Pensamos que somos os donos
do mundo mas estamos muito enganados...
Os animais estão a desaparecer a um ritmo centenas de vezes mais acentuado do que o normal, sobretudo devido à perda de habitat. A sua maior ameaça: humanos.
Grande parte dos animais que aqui mostramos fazem parte das mais de 28.000 espécies de animais e plantas que a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) afirma estarem em perigo de extinção. Mas, na realidade, este número é muito mais elevado. Em 1964, a UICN estabeleceu uma “lista vermelha” para as espécies ameaçadas e começou a compilar dados recolhidos pelo mundo inteiro. Esta lista tornou-se no banco de dados global mais proeminente sobre as ameaças sofridas pela vida selvagem – e uma ferramenta essencial para as políticas de conservação. Porém, das mais de 1.500 milhões de espécies de animais, e mais de 300.000 espécies de plantas, a UICN só conseguiu avaliar cerca de 106.000 espécies – já descritas e nomeadas por cientistas. Esta estimativa, acreditam os cientistas, não representa sequer 25% da realidade. O relatório publicado recentemente na Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistémicos, sobre a crise na biodiversidade, estimava que esta extinção ameaça perto de 1 milhão de espécies animais e vegetais, conhecidas e desconhecidas. …
Os confinamentos a que a COVID obriga, que muitos parecem
não entender e alguns parecem apostados em violar, é uma medida muito dura, a
que os vários países do mundo estão a recorrer por não terem encontrado, até
hoje, uma medida mais eficaz para conter a pandemia.
Os “espetadores de bancada”
protestam por vezes de forma violenta, mas não apontam alternativas credíveis.
Não me move qualquer intenção de defender as medidas governamentais. Felizmente
não tenho nenhum vínculo partidário pelo que posso, com isenção, defender ou
refutar ideias, vindas de qualquer quadrante democrático, desde que entenda
que são as possíveis, no momento.
Entendo que, do ponto de vista da economia, o confinamento é
terrível. Mas também reconheço que o egocentrismo de alguns, apostados em violar
as mais elementares normas de proteção, tem sido o grande responsável por esta
propagação voraz.
Também entendo que, do ponto de vista psicológico, estes confinamentos
afetam muito as pessoas, muito em particular as idosas, que se vêm afastadas da
família, que os tenta proteger através do isolamento. Em minha casa, era norma reunir ao fim de semana, no mínimo
dez familiares (filhos, netos…)Tudo isso está em “stand by” (não se sabe por quanto tempo)
o que me deprime, por vezes. A última mensagem foi escrita num momento mais depressivo.
Hoje, contraponho com o “reverso da medalha”
Recebi, há dias, o mail que segue e que nos faz sentir muito pequeninos
perante tanta generosidade e solidariedade, mas também desafia os nossos sentimentos mais nobres
(caso haja dificultar em visualizar, basta (clicar" em Recarregar)
Ao ver este vídeo, não posso deixar de me referir ao Iron
Brothers, que já referi aqui uma vez, e que é também um hino de amor. O
Miguel e o Pedro, principais protagonistas dos vídeos que seguem, são netos de uma prima
minha.
Há já vários anos, escrevi
um poema a pensar no Pedro. Como na altura não tinha ainda nenhuma poesia publicada,
e consequentemente nenhum feed-back sobre a minha escrita, não o dei a conhecer
a ninguém. Uns anos mais tarde, já com poesia publicada, uma amiga e ainda
familiar, ligada à educação especial, pediu-me um poema sobre a “diferença”. Hoje, coloco-o aqui em homenagem ao Pedro, que
já não é menino ….
Vou ser muito honesta: nos anos
que estudei Psicologia e depois na minha experiência na vida adulta (que vale o
que vale mas é a única que tenho), cada vez mais me desiludo com o ser humano.
E esta situação da pandemia só veio
reforçar mais esta opinião. É que vê-se com cada coisa, com cada acto egoísta,
um completo desrespeito pelos outros, pela sociedade como um todo...
Nos inícios da pandemia (parece que foi
há anos atrás, em Março), havia pessoas a dizer que podia ser que o ser humano
aprendesse algo com isto e mudasse para melhor. Eu sempre me mantive reticente
quanto a isso. E infelizmente tinha razão (quem me dera neste aspecto não a
ter).
Estamos todos cansados disto - certo.
Tem sido um ano terrível - certo. Há ainda muita incerteza - certo. Mas o
cansaço não é desculpa para desarmar, ignorar o que se passa lá fora e agir
como se estivesse tudo igual há um ano atrás.
Onde estão agora as pessoas que batiam
palmas aos profissionais de saúde? Talvez a passear a um domingo à tarde num
centro comercial apinhado de gente. E as restrições não vêm mudar muita coisa,
presumo eu. Contemplam as mais variadas excepções e não há forma de aplicar a
lei eficazmente caso não sejam cumpridas. No início era tudo desconhecido e
fonte de medo, por isso quando nos mandaram para casa obedecemos. Mas depois
foram-nos dando cada vez mais liberdade, deixaram-nos basicamente à vontade. E
agora querem que voltemos a fechar-nos em casa? As pessoas ainda se lembram do
que passaram no confinamento e duvido que queiram passar por isso outra vez. No
entanto, sem medidas restritivas, isto vira o fim do mundo.
Portanto desta vez
espero mesmo, mesmo estar enganada quanto à raça humana. Espero que obedeçam,
que façam um esforço pelo bem comum e que a situação melhore.
Mas para além da
COVID, que esperamos, “esteja de passagem”, eu considero que as principais doenças do século
XXI são do foro comportamental
Se há na
sociedade atual, comportamentos humanos duma generosidade ímpar, também pululam,
de forma assustadora, muitos comportamentos egocêntricos e hedonistas
As recentes eleições
para a Presidência dos Estados Unidos, vieram revelar um mundo ensandecido.
Como pode um
país, dito democrático, pactuar com as fantochadas de Donald Trump? Como pode
alguém com um mínimo de senso, propô-lo, pela 2ª vez para Prémio Nobel da Paz?
O mundo está doente.
Não só por causa do Covid, a pandemia do presente
Mas também por alterações dramáticas no ambiente
Pelas desigualdades sociais que aumentam exponencialmente
Pelas condições desumanas, em que vive muita gente
Pelas guerras, conflitos entre povos em tensão permanente.
O mundo é dominado por uma ínfima minoria prepotente,
idólatras do vil metal, que acumulam despudoradamente,
sugando até ao tutano uma esmagadora minoria padecente.
Urge construir um mundo novo, mais solidário e indulgente
Trata-se de uma perturbação
de personalidade assustadora pois assenta na mentira, na intriga, no rancor. Os
narcisistas perversos não nutrem verdadeiros afetos por ninguém, pois são
extremamente egocêntricos.
Uma das caraterísticas é o
seu o poder de manipulação que, a meu ver, poderá explicar que, num país
pretensamente desenvolvido como os EUA, Trump tenha recolhido tantos votos.
E a propósito de doenças cito Fernando
Pessoa
Há doenças piores que as doenças,
Há dores que não doem, nem na alma
Mas que são dolorosas mais que as outras.
Há angústias sonhadas mais reais
Que as que a vida nos traz, há sensações
Sentidas só com imaginá-las
Que são mais nossas do que a própria vida.
Há tanta cousa que, sem existir,
Existe, existe demoradamente,
E demoradamente é nossa e nós...
Por sobre o verde turvo do amplo rio
Os circunflexos brancos das gaivotas...
Por sobre a alma o adejar inútil
Do que não foi, nem pôde ser, e é tudo. Dá-me mais vinho, porque a vida é nada
In Poesia 1931-1935, Assírio
& Alvim, 2006
O 1º
versoserviu de mote para o poema que
segue, do autor brasileiro Paulo
Henriques Britto
UMA
DOENÇA
Há doenças piores que as
doenças.
– Fernando Pessoa
que tornam mais urgente e
mais difícil
o já por vezes inviável ofício
de habitar o íngreme edifício
do não-se-estar-conforme-se-devia
e administrar a frágil fantasia
de que se é o que ninguém seria
se não tivesse (insistentemente)
de convencer-se a si (e a toda gente)
que não se está (mesmo estando) doente.
II
O mundo está fora de esquadro.
Na tênue moldura da mente
as coisas não cabem direito.
A consciência oscila um pouco,
como uma cristaleira em falso.
Em torno de tudo há uma aura
que é claramente postiça.
O mundo precisa de um calço,
fina fatia de cortiça.
III
Nenhuma posição é natural.
Qualquer ordenação de pé e mão
e tronco é tão-somente parcial
e momentânea, uma constelação
tão arbitrária e pouco funcional
quanto a Ursa Maior ou o Escorpião.
Nenhuma é estritamente indispensável.
Nenhuma é realmente lenitiva.
Nenhuma é propriamente confortável.
Apenas uma é definitiva.
In Revista Piaui, 2006
Incluo também um poema de outro poeta
brasileiro, Augusto Curry
Cada doença pertence a um doente.
Cada doente tem uma mente.
Cada mente é um universo infinito.
In O vendedor de sonhos, 2008
Partido deste último poema, insiro dois
vídeos relativos a pessoas com mentes perturbadas, mas que ficaram na História
pelas obras que deixaram.
Começo por Luís II da Baviera, com um
poema a ele dedicado, da autoria de Manoel Tavares Rodrigues-Leal (1941-2016) poeta que
eu desconhecia e que escreveu sob vários pseudónimos
Até 10 de Janeiro de 2010 esteve patente na Casa da Cultura Manuel Lueiro, em O Grove, Galiza, uma exposição de trabalhos de alunos da galeria Utopia .
Participei com os dois trabalhos anexos; no dia da inauguração tive a agradável surpresa de ver que o cartaz (1mx2m) que anuncia a exposição foi construído com a imagem do 2º quadro.
Quadros na exposição em Grove
Imagem que figura no cartaz
cartaz da exposição em Grove
Livros que publiquei ou em que participei por convite
Livros que publiquei ou em que participei por convite
Há ciência e poesia nas coisas do dia a dia
Tamanho XXS
Quando o mistério se dilui na penumbra
Para mais tarde recordar
Requiem pelo planeta azul
quando o mel escorre nas searas
revista Philos 2017
revista Philos 2014
O bosão do João
Sete Luas
Ciência para meninos em poemas pequeninos
Terras de cieiro
Entre margens
Pelo sistema solar vamos todos viajar..
Ciência para meninos em poemas pequeninos
Breve história da Química
Era uma vez...
Magnetismo...
Reflexões...
Estórias....
Se eu não fosse....
Um poema para Fiama
Os dias do Amor
Uma viagem para Pasárgada
Cancioneiro Infanto- Juvenil...
Fiat Lux
O amor em visita
A Terra de Duas Línguas II.Antologia de Autores Transmontanos
Por longos dias, longos anos, fui silêncio
antologia
Entre o sono e o sonho
Textos on-line
Estão disponíveis on-line: -Magnetismo Terrestre (livro de poesia) -Reflexões e Interferências (livro de poesia) -Estórias com sabor a nordeste (livro de ficção) -Einstein (poema) -Se eu não fosse professora de Física. Algumas reflexões sobre práticas lectivas(didáctica) -Vou-me embora para Pasárgada (conto)
Como todos nós, feita de pó de estrelas, estou apenas de passagem nesta fantástica viagem desde um passado remoto até um futuro ignoto.
(Para saber mais consultar a página CV)