Desde a última mensagem, há já
quase um mês fui iniciando algumas
mensagens que, por razões de vária ordem, só hoje pude retomar. À medida que forem sendo concluídas irão ser publicadas, sem
preocupações de ordem cronológica.
No Ocidente, o Dia Internacional da Mulher foi comemorado no
início do século, até a
década de
1920.
Nos países ocidentais, a data foi esquecida por longo tempo
e somente recuperada pelo
movimento
feminista, já na
década de
1960. Na atualidade, a celebração do Dia Internacional da Mulher
perdeu parcialmente o seu sentido original, adquirindo um caráter festivo e
comercial. Nessa data, os empregadores, sem certamente pretender evocar o
espírito das operárias grevistas do 8 de março de 1917, costumam distribuir
rosas vermelhas ou pequenos mimos entre suas empregadas.
1975
foi designado pela
ONU como o Ano Internacional da Mulher e,
em dezembro de
1977, o Dia Internacional
da Mulher foi adotado pelas Nações Unidas, para lembrar as conquistas sociais,
políticas e económicas das mulheres.
No dia Dia Internacional da Mulher foram-me oferecidos dois bilhetes para um
concerto de celebração dos 25 anos do IPATIMUP inserido no programa Expresso Oriente ( 2014 vai ser o ano do oriente na Casa da Música)
Sob a direção musical o japonês Takuo Yuasa foram apresentadas obras dos
japoneses Teizo Matsumura e Toru Takemitsu, a obra Hojoki-An account of my Hut de de Jonathan Dove,
inspirada na obra Hojoki e, em estreia nacional, a Primeira suite de Orquestra de Debussy.
Dos referidos
compositores apenas conhecia Debussy de quem tenho alguns CD com obras como a
suite Bergamasque, com a conhecida Claire
de Lune, por muitos considerada a sua obra prima,
mas não conhecia a suite apresentada.
Na NET, embora com pouca qualidade, consegui encontrar excertos das peças
que constam no programa (de Matsumura, de Takemitsu, de Debussy , mas não de Jonathan
Dove)
A finalizar, o maestro Takuo Yuasa falando sobre o concerto de 8 Março.
A obra de Debussy, nomeadamente o excerto aqui colocado revela o fascínio do compositor pelas sonoridades orientais.
Durante alguns dias tive em minha casa um investigador
brasileiro, Joilson (que a minha nora investigadora conheceu quando, durante
algum tempo, trabalhou no Recife), de passagem para um congresso em Oviedo, onde ambos
intervieram. O meu marido não estava muito
interessado no concerto, receando que as obras japonesas, porque mais modernas,
pudessem ser muito “dissonantes”. O investigador, por seu lado, estava interessado
não só na música, mas também em conhecer a sala Suggia, pelo que o meu marido
lhe cedeu o bilhete.
Acontece que nesse dia convidei para almoçar, para além da família, o Joilson e outra
investigadora brasileira também do Recife, Rosana. Manifestou vontade de ir ao
concerto. Conseguimos ainda um bilhete e fomos os três. Gostei bastante.
Por falar em Japão, lembrei-me da minha mãe, a mulher mais extraordinária que eu já conheci (não me canso de o repetir e hoje, no Dia Internacional da Mulher vem mais numa vez a propósito). Para além de inúmeras qualidades humanas, era lindíssima, bordava com uma perfeição inaudita, cozinhava divinamente e tinha uma belíssima voz de soprano (foi solista num coro). Cantava árias de ópera mas também músicas ligeiras. Cerejeira do Japão era uma delas. Tive muita dificuldade em encontrá-la na NET porque apenas em um dos sites consultados a música correspondia à letra..
Cerejeira do japão
Bem baixinha, rente ao chão
Transportou-me ao paraíso
Recordando o teu sorriso
Cerejeira do Japão
Dar-te-ei meu coração
Nunca mais te esquecerei, ó flor
Cerejeira és meu amor
Tive um sonho lindo de amor
Num recanto pequenino japonês
Foi tão lindo o sonho que até quis
Acordado Ter Sonhado Outra Vez
Quando fazia a pesquisa passei por um site que achei interessante.
A propósito de cerejeiras do Japão deixo algumas imagens que poderão ver aqui
Mas também em Alfândega da Fé há muitas cerejeiras. As cerejas são
exportadas e estão entre as preferidas por marcas de chocolates famosas como o «Mon Chéri»
Termino com a foto de uma dessas cerejeiras e um poema.
Prodígio
Prodigiosa aquela cerejeira com seus frutos.
Sensual, rubro o epicarpo, carnudo, nacarado o mesocarpo
da pudica semente protecção.
Tal como se fora a vez primeira, saboreio uma cereja
calmamente
num misto de volúpia e
devoção.
Gouveia, R.in Magnetismo Terrestre
Olá Regina
ResponderEliminarQue bom voltar a ler um dos seus post. Cheio de informação e de beleza. Foi admirável a homenagem à sua Mãe no Dia Internacional da Mulher. Sabe que eu também encontrei um "site" sobre as lutas das mulheres russas no tempo do czarismo que algo contribuiram para o desencadear da Revolução.
Os anos 80 e os que se seguiram foram realmente férteis em acontecimentos, nem sempre, na minha opinião, favoráveis ao bem da humanidade. Admiro
especialmente a evolução extraordinária da Ciência.
Também não conheço a música japonesa mas receio que não seja muito próxima dos meus gostos
musicais.
Quanto ao seu poema é mesmo um pequeno, grande prodígio.
Um beijo, com a amizade de sempre.
Também foi muito bom tê-la de novo a comentar o meu blogue.
ResponderEliminarVamos ver se consigo colocar mensagens com maior frequência.
Um grande bj
Regina
O meu Pai fazia anos no dia da Mulher....e teve seis filhas e não sei quantas netas, mais de 15!!
ResponderEliminarFico contente por estares de novo aqui.....não escrevo mais por hoje pois estou cansada! Bjinhos
Obrigada pela tua presença
ResponderEliminarBj
Regina