Há já uns meses fui convidada para integrar uma antologia de autoras transmontanas com direito a um exemplar. Não pude estar presente na apresentação em Bragança mas recebi há dias o meu.
A capa, com um trabalho de Graça Morais, é muito bonita, tal como o título, extraído de um dos poemas em língua mirandesa, de Adelaide Monteiro, YOU
FUI MULLHIER, de que deixo alguns versos
You fui siléncio!...
Por lhargos dies, lhargos anhos,
you fui siléncio (...)
(...)Apuis,
fiç-me la mulhier coraige
dw la somlombra de ls mius dies,
páixaro smenuçado na punta de la xibata
qu´andefeso se tomba na friaige
i,
als mius uolhos
deciu la nuite inda de die
i
you fui nuite...
na paç de la nuite!..
Deixo também um excerto da introdução da autoria das organizadoras da antologia, Hercília Agarez e Isabel Alves
Finalmente dois dos seis poemas meus que estão incluídos na antologia
LITANIA
Nuvens violáceas, gigantescas.
Thor cruza os céus e agita o seu martelo
produzindo raios e trovões. Ou terá sido Zeus ?
Santa Bárbara bendita
que nos céus estais escrita,
reza o povo em aflição.
Já não são nuvens mas figuras dantescas,
já não são raios, são garras e dentes.
Tendes a palma na mão
para nos livrardes do trovão,
continua a litania dos crentes.
As nuvens vão partindo em debandada
e Santa Bárbara sorri no altar
a cabeça já reposta no lugar, depois de degolada.
OS OLHOS DA MENTE
Majestosas, as pedras,
vestidas de azul marinho e ferrugem,
bordadas de líquenes e linhas de fissura,
emolduravam o silêncio junto ao rio,
que corria livre.
Aprisionaram-no
num imenso lago
que as pedras engoliu.
Enclausuradas,
jazem ocultas, silenciosas,
visíveis só aos olhos da mente.
E por falar em livros, há dias encontrei na caixa do correio esta referência a uma livraria na minha rua.
Feita uma pesquisa na NET encontrei uma série de fotos
Numa delas identifiquei o Arnaldo Vila Pouca que conhecia da Leitura e posteriormente da Bertrand, no Cidade do Porto
O espaço é muito simpático e há uma seleção cuidada dos
livros
E agora, dos livros às artes...
Na Galeria Olga Santos, na Praça da República, pode ver-se atá ao fim do mês, uma exposição muito
interessante de Cláudio Ricca
De sábado passado até terça feira esteve em minha casa a artista plástica Lourdes Sendas, minha amiga de infância. Embora licenciada pela ESBAL, fez parte do curso na ESBAP pelo que viveu alguns anos no Porto, cidade de que gosta muito. Como sempre, deambulámos pelas ruas mais emblemáticas. Ao passar na Rua das Flores, visitámos o recém inaugurado Museu da Misericórdia cujo espaço, que eu já conhecia, é interessante.
E por fim a música...
No início deste ano letivo o meu neto manifestou vontade de aprender a tocar Ukulele, que havia experimentado num curso de verão, na Academia de Santa Cecília. Na NET encontrei uma escola para o efeito, a TECLARTE, no Centro Comercial Campo Alegre. Como se podia fazer uma aula experimental gratuita, liguei para lá no dia dos seus anos e consegui que a aula fosse nesse dia. Gostou e ficou inscrito. Como levei a irmã, a professora de piano perguntou-me se não queria que a Marta fizesse uma aula experimental de piano. A miúda já tinha feito, no ano passado, uma experiência numa outra escola. Mas reagiu muito mal e chorava sempre que tinha aula. Optámos por não insistir pois seria, por certo, contraproducente. Desta vez gostou e ficou também inscrita. Muito gentilmente e porque eu tinha dito que toco (ou melhor, finjo que toco) cavaquinho propuseram-me ter aula de ukulele com o José sem pagar mais por isso. Estamos os dois a aprender e tem sido uma experiência divertida. Ao mesmo tempo, a Marta faz a aula de piano. Alunos e familiares podem integrar gratuitamente o coro da escola que começou já a ensaiar um concerto para o Ano Novo. No passado sábado o meu neto, o pai(o meu filho Nuno) e eu (a Marta esteve doente)fomos ao ensaio . O Nuno que, para além de piano, toca vários instrumentos de corda (integra a Banda Proud Creedence) tocou ukulele no ensaio. Nós também já estamos a ensaiar nas aulas...
E a terminar, não esqueçam que vai mudar a
hora...
Já tinha visto o anuncio dessa livraria e pareceu-me muito apelativa....embora muito fora de mão para mim.
ResponderEliminarQuanto à música, o meu filho João dizia sempre que tocar flauta era uma maravilha pois podia sempre transportar o instrumento e tocar com outras pessoas. Tb toca piano. Os filhos violino , piano e violoncelo, a mulher guitarra e flauta. É uma benção ouvi-los tocar juntos nas festas de família, embora o João passe mais tempo fora que dentro. O Daniel este ano entrou para o Conservatório, o que é bem melhor no aspecto financeiro. Eu não toco nada, mas adoro tudo!!!
Eu estou como tu. Não toco nada (finjo que toco piano, acordeão e cavaquinho...) mas adoro música. Com muita pena minha os meus netos não tinham até agora revelado qualquer interesse direto pela música e digo direto porque as meninas andam ambas no ballet onde a música desempenha um papel primordial...( a Rita já estuda há 10 anos e já dança em pontas muito bem segundo a avaliação da Royal Academy of Dance de Londres)
ResponderEliminarQue bom o teu neto ter entrado para o Conservatório.
Com a preparação dele seria impensável não entrar
Ab
Regina
O meu neto André tb anda no ballet. É sempre a coqueluche porque não há muitos rapazes. Nos EU até foi o protagonista numa história bailada. Ele tem um jeitão para teatro , pintura e dança, é um artista nato.
ResponderEliminarSem música....a vida não tinha cor. Bjo
O meu neto José foi a uma aula de ballet mas depois quis trocar pelo atletismo...Agora anda no teatro, no Carolina.
EliminarO mais pequenino dos teus netos que idade tem?
Ab
regina