Dedico-o essencialmente aos mais novos mas todos serão bem vindos, muito em particular pais, avós, encarregados de educação, educadores ...
terça-feira, 6 de outubro de 2015
Rumo à Grécia...
Como anunciei na mensagem de 21/9,
fomos para fora durante alguns dias. O destino foi a Grécia, país que eu
desejava conhecer há muito mas relativamente ao qual o meu marido não mostrava
muito entusiasmo. Este ano, e porque o povo grego teve a coragem dizer não, achei que era a altura de
concretizar o meu desejo . Em boa hora o fizemos.
Uma das nossas paixões é viajar. Fizemo-lo
quase sempre, de início em campismo para
destinos próximos, nomeadamente em Portugal e Espanha, sempre com os filhos que
também partilham deste gosto. Desde
crianças, estiveram sempre dispostos a abdicar de muita coisa,
nomeadamente refeições fora de casa (
foram e continuam a ser esporádicas), roupa
e calçado de marca ( nunca usaram Adidas, Nike and so on...) para podermos fazer umas saídas...Foi assim que
começámos a aventurar-nos para destinos mais longínquos, primeiro de carro
e ainda em camping, mais tarde de avião
e estadia em hotéis relativamente aos quais a primeira condição é que sejam
centrais, mesmo se “fracotes”. Viajaram conosco já licenciados e casados. Agora somos muitos
pelo que ultimamente já não nos acompanham, particularmente nos destinos mais longos.
Durante muitos anos, decidido o destino,
adquiria um guia Michelin a fim de selecionar o que iria ver em cada local, tendo
em conta o tempo disponível . Mais tarde passei a recorrer à NET. Agora,
provavelmente já não sei gerir bem o tempo (essa eficiência de gestão era uma das minhas “qualidades” se é que assim lhe
posso chamar), pelo que na véspera de partir não tinha feito qualquer pesquisa.
Estava já deitada quando me lembrei que há mais
de 20 anos pensámos ir à Grécia, com os filhos, mas acabámos por não concretizar a viagem.
Assim, deveria existir um guia Michelin. Procurei e encontrei-o. Meti -o na minha bolsa. Apesar de ser de 1989
foi-me extremamente útil.
A Grécia como país, surgiu em 1830. Antes, várias civilizações (minoica,
micénica, helenística...). marcaram a cultura do que é hoje a Grécia, durante
muitos séculos um conjunto de cidades
estado que guerreavam entre si . As guerras
entre cidades estado bem como
guerras entre com os persas, várias ocupações (romana, veneziana, turca,
otomana..), as cruzadas etc, deixaram
marcas indeléveis na história deste povo, nomeadamente nas artes.
No 3º ano do Liceu, do currículo da disciplina de História faziam parte as
grandes civilizações, nomeadamente a grega e a romana. A professora era uma
senhora madeirense, um pouco estranha que
falava pouco da matéria e muito da sua vida privada. O marido era alemão e tenho ideia que teria participado
na 2ª guerra. Era pintor e fez
uma exposição em Bragança, num espaço por cima dum café muito conhecido na
cidade, o Chave d´Ouro.
Do que recordo, creio hoje que os trabalhos
se integrariam no surrealismo pelo que a exposição foi muito mal aceite na
cidade, onde muito poucos perceberiam de arte .
Lembro-me que, embora estranha, achei interessante aquela forma de expressão que em nada se assemelhava
ao que tinha visto até ali nos poucos
museus que tinha visitado.
Isto tudo para referir que recordo muito
pouco do que eventualmente terei aprendido nessas aulas de história; as minhas
recordações ligadas à disciplina, são perfeitamente marginais.
No 4º ano, durante o primeiro período letivo
tive como professor de história, o Dr. Raposo que deu umas aulas excelentes sobre as cruzadas de
que ainda hoje recordo algumas coisas. No 2º período foi chamado para fazer
estágio numa outra escola, algures, Foi substituído por uma professora que dava aulas sentada na secretária,
desbobinando um conjunto de informações aparentemente desconexas. Se por
qualquer motivo a interrompíamos ficava muito zangada e voltava a desbobinar
tudo desde o início. Não faço a mínima ideia quanto aos temas
que terão sido abordados.
Mais tarde adquiri alguns conhecimentos em
aulas de História de Arte, na então ESBAP, onde o meu marido (ao tempo
namorado) frequentava arquitetura. Como anteriormente tinha frequentado
engenharia e havia mudado de curso, foi chamado a cumprir o serviço militar
pelo que eu assistia a aulas de algumas cadeiras (história de arte e
sociologia), pesquisava na Biblioteca em S. Lázaro e assim recolhia elementos
que lhe fornecia quando vinha a fim de semana. No fim do ano fez com sucesso as
duas cadeiras e eu, embora de forma superficial, fiquei a saber distinguir na
arquitetura os estilos dórico, jónico e coríntio, na escultura as épocas
arcaica, clássica, helenística, a identificar a arte bizantina
Pelo que acabo de referir, embora muito breve esta viagem ao passado foi muito
enriquecedora para mim e não só... O meu marido que partiu pouco entusiasmado, regressou fascinado... A brevíssima resenha que vou fazer será provavelmente de muito pouca utilidade pois a escassez de conhecimentos sobre a Grécia não será extensiva a quem eventualmente venha a ler este texto. Para tornar menos monótona a leitura deixo os sons de Giorgos Zambetas, um dos músicos consagrados da Grécia
A Grécia é considerada como o berço da civilização ocidental. Os primeiros assentamentos humanos na região ocorreram entre 2000 e 3000 aC. O período áureo da cultura grega ocorreu no século 5 aC., sob o governo de Péricles, quando o Partenon de Atenas foi erguido. Com Alexandre o Grande, da Macedónia, a cultura grega expandiu-se pela Pérsia, Índia, Egito e todo o Mediterrâneo. Seguiram-se os domínios romano, bizantino e otomano. A independência ocorreu em 1829 (1930?).
Muito da filosofia e tradições gregas
começaram a mudar com a influência cristã. No ano 51 dC. S. Paulo fez os
primeiros discursos cristãos em Atenas, Tessalónica e Corinto. A transferência
da capital do Império Romano para Constantinopla, no século IV, influenciou
profundamente a Grécia nomeadamente no aspeto religioso.Até hoje, o
catolicismo ortodoxo domina o pensamento religioso da grande maioria da
população grega
Os primeiros gregos chegaram à Europa cerca
de 2 milénios a.C. e, durante seu
apogeu, a civilização grega governara tudo o que se incluía entre a Grécia, o
Egito e a Ásia menor. Os gregos estabeleceram tradições de justiça e liberdade
individual, bases da democracia
contemporânea. A sua arte, filosofia e ciência tornaram-se fundamentos do
pensamento e da cultura ocidentais. Os gregos da antiguidade consideravam helenos todos que falavam grego, mesmo que não vivessem na
Grécia.Os que não falavam grego eram
chamados de bárbaros. Durante a antiguidade, nunca chegaram a formar um governo
nacional, ainda que estivessem unidos pela mesma cultura, religião e língua.
Do passado remoto grego até o mundo atual,
grande parte das minorias gregas permaneceram nos seus territórios(Turquia, Itália, Líbia), e os emigrantes
gregos assimilaram-se a diferentes sociedades por todo o globo (América do
Norte, Austrália, norte da Europa, África do Sul e outros). Atualmente a
maioria dos gregos vive nos Estados da Grécia contemporânea (independente desde
1830) e Chipre (independente desde 1960).
(dados extraídos do guia Michelin 1989)
Até 1832 a Grécia não tinha Casa Real. O Reino da Grécia foi criado em 1832 pelas grandes potências (Reino Unido, França e Império Russo) na Convenção de Londres. Foi reconhecido
internacionalmente no Tratado de Constantinopla, que garantiu a plena
independência do Império Otomano, marcando o nascimento do primeiro Estado
grego totalmente independente . Durou até 1924, quando a
monarquia foi abolida e a Segunda República Helénica foi declarada. A monarquia foi restaurada em 1935, e durou até 1974, quando, no rescaldo de uma ditadura
militar de sete anos, a atual Terceira República entrou em existência. O rei Constantino foi para o exílio quase durante 40 anos.É curiosa a visão de Constantino sobre a situação atual da Grécia
As minha próximas mensagens, serão breves “reportagens” desta viagem que se iniciou no passado dia 21.
Partimos bem cedo, com
destino a Madrid. Daí fomos diretos a Atenas onde chegámos já ao fim do dia. No
aeroporto aguardava-nos uma representante da agência de viagens que nos indicou
um táxi para nos levar ao hotel. O taxista, ao perceber que éramos portugueses,
referiu que os gregos estavam muito desiludidos com a falta de solidariedade do
povo português. Mas isso não impediu que fosse de uma gentileza extrema,
fazendo de guia ( em inglês) durante o percurso, bastante longo. Assim fomos
vendo a acrópole, a praça sintagma e o parlamento, a avenida Panepistimio em que se situa o hotel e ao
longo da qual nos foi indicando centros
comerciais, museus, hospitais e
finalmente a academiaquase ao lado do hotel .
Fiz-lhe várias perguntas nomeadamente
quanto ao eventual risco de sairmos sozinhos à noite. Respondeu que Atenas é
uma cidade muito segura, o que pudemos constatar.
Após um breve snack fomos ao último piso do hotel que tem uma
vista soberba sobre a Acrópole. Aí há um restaurante mas não fizemos lá qualquer refeição. A foto que dali tirámos não está famosa...
De seguida saímos e fomos, a pé, ver a
praça Sintagma, uma praça pequena sem nada que chame a atenção a não ser a
presença de gregos e turistas passeando, cantando etc. Daí, e munidos do guia Michelin, explorámos um
pouco as ruas mais próximas. Em algumas
delas, umas cúpulas de vidro permitem ver ruínas abaixo do nível do solo, algumas
em restauro, outras não.
Não vimos nenhum migrante. Vê-los-íamos uma
vez, mais tarde, algures ao longo
da viagem.
Após o passeio exploratório fomos
deitar-nos pois no dia seguinte, bem cedo, partiríamos para o Peloponeso, em
direção a Olímpia.
Aler este post às 4.30 da manhã. A insónia não perdoa. Nunca tive grande paixão pela Grécia, gostava de ver as ilhas e toda a orla marítima, mas de resto, nada me atrai muito. O teu texto é um pouco longo e desta vez acho que exageraste mesmo na informação detalhada e enciclopédica. Não aprecio assim muito este tipo de relato,desculpa.
Tens razão mas eu justifico no texto a razão dessa informação."A brevíssima resenha que vou fazer será provavelmente de muito pouca utilidade pois a escassez de conhecimentos sobre a Grécia não será extensiva a quem eventualmente venha a ler este texto(sic) De qualquer modo agradeço o teu comentário e vou tentar não cometer o mesmo erro. Ab Regina
Regina, concordo em absoluto com o que diz a Virgínia, tudo o que escreves podemos ler no Google!! Realmente fiquei desiludida, pois estava à espera que nos descrevesses o ambiente das ruas, o aspeto das pessoas se mostram dificuldades ou se pelo contrário a generalidade apresenta estar bem com a vida, sentir o que a nova política os afeta, mostrar como são as habitações, melhor o estado delas, a limpeza das ruas, enfim o "felling" que conseguimos subentender... O meu blog desapareceu dos teus favoritos talvez porque não é o teu género pelo que me apercebo lendo o teu, e por isso compreendo Também na mesma data estive 15 dias no Quebec e nele deixei esse "felling" do que por lá acontece dado que também estão em eleições federais e provinciais... que não é muito diferente do que por cá se passou!
Aquilo que tu referes será tema da última mensagem em que farei um balanço da viagem, tal como o tenho feito em viagens anteriores. O teu blogue não está nos favoritos porque, como podes constatar, a maior parte tem a ver com a ciência e tive necessidade de incluir mais alguns que me interessam, sacrificando outros. Mas visito o teu blogue, sempre que no da VIrgínia me apercebo que poderá interessar-me. Ab Regina
Até 10 de Janeiro de 2010 esteve patente na Casa da Cultura Manuel Lueiro, em O Grove, Galiza, uma exposição de trabalhos de alunos da galeria Utopia .
Participei com os dois trabalhos anexos; no dia da inauguração tive a agradável surpresa de ver que o cartaz (1mx2m) que anuncia a exposição foi construído com a imagem do 2º quadro.
Quadros na exposição em Grove
Imagem que figura no cartaz
cartaz da exposição em Grove
Livros que publiquei ou em que participei por convite
Livros que publiquei ou em que participei por convite
Há ciência e poesia nas coisas do dia a dia
Tamanho XXS
Quando o mistério se dilui na penumbra
Para mais tarde recordar
Requiem pelo planeta azul
quando o mel escorre nas searas
revista Philos 2017
revista Philos 2014
O bosão do João
Sete Luas
Ciência para meninos em poemas pequeninos
Terras de cieiro
Entre margens
Pelo sistema solar vamos todos viajar..
Ciência para meninos em poemas pequeninos
Breve história da Química
Era uma vez...
Magnetismo...
Reflexões...
Estórias....
Se eu não fosse....
Um poema para Fiama
Os dias do Amor
Uma viagem para Pasárgada
Cancioneiro Infanto- Juvenil...
Fiat Lux
O amor em visita
A Terra de Duas Línguas II.Antologia de Autores Transmontanos
Por longos dias, longos anos, fui silêncio
antologia
Entre o sono e o sonho
Textos on-line
Estão disponíveis on-line: -Magnetismo Terrestre (livro de poesia) -Reflexões e Interferências (livro de poesia) -Estórias com sabor a nordeste (livro de ficção) -Einstein (poema) -Se eu não fosse professora de Física. Algumas reflexões sobre práticas lectivas(didáctica) -Vou-me embora para Pasárgada (conto)
Como todos nós, feita de pó de estrelas, estou apenas de passagem nesta fantástica viagem desde um passado remoto até um futuro ignoto.
(Para saber mais consultar a página CV)
Aler este post às 4.30 da manhã. A insónia não perdoa. Nunca tive grande paixão pela Grécia, gostava de ver as ilhas e toda a orla marítima, mas de resto, nada me atrai muito. O teu texto é um pouco longo e desta vez acho que exageraste mesmo na informação detalhada e enciclopédica. Não aprecio assim muito este tipo de relato,desculpa.
ResponderEliminarBjo
Tens razão mas eu justifico no texto a razão dessa informação."A brevíssima resenha que vou fazer será provavelmente de muito pouca utilidade pois a escassez de conhecimentos sobre a Grécia não será extensiva a quem eventualmente venha a ler este texto(sic)
ResponderEliminarDe qualquer modo agradeço o teu comentário e vou tentar não cometer o mesmo erro.
Ab
Regina
Regina, concordo em absoluto com o que diz a Virgínia, tudo o que escreves podemos ler no Google!! Realmente fiquei desiludida, pois estava à espera que nos descrevesses o ambiente das ruas, o aspeto das pessoas se mostram dificuldades ou se pelo contrário a generalidade apresenta estar bem com a vida, sentir o que a nova política os afeta, mostrar como são as habitações, melhor o estado delas, a limpeza das ruas, enfim o "felling" que conseguimos subentender...
ResponderEliminarO meu blog desapareceu dos teus favoritos talvez porque não é o teu género pelo que me apercebo lendo o teu, e por isso compreendo
Também na mesma data estive 15 dias no Quebec e nele deixei esse "felling" do que por lá acontece dado que também estão em eleições federais e provinciais... que não é muito diferente do que por cá se passou!
Aquilo que tu referes será tema da última mensagem em que farei um balanço da viagem, tal como o tenho feito em viagens anteriores. O teu blogue não está nos favoritos porque, como podes constatar, a maior parte tem a ver com a ciência e tive necessidade de incluir mais alguns que me interessam, sacrificando outros. Mas visito o teu blogue, sempre que no da VIrgínia me apercebo que poderá interessar-me.
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