se ele fizesse um desenho,
ou um texto e mo oferecesse e que  não teria que ser naquele momento mas poderia ser depois. Bastaria entregá-lo à professora para mo fazer chegar.

Esta simplicidade das crianças é comovente. Numa visita que fiz a uma escola há uns anos, quando vinha embora uma criança, muito timidamente, veio dizer-me que me queria pedir uma coisa: Fazia anos e queria que eu fosse à sua festa de aniversário. Com muita pena minha não pude pois tinha que regressar de imediato ao Porto, senão perderia o transporte

E a propósito de crianças, termino com um vídeo delicioso que me enviaram





3 comentários:

  1. Como eu fiquei contente ,Regina, com este seu post!!!
    Além de muito bonito mostra que a Regina melhorou dos seus problemas de saúde e,com ele, põe em evidência o papel dos professores na Educação e
    Formação das crianças que são os construtores do
    futuro. Quanto respeito merecem os professores e quão maltratados são!!!!
    Também gostei muito do video,

    Um grande abraço e a continuação das melhoras.

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  2. Admiro muitissimo este teu empenho em continuar nesta senda de educação para a poesia e para a Ciência de um modo tão apelativo e generoso.
    Isto revela que nunca se é velho para ensinar e para transmitir a paz e a serenidade que tu inspiras a todos os que te conhecem.
    Oxalá os teus problemas de saúde esteja sanados de vez.
    Um beijo grande

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  3. Obrigada às duas. Embora ainda muito enjoada e um pouco rouca (só ontem terminei o antibiótico mas continuo ainda com a cortisona até amanhã) estou francamente melhor.
    Ab
    Regina

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