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Silêncio cósmico

Pudera eu regressar ao silêncio infinito,

ao cosmos de onde vim.

No espaço interestelar, vazio, negro, frio,

havia de soltar um grito bem profundo

e assim exorcizar todas as dores do mundo.

Regina Gouveia

NOVO BLOGUE

Retomei o blogue que já não usava há anos.

https://reflexoeseinterferncias.blogspot.com/

Dedico-o essencialmente aos mais novos mas todos serão bem vindos, muito em particular pais, avós, encarregados de educação, educadores ...


segunda-feira, 28 de abril de 2014

A Portugal está a faltar muita poesia.

 

A Portugal está a faltar muita poesia.

 

Esta afirmação foi feita por Vasco Graça Moura numa entrevista que deu recentemente à Visão.

Admiro-o muito como poeta, não tanto como pessoa.

Vasco Graça Moura faleceu ontem, aos  72 anos de idade

   

3.w.a.m.,texturas

digo outra vez da substância triste:
oiço um quarteto de mozart e penso
de que outono de sons se faz mais denso
o silêncio da música. persiste

uma rosa de sons, uma explosiva
mas contida espiral dilacerada,
como se o mundo fosse apenas nada
e a rosa fosse a própria alma cativa.

de que luz, de que tempo, de que espaço,
ou matéria de sombras e alegrias,
de que impurezas, de que revoltas ágeis,

se faz, ligando tudo, agora o laço,
a prender numa só as várias vias
de coisas tão efémeras e frágeis?

Vasco Graça Moura

 

O poema fala de música.  E é também de música que vou falar.

Na viagem de regresso de férias e, como é habitual, com  a Antena 2 ligada,  ouvi duas peças de autores que não conhecia, a 

Sinfonia No.1  de  François- Joseph Fétis e  o Concerto para Violino Nº. 2 em Re menor  de  Henrik Wieniawski 

 Ouvi também outras peças que conheço bem, nomeadamente a abertura da Ópera  L'italiana in Algeri de Gioachino Rossiniópera de que gosto imenso.

 

Há dias recebi um e-mail com uma versão muito interessante da Ave Maria de Gounod/Bach em flauta de Pan 

E por falar em Ave Maria, aqui deixo, na voz de ANDREA BOCELLI , não só a de Gounod/Bach mas também a de Schubert  , antecipando uma homenagem,  pelo Dia da Mãe,  à minha Mãe que tão bem cantava estas duas peças.

 

Termino com Amen numa versão em que participa Andre Rieu



4 comentários:

  1. A morte é sempre triste mesmo quando não há uma natural empatia com a pessoa que desaparece. Mas no caso de Graça Moura perde-se um grande poeta e um grande homem de cultura.
    Vou ouvir as suas músicas.
    Um beijo grande.

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  2. Em Portugal falta poesia, música, cultura e muito mais....cada vez nos afundamos mais em pimbalhices e programas popularunchos, cabotinos. É uma agressão constante à inteligência. É por isso que pessoas como Graça Moura fazem falta.

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  3. Ouvi o concerto de Weniasky e achei lindo, mºusica tipicamente eslava. Obrigada pela partilha!

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