A história, a beleza de inúmeros lugares que visitámos, o custo de vida, os transportes muito cuidados, o respeito pelos mais velhos (descontos em transportes, museus, etc), a segurança que sentimos, a alegria e a amabilidade do povo...
O cuidado com a história reflete-se inclusivamente nos bilhetes de entrada para museus que, em alguns deles, têm imagens distintas de visitante para visitante. Deixo imagens dos que considerei mais bonitos.
Em baixo os bilhetes de entrada (do meu marido e meu, frente e verso), no Museu da Acrópole em Atenas. Vimos outros bilhetes diferentes em visitantes que entraram ao nosso lado
Bilhetes de entrada em Micenas e Olímpia
No cruzeiro, entre os vários acompanhantes havia um para os passageiros de língua portuguesa, o Roberto. Natural de Porto Santo vive em Atenas há pouco mais de um ano. Uma prima casou com um grego. Desde logo houve um intercâmbio entre as duas famílias, a grega e a madeirense, a tal ponto que neste momento está a viver em casa dos sogros da prima.
A opinião dele sobre a Grécia não pode ser mais favorável e, referindo-se às notícias que aqui foram tão exploradas sobre a falta de dinheiro nos bancos, etc, referiu que a situação das filas para levantar dinheiro, ocorreu apenas durante dois dias e a população aguardou calmamente que a situação a normalizasse.
Embora não sendo fã de cruzeiros reconheço que favorecem o contacto com os outros viajantes.
Conheci alguma pessoas muito interessantes nomeadamente um casal de Valência, um casal de Rosário na Argentina, uma brasileira de quem já falei em mensagem anterior, um casal de brasileiros
descendente de transmontanos e que todos os anos visitam a família em Portugal e uma espanhola de Bilbau. Trocámos endereços de e-mail e já comunicámos após a viagem.
Regressando à simpatia do povo grego termino com um episódio, já no avião. Ao nosso lado sentou-se uma senhora. Com as minhas alergias ao ar condicionado, a dada altura comecei a tossir e a senhora, num francês para mim muito correto, perguntou-me se eu estava bem. Expliquei que era do ar condicionado e a partir daí começámos a conversar. Era grega, professora de Francês e Inglês e ia a Geneve visitar um tio. Quando soube que éramos portugueses, repetiu aquilo que fui ouvindo ao longo de toda a viagem "Os portugueses foram muito pouco solidários com o povo grego.."
Ao longo da conversa deu-me os seus contatos (e-mail, telefone, morada). Se um dia eu voltasse a Atenas teria muito gosto em me guiar pela "Atenas" que não vi...
O marido era funcionário na televisão grega (ERT) quando, há cerca de dois anos, a estação foi encerrada (viria a ser reaberta em Junho passado) . Posteriormente integrou a "ERT Open", plataforma criada por cerca de 400 profissionais, que continuaram a emitir em Atenas, Salónica e em várias cidades do país, mantendo viva a chama da “verdadeira cadeia pública".Fora do ar há dois anos, a estação pública de televisão na Grécia está de regresso ao pequeno ecrâ.
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