quarta-feira, 20 de maio de 2015
O mundo dos livros
Hoje
de manhã passei pela Livraria Académica para cumprimentar Nuno Canavez
pelo seu 80º aniversário, ocorrido no
passado dia 8. Tomei conhecimento do facto, através da revista As Artes entre as
Letras de que sou assinante, revista que lhe dedicou algumas páginas do seu
último número. Deixo alguns excertos
Conheci-o já há alguns anos. Sabe de livros
como poucos. Herdei do meu pai A Criação do Mundo, de Torga, mas sem um dos
volumes. Já tinha procurado encontrá-lo em alfarrabistas, feiras, etc, mas sem resultado. Quando conheci Nuno Canavez
dirigi-me à Livraria Académica e de imediato
me arranjou o volume em falta, não da mesma edição mas de uma outra, o que para
mim bastava. Quando quis pagar não aceitou dizendo, com o humor que o caracteriza,
mais ou menos isto “Mais barato não posso fazer”. Quando, há uns anos, vi
anunciado que na feira do livro lhe seria prestada uma homenagem, fiquei
aborrecida porque a data já havia passado e gostaria de ter estado presente.
Passei pela Livraria e quando justificava a minha ausência respondeu-me. Fez
muito bem em não ir, eu também não fui.
A estes testemunhos acrescento um outro,
ocorrido também há alguns anos, em Agosto. Era dia de feira em Alfândega
da Fé e, quando vagueava pela mesma, ouvi a sua voz inconfundível. Estava a
conversar com um senhor, feirante, dono da tenda onde se encontrava.
Explicou-me que tinha estado hospitalizado e
na cama ao lado estava o referido
senhor. Como sabia que costumava fazer aquela feira, deslocou-se ali para o
cumprimentar.
Estas características, tão transmontanas,
encontrava-as eu no meu pai.
Parabéns Sr. Nuno Canavez
Ao fim da tarde, estive na Biblioteca
Almeida Garrett, no lançamento do livro E todavia de Ana Luísa Amaral cuja poesia aprecio muito.
Foi um evento muito bonito pois houve leitura de
poemas pela autora e por Pedro Lamares, acompanhados por Álvaro Teixeira
Lopes no piano e Fernando Costa no violoncelo.
Deixo uma “amostra” dos poemas
Termino com música, interpretações de Álvaro Teixeira Lopes e de Fernando Costa
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Uma entrada muito calorosa e culturalmente interessante. O meu marido era cliente da Académica e de todos os alfarrabistas da zona, gostava muito de ir ao Lumiére e andar por ali. Foi lá que me comprou um livro de aguarelas do Porto que ainda hoje folheio. Livros antigos havia-os na casa dos meus pais e mesmo na minha, vindos dos avós do meu ex-marido. Aqui só tenho os meus, que não são antigos, mas são os que mais gosto.
ResponderEliminarContinuas muito activa. Isso é óptimo. Bjo
O meu avô paterno que eu não conheci (nasceu em 1863...), embora fosse uma pessoa simples, lia bastante e, segundo uma prima minha, dezoito anos mais velha que eu e que é licenciada em filologia românica, tinha uma coleção de livros razoável. Um tio meu, por volta de 1930, faleceu em casa dos meus avós, vítima de tuberculose. Como durante a doença lia muito, após a sua morte queimaram todos os livros que ele lera, com medo do contágio.
ResponderEliminarRestaram uma bíblia e um manual para o ensino primário, que é quase uma enciclopédia...
Ab
Regina