A
mensagem que aqui deixo hoje tem estado em “stand by” desde o dia 15 de
Outubro….
Creio
que já uma vez aqui comentei que, por vezes, precisava que os dias tivessem no
mínimo 72 h. Ou é má gestão do tempo ou cada vez arranjo mais com que me
ocupar…Provavelmente um misto das duas coisas. Desde que tive o problema na
coluna, passo três manhãs por semana no Holmes, nas atividades de reabilitação
física, reabilitação postural e hidroterapia. Mas tem valido a pena.
Chego
a casa e é um “lufa-lufa” com o almoço ( às terças feiras tenho sempre pelo
menos dois netos a jantar e às quartas
feiras, pelo menos dois a almoçar). Na maior parte das tardes também tenho, a
presença de um ou mais netos. Mas a presença dos netos dá-me um prazer
incomensurável. ..
Como
só a doença me faz abrandar ( e até parar) e felizmente tenho passado bem,
multiplico-me
em actividades. Assim, retomei o voluntariado no Hospital de Santo António,
embora não goste trabalho que agora me foi atribuído, essencialmente trabalho
burocrático.
Em tempos integrei o CPO(Círculo Portuense de Ópera) e
gostei imenso, mas acabei por sair porque na altura tive imensos problemas de
garganta. De qualquer modo, o horário dos ensaios, para mim era muito mau pois
era à noite e eu não gosto de conduzir, muito particularmente à noite. A minha
amiga Paula Miguel, sempre gentil, dava-me boleia mas tinha que fazer um desvio
no seu caminho e isso custava-me um pouco. No Coro
da União de
Juntas, os ensaios são à tarde, duas vezes por semana, e o coro é muito
menos exigente pelo que esforço menos a voz. Já participei em alguns concertos
e a partir de Dezembro vão ter lugar vários, um deles na Sé do Porto, no dia 15
pelas 19 h. Mais adiante
acrescentarei alguns pormenores. https://www.facebook.com/events/383672102539911/
Tudo isto veio a propósito
da mensagem que tem estado em “stand by”
Foi-me lançado desafio de uma conversa, na UNICEPE, sobre literatura e ciência.
imagem
Quando tive que escolher o título, lembrei-me de imediato da antologia “ O bosão do João”, uma colectânea de poemas organizada por Rui Malhó, professor catedrático no Departamento de Biologia Vegetal da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
Rui Malhó, justifica assim a escolha do título
Os poemas da referida colectânea
estão organizados em vários “temas” -Mundo,
Natureza, Laboratório, Ofício, Números,
Homem, Saber, Intemporal.
A preceder estas secções, um excerto do
poema Suspensão Coloidal, de António
Gedeão.
Postulados e leis e lemas e
teoremas,
tudo o que afirma e fura e diz sim,
teorias, doutrinas e sistemas,
tudo se escapa ao autor dos meus poemas.
A ele, e a mim.
Gedeão é provavelmente o 1º
poeta que nos vem à lembrança quando falamos da
interligação da ciência e da poesia.
Ao longo do livro há vários
poemas deste autor bem como de muitos outros.
A propósito do tema Mundo entre vários poemas, mais um de Gedeão- Máquina do Mundo.
A propósito do tema Natureza, um dos poemas é de Antero de Quental-Evolução
Fui rocha em
tempo, e fui no mundo antigo
tronco ou ramo na incógnita floresta...
Onda, espumei, quebrando-me na aresta
Do granito, antiquíssimo inimigo...
Rugi, fera talvez, buscando abrigo
Na caverna que ensombra urze e giesta;
O, monstro primitivo, ergui a testa
No limoso paúl, glauco pascigo...
Hoje sou homem, e na sombra enorme
Vejo, a meus pés, a escada multiforme,
Que desce, em espirais, da imensidade...
Interrogo o infinito e às vezes choro...
Mas estendendo as mãos no vácuo, adoro
E aspiro unicamente à liberdade.
Também Camões, Fernando Pessoa
nos seus vários heterónimos, Vitorino
Nemésio, Carlos Drumond de Andrade, José Tolentino de Mendonça e muitos outros “Poetas”
estão presentes .A par destes nomes “grandes” estão outros bem menores, como é
o meu caso, ali representada com o poema Big-Bang (em Magnetismo Terrestre), o
poema Impulsão (em Reflexões e
Interferências) e Procuro o tempo (em Entre Margens)
Alguns poemas da antologia
podem ser ouvidos aqui
A conversa,centrada na poesia, ia derivando para a Física, à medida
que surgiam termos relacionados com essa área. O quadro anexo pretende dar uma ideia da “evolução” da conversa que nos
levou do atomismo grego aos quarks e aos bosões, nomeadamente ao bosão de Higs
Após
a conversa sobre poesia e ciência fizemos uma pequena “visita guiada” a uma
exposição de trabalhos meus, ali montada, com alguns trabalhos no âmbito da pintura,
nomeadamente três écharpes, pois estou a gostar imenso de pintar em tecido
Alguma fotos do evento
A terminar, regresso ao Coro e aos
concertos que, a partir de Dezembro vão ter lugar , um deles na Sé do Porto, no dia 15 pelas 19 https://www.facebook.com/events/383672102539911/
No dia 3 de Dezembro vou ao Brasil ver a família, muito em particular a minha irmã que, ultimamente, não tem passado muito bem. Regresso dia 14, aproveitando a vinda de uns primos meus que vêm passar o Natal connosco e muito em particular com a filha, o genro e a neta (a quem já me referi algumas vezes) que vivem no Porto, desde há pouco mais de um ano.
Chego dia 15 de manhã, mas às 19 h participarei no concerto.
Na semana que antecede o concerto haverá outros mas nesses não posso participar. No site anteriormente referido poderão ir tomando conhecimento de locais e datas, caso estejam interessados,
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