segunda-feira, 6 de julho de 2020
O Fado do Plástico-cont
que
referi na mensagem anterior. “O Fado do Plástico”, podem ver um
“post” dedicado a Amália Rodrigues, onde se inclui O Senhor Extraterrestre
E já que estamos a
falar de extraterrestres e ambiente, vou colocar mais um texto do meu livro “Era uma vez,,Ciência e
Poesia no Reino da Fantasia (2006,2008, 2013), já referido na mensagem
anterior
Era
uma vez ….um planeta
Era
uma vez uma nave espacial, era branca e tinha riscas
pretas,
viajava
pelo espaço sideral, entre estrelas, planetas e cometas.
Era
uma vez um extraterrestre, vindo do espaço celeste
e
que, há muito, na nave viajava. Tinha um ar estranho, bizarro,
pequeno
era o seu tamanho e todo ele gingava.
Tinha
umas grossas melenas e usava duas antenas que ao vento
estremeciam.
Os
olhos mais pareciam os faróis de um autocarro.
Aterrara num
lugar, junto a um imenso mar. Era uma praia dourada,
banhada
por um mar manso sempre em recuo e avanço.
De
início não viu mais nada. Foi então que, de repente,
surgiu
bem à sua frente um menino sorridente com uns olhos cor do céu
que,
segundo a mãe dizia, constantemente vivia no reino da fantasia.
Ao
ver o extraterrestre todo ele estremeceu.
Mas
o extraterrestre, que vinha do espaço sideral,
explicou
ao menino que não lhe queria fazer mal.
Contou-lhe
então o que vira na sua longa viagem.
Já
tinha visto cometas e estrelas aos milhões,
bem cintilantes.
Uma
era o Sol à volta do qual giravam,
alguns
perto, outros distantes, oito distintos planetas.
Um
deles, azul safira, era tão lindo de ver
que
logo o extraterrestre decidiu ali descer.
Fez
então uma aterragem e assim pousou na Terra cujo nome não sabia.
Foi
o menino quem o esclareceu, o tal menino de olhos cor do céu
e
que, segundo a mãe dizia, constantemente vivia no
reino da fantasia.
Fizeram
boa amizade e, em pouco mais de um segundo,
o
menino embarcou na sua nave. Lá foram o menino e o extraterrestre
que
tinha grossas melenas e usava duas antenas.
Foram
dar a volta ao mundo.
Viram
uma montanha coberta de neve e, com cuidado, pousaram ao de leve.
Dos
ramos das árvores a neve pendia e a paisagem, tão bela, até entontecia.
Tudo
era sereno, tudo era tranquilo, apenas avistaram
um
gamo e um esquiloque na neve brincavam.
Na
dita montanha, já quase no cimo,
nascia
um fio de água que era muito fino.
Enquanto
descia, engrossava o fio até se tornar num imenso rio.
Salgueiros
nas margens davam sombra calma
e peixes
de prata que na água saltavam, eram, do rio, a alma.
Era
um belo rio muito cristalino que corria ,
corria
para o seu destino lá longe no mar.
E
a nave sempre, sempre, a vaguear
levando
o menino e o extraterrestre de aspecto bizarro
cujos
olhos lembravam faróis de autocarro.
Passaram
por florestas densas e por planícies extensas,
por
cidades com largas avenidas e por aldeias, em
montanhas perdidas.
Viram
navios no mar e aviões pelo ar.
Viram
o deserto, de dunas coberto, era muito belo mas com pouca vida.
Só
viram camelos numa caravana bastante comprida.
Viram
na savana tigres, elefantes, pacatas girafas de pescoços gigantes
e
também um leão. Aves aos milhares cruzavam os ares,
cobras
e lagartos, rastejavam no chão.
Passaram
por prados cobertos de flores e de borboletas
de múltiplas cores.
Num
imenso charco as rãs coaxavame flores de nenúfar,
por
cima boiavam. O céu era sempre um céu diferente
mas
de rara beleza, ora azul safira, ora azul turquesa,
ora
muito escuro,ora acinzentado, isento de nuvens ou muito nublado.
Por
vezes cortava-o um arco de cor, era o arco - íris com o seu esplendor.
E
a nave lá ia, nos céus vagueava levando o menino
e
o extraterrestre que ao andar gingava.
Viram
o sol nascente, viram o sol poente, uma maravilha sempre diferente.
Viram, estremunhada, a
lua acordar e vaidosa a mirar-se num lago espelhada.
Mas
o extraterrestre tinha que voltar, a hora da partida já estava a chegar.
O
extraterrestre de tamanho pequeno, num voo sereno rumou ao destino
levando
na nave o dito menino.
Regressaram
à praia de onde haviam partido
e
já com saudades do que haviam vivido. Era a despedida.
Dos
olhos do menino que eram cor do céu,
uma
lágrima tímida pelo rosto escorreu
e
no extraterrestre tremiam, tremiam,
as
grossas melenas e as duas antenas.
Muito
emocionado, pegou numa delas, deu-a ao menino.
Quando
ouvires um hino que vem das estrelas, sabes que sou eu.
Comunica
comigo.
Então
o menino foi à beira mar, encontrou uma alga da cor do luar,
deu-a
ao amigo.
Mesmo
à despedida , o extraterrestre disse para o menino:
Na
minha vida fiz muitas viagens e nunca tinha visto tão belas
paisagens. Este é o planeta mais belo que eu vi e sabes
porquê?
Tem
água, tem ar, que permitem a vida.
Se
estragam a água, se estragam o ar um dia o planeta
vai-se
transformar na terra do nada, uma terra perdida onde nada
se vê.
Tu
que és um menino e que vais crescer
cuida
do planeta, antes que comece a desfalecer.
Deram
um abraço, muito apertadinho e o extraterrestre lá partiu sozinho
na
nave redonda, branca às riscas pretas,
em
busca de estrelas e de outros planetas.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
sera que hà mesmo pois ja foi dito tanta coisa mas bo seja la como for adorei a musica adoro esta artista que ja nao esta entre nos mas que nos deixou a sua riqueza as suas musicas bjs
ResponderEliminarUma voz sem igual...
ResponderEliminarObrigada pela visita