Bem-vindo, bienvenido, bienvenu, benvenuto, welcome....


Silêncio cósmico

Pudera eu regressar ao silêncio infinito,

ao cosmos de onde vim.

No espaço interestelar, vazio, negro, frio,

havia de soltar um grito bem profundo

e assim exorcizar todas as dores do mundo.

Regina Gouveia

NOVO BLOGUE

Retomei o blogue que já não usava há anos.

https://reflexoeseinterferncias.blogspot.com/

Dedico-o essencialmente aos mais novos mas todos serão bem vindos, muito em particular pais, avós, encarregados de educação, educadores ...


sábado, 27 de setembro de 2014

Por terras do Oriente-9


Em torno dos fossos da cidade proibida estão os  bairros da" velha" cidade, que  no ultimo dia em Pequim fomos visitar. Ali pudemos passear pelos "Hutongs",  ruelas tradicionais, espalhadas por alguns bairros mais antigos de Pequim. De origem mongol a palavra "Hutong" designa precisamente um conjunto de becos e ruas.
O percurso foi feito de riquexó. 








Os  "Hutongs" de Pequim, são ladeados por casas de paredes e telhados de cor cinzenta (só os telhados dos palácios dos imperadores podiam ter telhados amarelados, os outros tinham que ser cinzentos), com portas de madeira, na sua maioria pintadas de vermelho (quanto maior o tamanho da porta, maior a importância das pessoas que vivem na casa). As casas, de planta quadrangular, situam--se dentro dum pátio onde outras construções vão sendo feitas, formando um complexo em redor do referido pátio.
Os pátios variam de tamanho e design de acordo com o estatuto social dos moradores.
A maior parte dos Hutongs foram construídos no século XIII. Alguns persistem, remodelados, e são atração turística. Inclusivamente é  habitual visitar-se o interior de uma casa e conversar com alguém da mesma (através de intérprete, o guia).
A casa que visitámos era a "casa mãe"(ao fundo) onde vive um casal de idosos reformados. Em torno do pátio, podem ver-se mais duas casas, uma de cada filho.


Esta situação é frequente. Os idosos levam os seus netos à escola, cuidam das plantas, passeiam os seus pássaros em gaiolas e  vão mantendo outros passatempos, como ouvir ópera chinesa, ir aos parques onde cantam, dançam, jogam, etc
Respira-se serenidade no bairro embora já se vejam muitas grades nas janelas e nos  aparelhos de ar condicionado.
A dona da casa que visitámos era uma senhora, aparentemente muito serena e com um sorriso muito doce



Sobre os" Hutongs" podem encontrar mais pormenores aqui  onde também encontram referência a duas construções que fomos visitar: a Torre do Tambor e a Torre do Sino

Estas duas torres serviam antigamente para "dar  horas". Há um ditado chinês que diz: sinos de manhã e tambores à noite, ou seja, de manhã replicavam os sinos e à noite batiam-se os tambores. 
Também as visitámos mas só as vimos por fora, pois o espaço envolvente estava todo em obras.

 Torre do sino

Torre do Tambor

Ainda antes da visita às referidas torres fomos visitar a Mansão do Príncipe Gong. É com essa visita que termino a "reportagem" sobre  Pequim


Maquete da Mansão do Príncipe Gong 







Já tive oportunidade de referir que a nossa viagem foi acompanhada por António Graça de Abreu
É de sua autoria um texto sobre a Mansão do Príncipe Gong, cuja leitura aconselho. O texto foi-nos lido pelo autor durante um dos percursos de autocarro.

Como era o último dia em Pequim  fomos,  de acordo com o programa (que incluiu sempre as refeições), jantar "Pato à Pequim",
No dia seguinte de madrugada partiríamos para o Dubai, última escala da visita


As fotos  e o filme desta mensagem  são da autoria de Fernando Gouveia, arquiteto




4 comentários:

  1. Deve ser interessante ver a parte mais antiga de Pequim e andar de riquexó, embora sempre me tenha feito impressão o esforço do condutor, agora melhor que no passado, felizmente.
    Obrigada pelo texto, ficámos a saber muito sobre esse país quase desconhecido. Gostaria mais de ir à India que à China - espero não morrer sem lá ir - pois tenho lá as minhas raízes e muita família, dezenas de primos filhos dos filhos dos sete irmãos do meu Pai. Alguns estão espalhados por todo o mundo - na Australia, por ex. - mas muitos ainda vivem perto de Goa.

    bjinos

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    1. Fui à Índia em junho de 2011. Não estive em Goa. Estive no Radjstão. Na altura também fiz, neste blogue, a minha reportagem (bem mais breve do que esta). Gostei imenso mas chocou-me muito a miséria gritante a par da opulência provocante. Na China também já há muita ostentação (carros e casas de luxo, lojas caríssimas) mas não vi a miséria degradante que vi na Índia (não sei se existe ou não).
      Ab
      Regina

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  2. Querida amiga Regina, tenho estado adoentada e sem Internet. Também fui ao Alentejo e sinto-me um pouco em desequilíbrio. Aconselharam-me a ir a um neurologista. Não há de ser nada Mas mais vai vale prevenir do do que remediar. Isto é só para lhe dizer que ainda não li os seus post, mas hei de lê- los e dar-lhe a minha opinião. Um grande abraço.

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    1. De facto já tinha estranhado a sua ausência no blogue..Lamento que esteja adoentada. Claro que deve ir ao neurologista e já. Provavelmente não será nada de grave mas com a saúde não se brinca...
      Espero que recupere rapidamente
      Ab
      Regina

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