O
CONHECIMENTO DA LUZ E A LUZ DO CONHECIMENTO é o título de um texto de Carlos
Fiolhais de que deixo alguns excertos
As
Nações Unidas, através da UNESCO, o seu organismo para a Educação, Ciência e
Cultura, decidiram que o ano de 2015 seria o “Ano Internacional da Luz”. Sob
esse grande tema inspirador que é a luz, o objectivo das Nações Unidas consiste
em ligar, educar e inspirar os cidadãos das mais diversas nacionalidades. Num
mundo dividido por um sem número de questões, questões políticas, sociais e religiosas,
foi emitida uma chamada à celebração conjunta da luz e das suas aplicações que
nos tornam a vida mais fácil.
A luz é o
fenómeno físico que nos permite tomar conhecimento do mundo. Com o sentido da
visão, assegurado pelos olhos que estão ligados imediatamente ao nosso cérebro
que conhece, recolhemos a chamada luz visível, que é a luz emitida com maior
abundância pelo Sol. De dia dispomos da luz do Sol que, como diz o provérbio,
“quando nasce é para todos”. De noite, para além da luz do Sol reflectida na
Lua, e da luz das miríades de astros, luminosos como as estrelas ou não
luminosos como os planetas e as suas luas, dispomos da luz artificial que
desenvolvemos para tornar a noite mais parecida com o dia. Algumas dessas
tecnologias são bastantes recentes e estão a proporcionar benefícios
civilizacionais inestimáveis: por exemplo, em continentes como África onde há
vastas regiões sem rede eléctrica é possível hoje recolher de dia a luz do Sol
através de painéis fotovoltaicos, guardá-la em baterias e usá-la de noite para
iluminação recorrendo a lâmpadas LED.
É graças à
luz que o mundo se transformou numa “aldeia global” possibilitando, por
exemplo, comunidades educativas à escala planetária. A Internet chega aos
vários continentes através de cabos ópticos que atravessam os oceanos. Nas
nossas escolas e nas nossas casas o acesso à informação faz-se à velocidade da
luz por fibras ópticas, podendo ser distribuída em profusão por meio de redes
sem fio (WiFi). Também as redes telefónicas sem fios são hoje asseguradas por
luz: a radiação de microondas que permite as comunicações entre telemóveis mais
não são do que uma forma de luz invisível, uma luz que apenas difere da visível
por ter um maior comprimento de onda (sim, desde há 150 anos que se sabe que a luz
são ondas electromagnéticas).
Mas a luz é
muito mais que um fenómeno físico e o seu aproveitamento útil. A luz é também
uma forma de expressão artística (...) Manipulando a luz os artistas conseguem
transmitir não só ideias como sentimentos e emoções.
Viajemos um pouco pela obra de Turner,considerado por muitos como o
o pintor da luz
Viajemos um pouco pela obra de Turner,considerado por muitos como o o pintor da luz
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