quarta-feira, 9 de março de 2016
Termas
Desde
sempre me lembro de ter problemas a nível respiratório a que
costumo chamar as minhas “ites”: rinites, faringites e
laringites, estas últimos responsáveis pelas minhas frequentes
afonias.
Cheguei
a atribuí-las à profissão mas não tenho qualquer problema nas
cordas vocais. Há dois anos, perante mais uma crise com febre alta, dores
de garganta, afonia, um otorrino detetou-me um edema na glote e uma
sinusite aguda.
Fui
tratada, a crise passou mas as “ites” não desapareceram. Há
cerca de um mês, um médico internista
sugeriu-me
um tratamento termal que poderia ser em regime ambulatório. Sugeriu
o mesmo a uma familiar que, não tendo rinite, tem problemas
semelhantes aos meus no que se refere a rouquidão e afonia.
Fiz
uma pesquisa na NET e constatei que podíamos fazer o tratamento em
Vizela, usando o autocarro e o comboio urbano da linha de
Guimarães.
A
minha familiar, que por sistema usa sempre o automóvel para se
deslocar, mesmo dentro da cidade, não fazia ideia do que seria usar
o “andante” ou o cartão equivalente nos transportes urbanos. E
apesar de ser professora catedrática, no primeiro dia fez-lhe alguma
confusão todo o “ritual” de adquirir os cartões, carregá-los,
validá- los, etc. Mas em breve se adaptou e só lamenta ter-se
apercebido tão tarde de quão prático é viajar desse modo.
Assim,
começámos na semana passada os tratamentos termais, após uma
consulta obrigatória com um médico das termas. Estas, que estiveram fechadas de 2009 até 2012 para remodelação, são
geridas agora pelo grupoTesal
A
viagem demora uma hora em cada sentido mas é agradável.
Aqui um vídeo breve sobre Vizela
É cedo para avaliar os resultados do tratamento que ainda prossegue mas, no que respeita à rinite, creio que estou melhor.
Em
2006 visitei as termas de Karlovy Vary (Carlsbad) na República Checa. A cidade é belíssima quer pela paisagem natural que a envolve quer pelos vários exemplares de arquitetura Arte Nova
Karlovy
Vary é a maior, mais conhecida e mais visitada cidade-termas da
República Checa. As suas origens remontam ao ano de 1358 quando o
Imperador Carlos IV ali mandou construir um castelo de caça e foi em
1370 que este monarca a elevou a categoria de cidade, atribuindo-lhe
assim dignidade e direitos reais. Cidade de paisagens deslumbrantes
no seio dos Montes Metálicos, oferece aos seus visitantes a
possibilidade de salutares passeios através das escarpas das suas
montanhas e dos seus imensos bosques.
Desde
o século XIV Karlovy Vary alcança acentuado desenvolvimento e começa
a ser conhecida. Na entrada do século XVIII cresceu
significativamente convertendo-se, a breve espaço, numa das mais
prestigiosas das cidades-termas da Europa. No final do século XIX
sofreu obras de reconstrução dirigidas por arquitectos austríacos
transformando-se num novo e moderno centro balneário com imensas
fontes de água com atributos terapêuticos, moradias e balneários
privados de luxo. Entre os monumentos que mais se destacam
encontra-se a Igreja de Santa Madalena e a Igreja Ortodoxa de São
Pedro, o balneário privado do Imperador Francisco José I ,as 5
colunatas históricas, e também o Teatro Municipal . O vídeo que segue, com Tchaikovsky em "música de fundo" dá uma muito pálida ideia da beleza do lugar.
https://www.youtube.com/watch?v=Q69DLGvCy_I
A
influência benéfica das águas locais tem atraído personalidades
famosas ao longo dos séculos, incluindo Johann Sebastian Bach, o
czar russo Pedro o Grande, Karl Marx, Sigmund Freud, e numerosas
estrelas de Hollywood, de Mary Pickford até Robert Redford. Um dos
visitantes regulares foi Johann Wolfgang von Goethe, que gostou da
cidade tanto, que a visitou treze vezes durante a sua vida.Diz-se ainda que a melodia, que tocava na trombeta o carteiro de Karlovy Vary,
inspirou Beethoven para compor o tema principal de sua Abertura em Dó
Maior. O famoso compositor esteve na cidade por duas vezes em 1812,
registando-se indelevelmente na história da cidade.
De Beethoven, a Sonata nº 1 em dó maior
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Nunca gostei muito do ambiente de termas, talvez porque a minha sogra era cliente - sendo médica tinha descontos enormes nesses locais - e também porque vivi dois anos em Chaves - onde nunca fui às termas propriamente ditas. O me amor é o mar e tudo o que fosse estar fechada - mesmo em piscinas - no verão me era nefasto. Quem me tira o sol, a areia, a maresia e os horizontes abertos, tira-me tudo. Aqui vou à piscina do antigo premier quando o médico deixa - neste momento está-me vedado - e gosto de nadar à vontade na piscina vazia, mas se estiverem mais pessoas, já não tenho prazer nenhum. Sempre associei termas com gente velha, a fazer crochet nos jardins e a aperaltar-se paraos jantares dos hoteis, onde se fala de fofoquices, tratamentos, doenças e pouco mais...
ResponderEliminarDeve ser boa é a viagem de comboio, adoro viajar ...
Também tenho a ideia que será esse o ambiente de termas mas nesta forma ambulatória não sinto nada disso. Chegamos, fazemos os tratamentos(40 min) e regressamos. Além disso, agora há muito pouca gente nas termas. No Verão deve ser complicado...
ResponderEliminarQuanto ao comboio é o meio de transporte de que mais gosto.
Ab
Regina
Os tratamentos termais dão muito bons resultados. Espero que isso lhe aconteça. Gostei do vídeo sobre Vizela.
ResponderEliminarBeijo.
Obrigada Graça.
ResponderEliminarTive muita pena de não poder ir à apresentação do seu livro mas tenho a certeza que correu muito bem.
Ab
Regina