Dedico-o essencialmente aos mais novos mas todos serão bem vindos, muito em particular pais, avós, encarregados de educação, educadores ...
sexta-feira, 30 de dezembro de 2016
Na despedida de 2016
Com
os quatro netos em férias e com as festas de Natal, o tempo
tem corrido ainda mais veloz....
Hoje,sem
netos, vou aproveitar para me despedir de 2016.
Começo
por referir algumas ocorrências desde a mensagem postada no
dia 11.
Na
escola do Bom Pastor, que a minha neta Marta frequenta, teve lugar,
no dia 16, uma feirinha de Natal com trabalhinhos feitos pelas
crianças e dinamizada pela escola e pela Associação de Pais e Encarregados de Educação que pediram o apoio dos mesmos. Assim passei a tarde na escola, numa das várias mesas onde estavam
expostos trabalhos
Logo
à entrada um presépio…
A
feirinha correu muito bem. A dada altura a minha neta foi chamar-me
para me mostrar o que tinham feito na sua sala- uns anjinhos,
enfeites de natal feitos com caixinhas
de papel frisado e pouco mais (esqueci-me de fotografar). Quis
comprar apenas as duas que ela fizera (cada uma custou 50
cêntimos...).Mais tarde voltou a procurar-me para me perguntar se
podia comprar outra coisa. Fui ver o que pretendia. Um caderninho
feito por alunos mais crescidos que,
explicou-me, serviria para escrever frases. Perante tão "nobre
finalidade", nem hesitei...Custou 2,5 €. Mal
chegou a casa começou a escrever frases tendo em conta as consoantes
que já conhece (e todas as vogais, obviamente).
Andava
um pouco triste porque alguns colegas já liam e escreviam melhor que
ela. Apercebi-me que a dificuldade residia em não associar o som das
consoantes às letras. Resolvi “criar” uma “cábula” para
ajudar, tendo em conta palavras que ela já conhecia bem. Funcionou
lindamente.
Eis a frase que escreveu logo que percebeu a “mensagem”
Na
noite do dia 16, teve lugar a peça de teatro “O principezinho”
que o grupo de teatro da escola apresentou com alunos desde o 5º ao
12º ano. O meu neto desempenhou muito bem o papel de bêbado. As
imagens estão muito fracas pois havia pouca luz e foram tiradas com o
telemóvel . Aqui ficam algumas.
A
partir de segunda feira fiquei com os netos, na maioria das vezes com
os quatro. Aproveitámos para ensaiar a nossa peça de Natal que, neste ano, teve como personagens o Pai Natal, o Menino Jesus, a árvore
e o anjo, Cada uma tentou mostrar a sua importância nas festividades
natalícias.
Deixo
alguns excertos do texto
(…..)
PN-
Agora que estamos todos e já que não há moderador, temos que
decidir quem começa falar
MJ,
anjo, árvore, todos em coro- Eu, Eu, Eu….
PN-
Assim não dá. Temos que arranjar um critério. Começa o mais feio.
Quem quer começar?
(silêncio)
PN-
Digam lá se eu não sou esperto..... (comenta para o lado). Então
começo eu. Nasci no século IV e represento o Natal.
MJ-
Calma aí! Eu nasci primeiro e também represento o Natal.
PN-Tudo
bem...Tu representas o Natal cristão eu o pagão.
Anjo-
Papão….Eu tenho medo do bicho papão…
Árvore-
Pagão! Eu também represento o natal pagão. Tu e o Menino Jesus
representam o Natal cristão…
Anjo-Eu
sou a figura mais importante do Natal.
Árvore-Eu
é que sou. Enfeito as casas e as cidades nesta época. Nova Iorque,
Londres, Paris, Porto...
Anjo-
Mas isso é o Natal pagão…Eu sou mais importante pois disse a
Maria que ia ser mãe.
(….)
Terminam todos a cantar e o José e eu a tocar ukulele
O
Natal, o Natal, vamos celebrar
com
Jesus no presépio
e
com o Pai Natal.
A
árvore enfeitada, o anjo a cantar,
assim
todos juntos vamos festejar
É
Natal, é Natal….
Na
segunda feira de manhã tinha uma consulta médica, precisamente à
hora em que tínhamos uma aula de música, de substituição, por
causa dos feriados de 1 e 8. Como não podia ir, o meu filho levou o
José, que no fim veio para casa de autocarro. Ele já está
habituado a vir do Carolina, mas são só duas paragens. Agora veio de
Lordelo e numa outra linha. Mas fez questão de vir sozinho e tudo
correu muito bem.
Na
terça à noite teve lugar o jantar de Natal do Agrupamento de
Escolas Carolina Michaëlis, que este ano teve lugar na Escola Irene
Lisboa. Estava bastante gente, nomeadamente professores já
aposentados. Foi um convívio agradável.
Na
noite de Natal fomos ao meu filho mais velho, que mora ao meu lado.
A minha nora é filha única, pelo que comemora a noite em casa
reunindo pais, sogros e alguns primos. O meu filho Nuno costuma
jantar em casa de um cunhado, onde se reúne a família da minha nora.
O
dia de Natal é sempre em minha casa com filhos netos, pais e primos
da minha nora Teresa.
É
após o almoço de domingo, que tem lugar a peça de teatro...
Durante
esta semana os netos estiveram cá por casa. Foram fazendo os
trabalhos que tinham para férias e, acima de tudo, brincaram e
conviveram. Ontem fomos ao cinema ver Vaiana de que deixo um pequeno
trailer...em que Moana ainda não tinha sido rebatizada de Vaiana...
https://www.youtube.com/watch?v=psu5zXwrKOc
E
foi precisamente ontem, que no fim do dia, ao tentar dar uma arrumadela no meu
escritório, que nestes dias ficou bastante desorganizado, deparei
com um postal de correio onde tinha colado uma história….Mas tenho
que recuar um pouco.
Há
cerca de 2 meses recebi um mail a Informar sobre uma iniciativa dos
CTT
CONVOCAM-SE
todos os interessados a participar na I edição de HISTÓRIAS EM
POSTAIS do Correio do Porto, que consiste em escrever uma história
(microconto/poema/aforismo/legenda) no verso de um postal. O postal
pode ser enviado em branco. O
mais importante é a história.
Dimensão
do postal: 10
x 15 cm Tema
da história: livre Sem
júri, sem custos, sem devolução
Data limite de envio: 31
de dezembro de 2016 Língua: nativa
As
obras serão alojadas e exibidas no Correio do Porto e divulgadas na
página do Facebook. Será realizada uma exposição em espaço
público em data e local a anunciar.O
Correio do Porto reserva-se no direito de não exibir as obras com
caráter ofensivo. As obras farão parte do acervo do Correio do
Porto.
Esta
iniciativa nasceu da resposta dada pela escritora portuguesa, Alice
Vieira,
sobre a possibilidade de existir uma literatura
postal: Nunca
tinha pensado nisso, mas talvez não fosse má ideia… O Gianni
Rodari tem
um livro com uma série de histórias muito pequenas chamado
“Histórias
ao Telefone”—
por que não “histórias em postais”?A
presente convocatória é a concretização daquela possibilidade.
Logo
que tomei conhecimento da iniciativa falei nela aos meus netos. A mais
pequenina, com 6 anos e 3 meses, tem uma imaginação prodigiosa. Se
agora ainda escreve pouco, à data ainda não escrevia mas
manifestou logo vontade de contar uma história. Contactei a
organização e fui informada que poderia eu escrever a história que
ela contasse. E assim foi.
Colei-a
no postal e nunca mais me lembrei do assunto. Ontem, quando vi o
postal fiquei triste porque os outros netos não fizeram nada,
essencialmente por culpa minha que me esqueci, mas também deles, que
nunca mostraram o entusiasmo da Marta. Decidi então escrever eu uma
história e mandá-la também.
Aqui
ficam as duas histórias que foram há pouco colocadas no marco do
correio.
Um
passarinho ainda bebé caiu do ninho para a rua. Umas pessoas que
passavam levantaram--no do chão e levaram-no para casa. Puseram-no
junto a uma janela e trataram-no.
A
mãe, quando chegou ao ninho e não o viu ficou muito aflita. Foi
procurá-lo, juntamente com um irmão mais velho.
Viram-no
na janela e começaram a bicar no vidro. O passarinho ficou muito
contente por ver a mãe e o irmão e começou a piar. Os donos
pensaram que ele piava assustado e agitaram uns lenços junto à
janela, espantando-os. O passarinho cada vez piava mais. Pensaram que
tinha fome e deram-lhe comidinha. Pensaram que tinha sede e
deram-lhe água mas o passarinho não sossegava.
Entretanto
a mãe e o irmão passavam por ali muitas vezes. Os donos perceberam
que deviam ser da família do passarinho. Então, um dia em que ali
passaram, os donos libertaram-no e ele foi muito contente para o seu
ninho. A mãe disse-lhe que ele tinha que aprender a voar muito bem
antes de tentar voltar a sair. Quando isso aconteceu ele voou até à
janela dos donos e foi agradecer-lhes dando bicadas na janela.
Marta
Gouveia )
Miríades
de luzes ofuscam o céu negro. Sons de foguetes rasam o ar.
Uma
criança grita, o olhar assustado em busca de abrigo- UMM...UMM1
…..
Uma
voz doce tenta tranquilizá-la.
-No
war. The war stayed away ... It's Christmas.
Mas
a criança não conhece aquela linguagem tão
estranha e retoma o choro aflito- UMM...UMM….
Eis
que mais alguém se apercebe do choro. Numa
linguagem ininteligível, mas plena de ternura fala com a criança. De
seguida chama em voz alta:
Uma
onda sonora propaga-se por entre a mole humana.
No
céu, as estrelas parecem brilhar mais intensamente.
Uma
mulher tenta abrir caminho por entre a multidão.
A
criança apercebe-se e grita UMM...UMM…
Quais estrelas,
brilham os olhos de mãe e filha
Um
abraço apertado sela o reencontro….
Regina
Gouveia
1
Mãe em árabe
2
Estrela e nome de mulher em árabe
Amanhã,
e como vem sendo costume, vamos jantar com uns primos, um jantar
calmo, a quatro….
No
domingo, juntarei toda a família no almoço de Ano Novo.
Termino
com uma foto do presépio montado pelos Sapadores Bombeiros, perto de minha casa, e com Chico Buarque, que ouvi há dias de manhã na rádio, na belíssima canção Minha história,que tenho em vinil e em CD. OriginariamenteGesù bambino a canção foi composta pelo cantautor
italiano Lucio Dalla.
Como sempre, Regina, custou-me ler este post. Penso que são pormenores a mais, sem grande interesse para quem lê, mas tu lá sabes como queres o teu blogue e eu não preciso de o ler todo. Nunca descrevo os meus Natais, eles são meus e mais ninguém precisa de saber o que a família faz. Ficam cá dentro no coração.
Até 10 de Janeiro de 2010 esteve patente na Casa da Cultura Manuel Lueiro, em O Grove, Galiza, uma exposição de trabalhos de alunos da galeria Utopia .
Participei com os dois trabalhos anexos; no dia da inauguração tive a agradável surpresa de ver que o cartaz (1mx2m) que anuncia a exposição foi construído com a imagem do 2º quadro.
Quadros na exposição em Grove
Imagem que figura no cartaz
cartaz da exposição em Grove
Livros que publiquei ou em que participei por convite
Livros que publiquei ou em que participei por convite
Há ciência e poesia nas coisas do dia a dia
Tamanho XXS
Quando o mistério se dilui na penumbra
Para mais tarde recordar
Requiem pelo planeta azul
quando o mel escorre nas searas
revista Philos 2017
revista Philos 2014
O bosão do João
Sete Luas
Ciência para meninos em poemas pequeninos
Terras de cieiro
Entre margens
Pelo sistema solar vamos todos viajar..
Ciência para meninos em poemas pequeninos
Breve história da Química
Era uma vez...
Magnetismo...
Reflexões...
Estórias....
Se eu não fosse....
Um poema para Fiama
Os dias do Amor
Uma viagem para Pasárgada
Cancioneiro Infanto- Juvenil...
Fiat Lux
O amor em visita
A Terra de Duas Línguas II.Antologia de Autores Transmontanos
Por longos dias, longos anos, fui silêncio
antologia
Entre o sono e o sonho
Textos on-line
Estão disponíveis on-line: -Magnetismo Terrestre (livro de poesia) -Reflexões e Interferências (livro de poesia) -Estórias com sabor a nordeste (livro de ficção) -Einstein (poema) -Se eu não fosse professora de Física. Algumas reflexões sobre práticas lectivas(didáctica) -Vou-me embora para Pasárgada (conto)
Como todos nós, feita de pó de estrelas, estou apenas de passagem nesta fantástica viagem desde um passado remoto até um futuro ignoto.
(Para saber mais consultar a página CV)
Como sempre, Regina, custou-me ler este post. Penso que são pormenores a mais, sem grande interesse para quem lê, mas tu lá sabes como queres o teu blogue e eu não preciso de o ler todo. Nunca descrevo os meus Natais, eles são meus e mais ninguém precisa de saber o que a família faz. Ficam cá dentro no coração.
ResponderEliminarUm bom ano para ti e família.
Bom Ano também para ti e para os teus
ResponderEliminarAb
Regina
Que o ano de 2017 seja um ano muito abençoado para si e toda a família.
ResponderEliminarUm beijo
Bem vinda Graça.
EliminarAgradeço e retribuo os votos formulados.
E que a poesia continue a "dulcificar" o mundo
Ab
Regina