Há dias estive bastante indisposta e resolvi experimentar a receita. Sugestão ou não, passado pouco tempo estava bem.
Lembrei-me então de um artigo publicado em 23/05/2011 em Ciência Hoje , A química das “Sopas, Caldos e Mezinhas”. Novas histórias da medicina e culinária populares no Museu da Ciência em que dava conta de que o Museu de Ciência da Universidade de Coimbra, acolhia o segundo encontro de «Sopas, Caldos e Mezinhas – a Química no tempo dos nossos avós», um projecto de recolha verbal de saberes ligados à culinária e à medicina populares, promovido pelo Museu e pelo Instituto de Estudos de Literatura Tradicional (IELT),
Este projecto, inserido nas comemorações do Ano Internacional da Química, vai continuar a recolher histórias e saberes tradicionais relacionadas com a Química até ao final do ano(…).
E porque, mais recentemente (23/06/2011) foi publicado na mesma revista um artigo muito interessante da autoria do Professor Carlos Corrêa, achei que poderia ser um belíssimo complemento ao que atrás foi dito. (O Professor Carlos Corrêa é Catedrático jubilado do Departamento de Química da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. Conselheiro do ciência Hoje para o Ano Internacional da Química).
Aqui deixo um excerto do texto, escrito com o humor a que o Professor Carlos Corrêa sempre nos habituou.
A Química nas nossas vidas
Há a ideia generalizada de que o que é natural é bom e o que é sintético, o que resulta da acção do homem, é mau. Não vou citar os terramotos, tsunamis e tempestades, tudo natural, que não tem nada de bom, mas antes certas substâncias naturais muito más, como as toxinas produzidas naturalmente por certas bactérias e os vírus, todos tão na moda nestes últimos tempos.
Dos oito maiores venenos que existem, seis são naturais: a toxina A do butonilium, a toxina A do tétano, toxina da difteria, a ricina (do rícino), a muscarina (dos cogumelos) e a bufotoxina (dos sapos); destes, só o sarin (gás dos nervos, 8º lugar) e as dioxinas (5º lugar) é que são de origem sintética.
Muitos alimentos contêm substâncias naturais que podem causar doenças, como por exemplo o Isocianato de alilo (alho, mostarda) que pode originar tumores, o benzopireno (fumados, churrascos) causador de cancro do estômago, os cianetos (amêndoas amargas, mandioca) que são tóxicos, as hidrazinas (cogumelos) que são cancerígenas, a saxtoxina (marisco) e a tetrodotoxina (peixe estragado) que causam paralisia e morte, certos taninos (café, cacau) causadores de cancro do esófago e da boca e muitos outros.
Podemos então dizer que “Quando um produto natural mata... É natural! Fica a consolação de se morrer... naturalmente” (…)
Deus meu, Regina, isto é assustador. Será que alguma coisa não faz mal?
ResponderEliminarTenho andado em dieta e sinto-me bem, mas agora fiquei um pouco alarmada, pois não temos grandes hipóteses de saber quando é que um produto não é nocivo para a nossa saúde.
O melhor é comer de tudo um pouco e em pouca quantidade...é a minha solução para o problema.
Não quero morrer já, nem naturalmente, nem artificialmente, gosto muito da Vida!
Bjo
Olá Regina
ResponderEliminarTambém li esse artigo e também tenho essa ideia. Nem tudo o que é natural é bom. É ver,p.e. os cogumelos ( alguns)e ,como vi no Jardim Botânico em Coimbra com o prof. Dalmindo, há imensas plantas venenosas. Nós não sabemos distingui-las mas os animais a que chamam irracionais,os cães p.e.,sabem muito bem. Aliás o que faz a Química a não ser sintetizar os bons produtos naturais?
Temos que aprender com os outros animais a saber distinguir o prejudicial do útil.
Um grande beijo.
Será que tenho arranjar um gato e dar-lhe a minha comida a provar antes de a consumir:))
ResponderEliminarÉ dramático.
É isso mesmo...O melhor é comer de tudo um pouco e em pouca quantidade...
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