quarta-feira, 9 de outubro de 2019
Revisitando Conimbriga…
Como referi na mensagem
do dia 6, após a visita à serra da Lousã e no regresso ao Porto,
decidimos rever Conimbriga que só tínhamos visitado uma vez, quando os filhos
eram pequenos.
Ao sair da Lousã, pus
Conimbriga no GPS do meu Samsung mas, embora aceitasse, interpretou como
Coimbra. Como sabia que fica muito perto de Condeixa, quando apareceu um
cruzamento a dizer Condeixa seguimos, mas relutantes, porque admitimos que
deveriam também anunciar Conimbriga. Chegados a Condeixa perguntámos e lá nos
indicaram o caminho. A partir daí encontrámos setas indicativas.
Quando cheguei à receção,
falei com os funcionários, que obviamente não são responsáveis por esta falha.
Responderam que está sinalizada na A1. E quem não vai (ou vem) pela A1? Vou
fazer este reparo a quem de direito responsável pelo património. Infelizmente
não é caso único….
Tive alguma desilusão ao
chegar a Conímbriga porque as escavações pouco avançaram desde que lá fui há 40
anos… Sei que é um trabalho muito moroso, que há barreiras muito difíceis
(impossíveis?) de transpor…Parte da cidade está soterrada debaixo de terrenos
particulares e de vias públicas..
Felizmente existe agora
um Museu que gostei de ver.
Em 2017 estivemos em
Pompeia. Eventualmente Conímbriga terá sido uma cidade com uma importância
idêntica. A fatídica erupção do Vesúvio teve uma “vantagem" . Ao cobrir a
cidade de cinzas, permitiu uma preservação muito superior à que existe em
Conímbriga. De qualquer modo é possível encontrar ruínas de casas nobres
grandiosas, com o chão recoberto de mosaicos e com latrinas para os senhores.
ruínas de termas/ ginásios, com caldários, tepidários e frigidários ( piscinas
com água quente, tépida e fria), mas também ruas onde, à semelhança de Pompeia
existiriam lojas, “restaurantes” ,lupanares…
Ainda é possível ver
vestígios da via Romana que ligava Lisboa a Braga, do sistema de
distribuição de água à cidade, do castelo
Seguem algumas fotos
Ruínas
de casa nobres grandiosas, com o chão recoberto de mosaicos e com
latrinas
Vestígios do sistema de distribuição de água à cidade
Ruínas do castelo e da via romana.
Um objeto que me encantou foi uma balancinha para pesar ouro (no canto inferior direito desta última fotografia, está ampliada em baixo)
A terminar deixo dois vídeos um deles do youtube https://www.youtube.com/watch?v=YImknjpfHqI e outro que podem ver em https://www.meetingsinportugal.com/index.php/en/field_collection_item/1279
Depois da vista regressámos a Condeixa onde almoçámos, já passava das 14 h. Comemos num restaurantezinho agradável, com pessoal simpático, um arroz de molho pardo feito com galo caseiro. Uma delícia.
Chegámos ao Porto ao fim da tarde, após um fim de semana muito agradável.
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Costumava ir para Conimbriga estudar com o Manel quando eu o visitava durante o curso. Gostava do ambiente, do sossego e também dos azulejos muito bem arrumadinhos nos seus locais. Nunca fui apaixonada por ruinas e vi muitas extraordinárias no Egipto, Turquia, Israel e Jordânia, Tunísia, etc. Não se comparam com os nossos castros pobrezinhos e abandonados por aí. O Manel adorava ver tudo, mas eu preferia a paisagem, os desertos, os oásis, os espaços. Conservo todas as fotos e gosto de as ver. Mas Conimbriga também me lembra o meu namoro e a paixão que nos distraía do verdadeiro estudo :) Bjo
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