segunda-feira, 20 de outubro de 2014
Improvisos...
(...)uma
coisa que eu queria assegurar aos senhores deputados, nós, na preparação do
próximo ano lectivo não vamos fazer experimentalismos(...)
Nuno Crato que terminou a audição garantindo que o
próximo ano lectivo será preparado atempadamente, referia-se não aos vários experimentalismos em
que o Ministério da Educação(e não apenas com este ministro) gasta tempo e
dinheiro com improvisos sem sentido, mas apenas aos experimentalismos na colocação de professores.
Presume-se que os outros irão continuar...
Na
mensagem anterior falei da coadjuvação,
um dos muitos improvisos em que os alunos ( e também os professores) servem de
cobaias.
Numa determinada aula estavam dois professores, a professora da turma mais
o professor coadjuvante. A primeira, uma
professora excelente (e não sou apenas eu que o digo pois foi assim classificada
na última avaliação) cujas aulas, a que várias vezes assisti, não se limitam a
um debitar de matéria, o que contrasta
em absoluto com as aulas do professor coadjuvante, um
professor cerca de 15 anos mais velho.
Tratava-se
da primeira aula de coadjuvação e calhou ser na turma da professora.
Logo que
se pôs em prática este “improviso” da coadjuvação, a professora foi ter com o
colega e sugeriu que, antes de cada aula, cada professor conhecesse o plano de
aula do outro. O professor coadjuvante referiu que não via nenhum interesse
nessa sugestão.
Regressemos
então à primeira aula. O professor coadjuvante sentou-se na secretária enquanto
a professora ia conversando com os alunos, com vista à interpretação de dados
recolhidos numa tarefa experimental anterior.
O
professor coadjuvante interrompia sistematicamente dizendo: colega, não devia
primeiro fazer isto .... não devia primeiro fazer aquilo... Ela ia respondendo
calmamente. A seu tempo eu vou lá chegar.
Atónitos, os
alunos olhavam para a professora
e para o coadjuvante.
Após a
aula a professora, que durante toda a aula fez um esforço enorme para se manter
serena, retirou-se e tentou acalmar. Depois foi ter com o colega e fez-lhe
notar que o conhecimento do plano da aula teria evitado as interrupções que só serviram para causar
confusão nos alunos.
A segunda
“experiência” teve lugar uma aula do professor, sendo coadjuvante a professora.
Esta
sentou-se atrás enquanto o professor fez uma exposição sobre a matéria,
exposição assente apenas no formalismo matemático, sem a mínima referência a
situações do conhecimento dos alunos que ajudassem a compreender os conceitos.
A exposição foi breve e de seguida
passou-se à resolução de exercícios. A partir desse momento a colega levantou-se e foi de carteira
em carteira tentando ajudar os alunos.
A partir
dessa aula o professor jamais interrompeu a colega e, se a aula é de introdução
da matéria, fica todo o tempo sentado atrás, à espera que a aula acabe, o
mesmo procedimento que a colega adota.
Como a
coadjuvação tem que decorrer nas aulas não desdobradas, precisamente aquelas indicadas
para a introdução da matéria, dado que estão todos os alunos presentes, a
coadjuvação, tal como eu previa não faz qualquer sentido.
Estes e
outros improvisos, altamente nefastos, têm vindo a degradar sistematicamente o
sistema educativo em Portugal.
E para afastar o espectro destes maus improvisos, termino com os magníficos improvisos, D. 899 / Op. 90 de Schubert interpretados por Maria João Pires
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Nunca gosteu de pas de deux na aula. Raras ezes interferi activamente em aulas de professores estagiários a não ser que tivéssemos combinado com antecedencia qual seria o meu papel nas aulas delas. Penso que é preciso empatia entre duas pessoas para se poder dar aulas juntas....
ResponderEliminarBjinho da California!
Eu VENHO VENDER COISAS SEM UTILIDADE PARA QUEM SABE FAZER BONITAS OBRAS DE ARTE , FAZEREM A PARTIR DE COISAS QUE EU VENDO, TENHO MUITA URGÊNCIA EM VENDER; FICARIA MUITO AGRADECIDA SE ME AJUDASSEM PARA ALÉM DA PAGA.
ResponderEliminarVENDO: 3 televisões, 1 colchão, 1 ferro de engomar, rolhas, telas, radiografias sem validade médica, cápsulas de café nespresso, desperdícios de lãs, jornais,revistas,pacotes de leite, várias embalagens, roupa, calçado, cadeiras, guarda-chuvas, novelitos de lãs,garrafas e garrafões de plástico,e muito muito mais, contactem para o ...351-925670460...é com imensa URGÊNCIA que eu peço ajuda para me comprarem estas coisas que acima apresentei.