Dedico-o essencialmente aos mais novos mas todos serão bem vindos, muito em particular pais, avós, encarregados de educação, educadores ...
quinta-feira, 1 de dezembro de 2016
Na semana de 14 a 20...
Desde a última mensagem em que falei do encontro de Professores de Ciência e Tecnologia da UTAD não consegui arranjar tempo para escrever. Vou tentar fazer uma resenha de algumas coisas que acontecerem.
Logo no dia 14 e como geralmente acontece às segundas feiras, fui ao Ginásio. Quando regressei tinha um aviso para levantar uma encomenda nos correios do Carvalhido. Fui logo a seguir ao almoço. Tratava-se de um livro de Química para o 1º ano do ensino médio, no Brasil.
Há cerca de dois anos recebi um mail de um autor, pedindo autorização para incluir um poema meu num livro de Química e enviando em anexo uma minuta de um documento para eu assinar, caso autorizasse. Nesse documento era referido que logo que o livro fosse editado, me seria oferecido um exemplar
Não posso deixar de referir a diferença de comportamento deste autor, em relação a autores nacionais que têm colocado poemas meus em livros e nunca tiveram a gentileza de, pelo menos, me informar. Tenho tomado conhecimento sempre através de outros que por vezes me dizem: No livro... do meu filho está um poema teu....
No dia 16, de manhã, tinha uma consulta de rotina (oftalmologia) no Hospital de Santo António e à tarde mais uma sessão de um tratamento que estou a fazer. Assim, eu e marido, decidimos almoçar naquela zona . A consulta de oftalmologia foi breve e enquanto aguardava a hora de almoço fui visitar a exposição de Amadeo Souza Cardoso no Museu Soares dos Reis
A exposição recria a que Amadeo de Souza-Cardoso organizou em 1916 no
Porto(...)
e suscitou reações fortes. Houve quem
cuspisse nos quadros e mesmo quem batesse no pintor. Agora chegou a
vez da aclamação de um dos mais importantes pintores portugueses do
século XX.
A
exposição está em exibição no Museu Nacional Soares dos Reis até
31 de Dezembro e no Museu do Chiado, em Lisboa, a partir de 12 de
Janeiro de 2017. A mostra reúne 81 dos 114 quadros que o artista
reuniu na sua primeira grande exposição em Portugal.
Quando
Amadeo expôs a sua obra, mais de 30.000 pessoas viram-na em apenas
10 dias. Mas o sucesso de público esteve longe de corresponder ao
aplauso geral. A pintura de Amadeo não era compreendida e chocou a
sociedade portuense: que o artista devia ser internado foi o mais
brando que se ouviu nos jardins Passos Manuel, onde hoje é o Coliseu
do Porto.
A
escolha do local pelo pintor foi estratégica. Quem fosse ao cinema
ou aos chás dançantes deparava-se com os quadros de Amadeo.
Mas
a exposição original teve também o condão de pôr as pessoas a
discutir a arte moderna e Amadeo – um homem discreto por natureza –
pela primeira vez não se limitou a deixar a sua arte falar.
Acompanhou visitantes e jornalistas e deu mesmo entrevistas. Quando
chegou a Lisboa, o grupo do Orpheu, com Almada Negreiros à cabeça,
recebe entusiasticamente a exposição. Almada distribuiu um
manifesto pelos cafés onde afirma: “a Descoberta do Caminho
Marítimo p’rá Índia é menos importante do que a Exposição de
Amadeo de Souza-Cardoso na Liga Naval de Lisboa”.
Exageros
à parte, de um lado e de outro, o que não se pode negar é a
importância do pintor no panorama da pintura em Portugal e mesmo na
Europa nos primeiros anos do século 20, mesmo não tendo vendido
nenhum quadro no Porto e apenas um em Lisboa. Aliás, o aplauso veio
já depois da sua morte prematura.
Fui a Lisboa ver uma exposição de Amadeo, na Gulbenkian, creio que em 2006. Não me lembro de ter sido "alertada" para a influência da poesia de Rimbaud na obra de Amadeo. Nesta exposição é referida essa influência, que também o foi para ouros artistas
Na sequência do que anteriormente foi referido, deixo um poema de Rimbaud
Farto de ver. A visão que se reecontra em toda parte. Farto de ter. O ruído das cidades, à noite, e ao sol, e sempre. Farto de saber. As paradas da vida. - Ó Ruídos e Visões! Partir para afetos e rumores novos. ( in https://pensador.uol.com.br/poemas_de_rimbaud/)
Quando pesquisava a poesia de Rimbaud encontrei este vídeo, um breve relato da sua vida atribulada
https://www.youtube.com/watch?v=yD-fn7Vouw8
Na impossibilidade de fotografar a exposição tirei uma foto do jardim, a partir de uma janela
Na sexta feira fomos para Trás os Montes pois, como já tinha anunciado na mensagem de 13 /11, teve lugar na Biblioteca de Alfândega da Fé, uma apresentação dos meus dois últimos livros,
Terras de Cieiro foi apresentado pelo meu marido e, por António Fortuna, Quando o mel escorre nas searas
https://www.youtube.com/watch?v=9wFTaj9qbSQ
Conheci António Fortuna há vários anos. Professor de Física e Química em Vila Real, trabalhámos juntos em vários projetos de investigação na área da Didática das Ciências, coordenados pela Prof Dra Nilza Costa, da Universidade de Aveiro. Para além de docente, dedica-se à escrita, tendo vários livros publicados. No passado dia 12, quando do encontro em Vila Real, manifestou interesse em assistir à apresentação a que esta mensagem se refere, Convidei-o então para ser o apresentador do referido livro, convite a que generosamente acedeu de imediato.
Ao fazer uma brevíssima apresentação sua, li o soneto Livro, de um dos seus livros. Do mesmo retirei a sinopse biográfica que está muito incompleta, dado que desde 2006 até ao presente já publicou mais livros.
In A Chave do Degredo
Quando, na sexta feira, saímos do Porto em direção ao Nordeste passámos pela Adeganha, onde o meu filho mais velho iria passar o fim de semana com a mulher, os filhos, uns amigos e respetivos filhos (ao todo 11 pessoas). Almoçámos ali e depois seguimos para a Parada. No caminho passámos por um pinhal onde apanhámos algumas sanchas que cozinhei logo que cheguei à Parada
As sanchas são seguramente os cogumelos mais apanhados em Portugal e uma das espécies em que as pessoas têm mais confiança. Há muitas pessoas que apenas apanham esta espécie.
As sanchas crescem nos pinhais. Eu prefiro procurá-las nas bordas dos pinhais, principalmente nos locais mais húmidos. Tem um sabor muito característico e intenso
( in http://descobrir-vilaflor.blogspot.pt/2010/11/cogumelos-sanchas-lactarius-deleciosus.html)
A paisagem estava lindíssima mas o tempo foi escasso e, como choviscava, as poucas fotos que tirei estão fracas
No sábado, após a apresentação fomos para a Parada. Fomos convidados para jantar em casa da Isabel, de quem já aqui falei várias vezes. Levei sanchas e uma sobremesa feita com peras de um quintalzinho que ali tenho.
O serão foi muito agradável, como o são todos os serões em casa da Isabel....
O meu filho fez questão que no domingo fôssemos almoçar com eles à Adeganha. Levei também sanchas e todos se deliciaram... Ao fim da tarde regressámos ao Porto.
Como sempre escreves tanto que não consigo ler nem metade. Desculpa. Quero ir ver a expo do Amadeo, já a tenho na minha agenda há dias. Essa e a do Miró que ainda não vi. Tenho estado muito ocupada com os miudos e com o Manel, embora agora ele esteja em casa e tenha cuidados continuados. Puz muitos poemas e textos em livros meus e nunca pedi licença a nenhum autor - ingleses, americanos, irlandeses, etc. Só uma das vezes escrevemos ao autor dum conto e ele foi duma gentileza incrível. As canções tb tinham copyright até certa altura, agora já são livres. Verdade seja, que por um poema ou uma canção em manuais que vão ser lidos por milhares de alunos acaba por ser publicidade gratuita e uma benesse para os autores, nem fazes ideia quanta. Eu adorava que as minhas fotos fossem usadas em livros e até acho que mereciam. Nunca exigiria que me pedissem licença, desde que pusessem lá a minha assinatura. Os nossos manuais - Teen - já são usados em Angola há mais de dez anos e recebemos uma ninharia por eles, pois são quase grátis para os alunos. Foram adaptados para o ambiente africano. Bjo
Eu não falei em pedir licença muito menos me passaria pela cabeça ter qualquer proveito monetário da utilização mas acho que devia ser dado conhecimento ao autor até para o mesmo confirmar se não havia qualquer gralha involuntária no texto, etc. Aliás quando este autor me contactou disse logo de imediato que sim e não pedi nada em troca. Ele é que quis formalizar a situação e enviou um contrato em que uma das cláusulas era a oferta de um exemplar do livro. Quanto à extensão das mensagens, resulta essencialmente do pouco tempo de que disponho: quando me "sobra" um tempinho, tento por a escrita em dia... Espero que o estado do teu ex-marido cause a todos o menor sofrimento possível. Ab Regina
Se fossemos a oferecer exemplares a todosos autores citados, usados e mencionados nos manuais, a editora ia à falência (?). Todos os textos são da autoria de jovens,escritores, revistas, internet, etc. Fora os que já morreram, todos eles gostariam com certeza de ter exemplares. Já uma vez ofereci um a uma teenager de 13 anos, filha duma amiga americana, que me escreveu um diário giríssimo, em que focava a separação dos pais. Sempre usei depoimentos pessoais, que tocam muito mais profundamente os alunos que literatura pura. Sei que divulgas muito os teus livros e fazes bem, pois neste país tudo passa despercebido e não há programas a horas decentes sobre literatuta ou musica.
Se os divulgo não é com sentido comercial.Aliás estão disponíveis on-line como podes ver na "badana" do blogue.Com os livros pouco ou nada tenho lucrado economicamente. Com a Campo das Letras, com duas edições de Era uma vez.., apenas uma vez me foram pagos direito(antes da insolvência), com a Gatafunho, 7dias6noites, Palavras e Rimas, nunca recebi nada pois fizeram daquelas habilidades "à portuguesa", fecharam e abriram com outros nomes. E mesmo assim tive que ameaçar a Gatafunho com um advogado para rescindir o contrato, rescisão necessária para que a PE reeditasse. Dos demais livros, recuso-me a pagar para ser editada, pelo que recebo alguns exemplares e nada mais... Ab Regina
Claro que os livros de autor - não manuais - não rendem quase nada, a não ser os que são best-sellers. Sei-o pelo meu irmão que agora escreveu um livro de poemas em espanhol e foi editado por uma editora espanhola, estando à venda em todas as livrarias por lá , o que é bastante positivo. Os livros dele de divulgação têm muita saída, mas duvido que ee enriqueça com isso. Os manuais escolares dão muito dinheiro quando são adoptados por muitas escolas, que foi o meu caso durante mais de 20 anos. Nunca trabalhei por dinheiro , sempre adorei o que fazia e trabalhava loucamente para cumprir os prazos da editora. Foi uma das vertentes mais motivadoras da minha profissão, embora sempre gostasse de dar aulas e de orientar colegas. Se não tivesse feito manuais, os meus filhos nunca teriam tido a educação e as oportunidades que tiveram. A Luisa tambem trabalhou comigo durante anos e essa actividade foi uma terapia insubstituivel na sua recuperação. Bom fim de semana.
Até 10 de Janeiro de 2010 esteve patente na Casa da Cultura Manuel Lueiro, em O Grove, Galiza, uma exposição de trabalhos de alunos da galeria Utopia .
Participei com os dois trabalhos anexos; no dia da inauguração tive a agradável surpresa de ver que o cartaz (1mx2m) que anuncia a exposição foi construído com a imagem do 2º quadro.
Quadros na exposição em Grove
Imagem que figura no cartaz
cartaz da exposição em Grove
Livros que publiquei ou em que participei por convite
Livros que publiquei ou em que participei por convite
Há ciência e poesia nas coisas do dia a dia
Tamanho XXS
Quando o mistério se dilui na penumbra
Para mais tarde recordar
Requiem pelo planeta azul
quando o mel escorre nas searas
revista Philos 2017
revista Philos 2014
O bosão do João
Sete Luas
Ciência para meninos em poemas pequeninos
Terras de cieiro
Entre margens
Pelo sistema solar vamos todos viajar..
Ciência para meninos em poemas pequeninos
Breve história da Química
Era uma vez...
Magnetismo...
Reflexões...
Estórias....
Se eu não fosse....
Um poema para Fiama
Os dias do Amor
Uma viagem para Pasárgada
Cancioneiro Infanto- Juvenil...
Fiat Lux
O amor em visita
A Terra de Duas Línguas II.Antologia de Autores Transmontanos
Por longos dias, longos anos, fui silêncio
antologia
Entre o sono e o sonho
Textos on-line
Estão disponíveis on-line: -Magnetismo Terrestre (livro de poesia) -Reflexões e Interferências (livro de poesia) -Estórias com sabor a nordeste (livro de ficção) -Einstein (poema) -Se eu não fosse professora de Física. Algumas reflexões sobre práticas lectivas(didáctica) -Vou-me embora para Pasárgada (conto)
Como todos nós, feita de pó de estrelas, estou apenas de passagem nesta fantástica viagem desde um passado remoto até um futuro ignoto.
(Para saber mais consultar a página CV)
Como sempre escreves tanto que não consigo ler nem metade. Desculpa.
ResponderEliminarQuero ir ver a expo do Amadeo, já a tenho na minha agenda há dias. Essa e a do Miró que ainda não vi. Tenho estado muito ocupada com os miudos e com o Manel, embora agora ele esteja em casa e tenha cuidados continuados. Puz muitos poemas e textos em livros meus e nunca pedi licença a nenhum autor - ingleses, americanos, irlandeses, etc. Só uma das vezes escrevemos ao autor dum conto e ele foi duma gentileza incrível. As canções tb tinham copyright até certa altura, agora já são livres. Verdade seja, que por um poema ou uma canção em manuais que vão ser lidos por milhares de alunos acaba por ser publicidade gratuita e uma benesse para os autores, nem fazes ideia quanta. Eu adorava que as minhas fotos fossem usadas em livros e até acho que mereciam. Nunca exigiria que me pedissem licença, desde que pusessem lá a minha assinatura.
Os nossos manuais - Teen - já são usados em Angola há mais de dez anos e recebemos uma ninharia por eles, pois são quase grátis para os alunos. Foram adaptados para o ambiente africano.
Bjo
Eu não falei em pedir licença muito menos me passaria pela cabeça ter qualquer proveito monetário da utilização mas acho que devia ser dado conhecimento ao autor até para o mesmo confirmar se não havia qualquer gralha involuntária no texto, etc. Aliás quando este autor me contactou disse logo de imediato que sim e não pedi nada em troca. Ele é que quis formalizar a situação e enviou um contrato em que uma das cláusulas era a oferta de um exemplar do livro.
ResponderEliminarQuanto à extensão das mensagens, resulta essencialmente do pouco tempo de que disponho: quando me "sobra" um tempinho, tento por a escrita em dia...
Espero que o estado do teu ex-marido cause a todos o menor sofrimento possível.
Ab
Regina
Se fossemos a oferecer exemplares a todosos autores citados, usados e mencionados nos manuais, a editora ia à falência (?). Todos os textos são da autoria de jovens,escritores, revistas, internet, etc. Fora os que já morreram, todos eles gostariam com certeza de ter exemplares. Já uma vez ofereci um a uma teenager de 13 anos, filha duma amiga americana, que me escreveu um diário giríssimo, em que focava a separação dos pais. Sempre usei depoimentos pessoais, que tocam muito mais profundamente os alunos que literatura pura. Sei que divulgas muito os teus livros e fazes bem, pois neste país tudo passa despercebido e não há programas a horas decentes sobre literatuta ou musica.
ResponderEliminarSe os divulgo não é com sentido comercial.Aliás estão disponíveis on-line como podes ver na "badana" do blogue.Com os livros pouco ou nada tenho lucrado economicamente.
ResponderEliminarCom a Campo das Letras, com duas edições de Era uma vez.., apenas uma vez me foram pagos direito(antes da insolvência), com a Gatafunho, 7dias6noites, Palavras e Rimas, nunca recebi nada pois fizeram daquelas habilidades "à portuguesa", fecharam e abriram com outros nomes. E mesmo assim tive que ameaçar a Gatafunho com um advogado para rescindir o contrato, rescisão necessária para que a PE reeditasse.
Dos demais livros, recuso-me a pagar para ser editada, pelo que recebo alguns exemplares e nada mais...
Ab
Regina
Claro que os livros de autor - não manuais - não rendem quase nada, a não ser os que são best-sellers. Sei-o pelo meu irmão que agora escreveu um livro de poemas em espanhol e foi editado por uma editora espanhola, estando à venda em todas as livrarias por lá , o que é bastante positivo. Os livros dele de divulgação têm muita saída, mas duvido que ee enriqueça com isso. Os manuais escolares dão muito dinheiro quando são adoptados por muitas escolas, que foi o meu caso durante mais de 20 anos. Nunca trabalhei por dinheiro , sempre adorei o que fazia e trabalhava loucamente para cumprir os prazos da editora. Foi uma das vertentes mais motivadoras da minha profissão, embora sempre gostasse de dar aulas e de orientar colegas. Se não tivesse feito manuais, os meus filhos nunca teriam tido a educação e as oportunidades que tiveram. A Luisa tambem trabalhou comigo durante anos e essa actividade foi uma terapia insubstituivel na sua recuperação.
ResponderEliminarBom fim de semana.