Bem-vindo, bienvenido, bienvenu, benvenuto, welcome....


Silêncio cósmico

Pudera eu regressar ao silêncio infinito,

ao cosmos de onde vim.

No espaço interestelar, vazio, negro, frio,

havia de soltar um grito bem profundo

e assim exorcizar todas as dores do mundo.

Regina Gouveia

NOVO BLOGUE

Retomei o blogue que já não usava há anos.

https://reflexoeseinterferncias.blogspot.com/

Dedico-o essencialmente aos mais novos mas todos serão bem vindos, muito em particular pais, avós, encarregados de educação, educadores ...


domingo, 22 de novembro de 2020

A extinção dos humanos não extinguirá a Terra....

Pensamos que somos os donos do mundo mas estamos muito enganados...



Os animais estão a desaparecer a um ritmo centenas de vezes mais acentuado do que o normal, sobretudo devido à perda de habitat. A sua maior ameaça: humanos.

Grande parte dos animais que aqui mostramos fazem parte das mais de 28.000 espécies de animais e plantas que a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) afirma estarem em perigo de extinção. Mas, na realidade, este número é muito mais elevado. Em 1964, a UICN estabeleceu uma “lista vermelha” para as espécies ameaçadas e começou a compilar dados recolhidos pelo mundo inteiro. Esta lista tornou-se no banco de dados global mais proeminente sobre as ameaças sofridas pela vida selvagem – e uma ferramenta essencial para as políticas de conservação. Porém, das mais de 1.500 milhões de espécies de animais, e mais de 300.000 espécies de plantas, a UICN só conseguiu avaliar cerca de 106.000 espécies – já descritas e nomeadas por cientistas. Esta estimativa, acreditam os cientistas, não representa sequer 25% da realidade. O relatório publicado recentemente na Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistémicos, sobre a crise na biodiversidade, estimava que esta extinção ameaça perto de 1 milhão de espécies animais e vegetais, conhecidas e desconhecidas. …


https://www.natgeo.pt/animais/2019/09/o-que-perdemos-com-extincao-animal



 Scherzo

 Do quark à galáxia, por entre a matéria escura,

no Cosmos infinito

estará disseminada uma memória futura.

Talvez nessa memória esteja lavrada a história

dum outro universo, simples mas diverso,

pleno de música, de riso, de cor,

sem ódio, sem guerra, sem dor.

Essa memória futura, algures no espaço- tempo,

terá, porventura,  acordes de um  scherzo lento.

Regina Gouveia in Entre margens, editora Lua de marfim, 2013



Sigo assim, frio, pequeno, como à margem de um rio do qual não ouso medir o tamanho (…)  Franz Kappus.

 Na imensidão do Universo,

movem-se estrelas  em invisíveis rios.

Cada estrela desses rios

é menos que um grão de areia

num imenso deserto.

Somos infinitamente pequenos,

por muito que nos exaltemos.

Regina Gouveia in Entre margens, editora Lua de marfim, 2013





2 comentários:

  1. "Somos infinitamente pequenos, por muito que nos exaltemos". Gostei imenso deste poema.
    Cuide-se bem.
    Uma boa semana.
    Um beijo.

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  2. Obrigada, Graça.
    Ultimamente temos tido uma série de problemas pelo que não tenho ido ao seu blogue, mas, como sabe, é um dos meus favoritos...

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