sábado, 30 de abril de 2011
Meu pensamento partiu no vento, podem prendê-lo, matá-lo não.
Enviaram-me hoje o vídeo anexo, uma fábula política difundida por Tommy Douglas, proeminente activista e político, eleito em 2004 como "O maior canadiano de todos os tempos", reconhecido como pai da passagem do sistema de saúde canadiano ao modelo de Assistência sanitária universal.
O filme termina com a mensagem “podem enclausurar um homem, ou um rato mas não uma ideia".
E por associação de ideias com esta mensagem, o tão conhecido poema de Manuel Alegre, Pensamento.
Meu pensamento
partiu no vento
podem prendê-lo
matá-lo não.
Meu pensamento
quebrou amarras
partiu no vento
deixou guitarras
meu pensamento
por onde passa
estátua de vento
em cada praça
Meu pensamento
partiu no vento
podem prendê-lo
matá-lo não
Foi à conquista
de um novo mundo
foi vagabundo
contrbandista
foi marinheiro
maltês ganhão
foi prisioneiro
mas servo não
Meu pensamento
partiu no vento
podem prendê-lo
matá-lo não
E os reis mandaram
fazer muralhas
tecer as malhas
de negras leis
homens morreram
estátuas ao vento
por ti morreram
meu pensamento
Procurei-o no youtube mas o único vídeo que encontrei tem uma forte carga política, o que não me agrada face à natureza deste blogue, que pretendo sem credos políticos e /ou religiosos. Mas à falta de outro, aqui fica, com a voz de Adriano Correia de Oliveira
O filme termina com a mensagem “podem enclausurar um homem, ou um rato mas não uma ideia".
E por associação de ideias com esta mensagem, o tão conhecido poema de Manuel Alegre, Pensamento.
Meu pensamento
partiu no vento
podem prendê-lo
matá-lo não.
Meu pensamento
quebrou amarras
partiu no vento
deixou guitarras
meu pensamento
por onde passa
estátua de vento
em cada praça
Meu pensamento
partiu no vento
podem prendê-lo
matá-lo não
Foi à conquista
de um novo mundo
foi vagabundo
contrbandista
foi marinheiro
maltês ganhão
foi prisioneiro
mas servo não
Meu pensamento
partiu no vento
podem prendê-lo
matá-lo não
E os reis mandaram
fazer muralhas
tecer as malhas
de negras leis
homens morreram
estátuas ao vento
por ti morreram
meu pensamento
Procurei-o no youtube mas o único vídeo que encontrei tem uma forte carga política, o que não me agrada face à natureza deste blogue, que pretendo sem credos políticos e /ou religiosos. Mas à falta de outro, aqui fica, com a voz de Adriano Correia de Oliveira
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Muitas vezes ouvi esta canção, o meu ex- estudou em Coimbra nos anos 60 e namorávamos ao som de baladas, fados de Coimbra, Zeca Afonso, Adriano, Luis Goes, etc. Na altura eram já contestatárias, mas não conotadas tão fortemente com as ideologias. Havia um programa na radio: Do Choupal até à Lapa, que transmitia todos os dias canções destas. O meu ex- gostava mais do Adriano do que do Zeca Afonso, não sei porquê. Gosto imenso de ambos, mas há uma canção do Adriano que ainda me agora me deixa arrepiada, " Menina dos olhos tristes", pois tem a ver com os soldados que partem para África e lá morrem..o meu cunhado, piloto da força aérea, morreu aos 32 anos em Angola, deixando duas filhas de meses e dois anos. A canção parecia ter sido feita para a minha irmã.
ResponderEliminarBoa escolha, Regina!
É esta a referencia da canção acima. Lindíssima e arrepiante ainda.
ResponderEliminarhttp://youtu.be/KRVNbVeXq0M
Olá Regina
ResponderEliminarGostei imenso deste seu post. Está mesmo adaptado ao dia de hoje.
O poema do Manuel Alegre é lindo e está admiravelmente bem cantado pelo saudoso Adriano.
Quanto ao video que apresenta, em anexo, já o conhecia e considero-o uma intervenção genial de Tommy Douglas.
Um beijo muito grande.