Dedico-o essencialmente aos mais novos mas todos serão bem vindos, muito em particular pais, avós, encarregados de educação, educadores ...
sábado, 27 de junho de 2020
Covid 19- Algumas reflexões
1ª HAJA RESPEITO
No dia 7 de junho, uma festa com mais de cem pessoas num clube recreativo
em Odiáxere, Lagos, acabou por gerar um surto no concelho infetando várias
dezenas de pessoas com Covid-19,incluindo crianças e pessoas que não estiveram presentes, mas foram infetadas mais tarde por quem participou.
Também na sequência de uma reunião de cerca de mil
jovens em Carcavelos, na noite do dia 19, ficaram infetadas várias pessoas.
(Factos
denunciados na comunicação social)
Na
sequência desta pandemia, os profissionais de saúde têm s sofrido física e
psicologicamente, pondo em risco as suas vidas, trabalhando horas a fio até à
exaustão, separados da família, por vezes com filhos pequenos…
Se o egocentrismo de muitos não lhes
permite ver além do seu umbigo, pensem que as atitudes perfeitamente
irresponsáveis põem mais uma vez em risco a vida destes profissionais bem como
a dos seus familiares próximos, nomeadamente pais, avós,..
2ª SOLIDARIEDADE
A par de atos totalmente egoístas e
irresponsáveis têm surgido também muitos gestos de solidariedade, movidos
porventura, por razões diversas
Nestes últimos meses abateu-se sobre nós uma
imprevista tempestade global que condicionou radicalmente as nossas vidas e
cujas consequências estamos ainda longe de mensurar. A pandemia que principiou
como uma crise sanitária tornou-se uma crise poliédrica, de amplo espetro,
atingindo todos os domínios da nossa vida comum. Sabendo que não regressaremos
ao ponto em que estávamos quando esta tempestade rebentou, é importante, porém,
que, como sociedade, saibamos para onde queremos ir. No Canto Sexto d’Os
Lusíadas a tempestade não suspendeu a viagem, mas ofereceu a oportunidade para
redescobrir o que significa estarmos no mesmo barco.
O que significa estar no mesmo barco?
Permitam-me pegar numa parábola. Circula há anos, atribuída à antropóloga
Margaret Mead, a seguinte história. Um estudante ter-lhe-ia perguntado qual
seria para ela o primeiro sinal de civilização. E a expectativa geral é que
nomeasse, por exemplo, os primeiríssimos instrumentos de caça, as pedras de
amolar ou os ancestrais recipientes de barro. Mas a antropóloga surpreendeu a
todos, identificando como primeiro vestígio de civilização um fémur quebrado e
cicatrizado. No reino animal, um ser ferido está automaticamente condenado à
morte, pois fica fatalmente desprotegido face aos perigos e deixa de se poder
alimentar a si próprio. Que um fémur humano se tenha quebrado e restabelecido
documenta a emergência de um momento completamente novo: quer dizer que uma
pessoa não foi deixada para trás, sozinha; que alguém a acompanhou na sua
fragilidade, dedicou-se a ela, oferecendo-lhe o cuidado necessário e garantindo
a sua segurança, até que recuperasse. A raiz da civilização é, por isso, a
comunidade. É na comunidade que a nossa história começa. Quando do eu fomos
capazes de passar ao nós e de dar a este uma determinada configuração
histórica, espiritual e ética….
Ao citar Tolentino de Mendonça não
me move qualquer aspeto religioso pois não professo qualquer religião. Move-me
a admiração pela pessoa humana que se revela nos seus textos, nomeadamente na
sua poesia que já conheço há vários anos. Quase a terminar a mensagem, insiro um poema do autor
Há palavras que escrevemos mais depressa
o terror dessas palavras derruba
o passado dos homens
são tão pouco: vestígios, índices, poeira
mas nada lhes é desconhecido
as horas em que vigiamos o escuro
os sítios nenhuns das imagens
a ligeira mudança que resgataria
o abandono, todo o abandono
Excelente o seu post. Também sou admiradora de José Tolentino Mendonça. Tenho muitos livros da poesia dele. O discurso que fez no 10 de junho foi cheio de lucidez e amor pelos outros. Uma boa semana com muita saúde. Um beijo.
Obrigada Graça e parabéns pelo 30º aniversário do lançamento do seu 1º livro, do qual transcrevo os dois primeiros versos, porque podiam ter sido escritos hoje.... É melhor não dormirmos sob o árido labirinto da tristeza. Bjs
Até 10 de Janeiro de 2010 esteve patente na Casa da Cultura Manuel Lueiro, em O Grove, Galiza, uma exposição de trabalhos de alunos da galeria Utopia .
Participei com os dois trabalhos anexos; no dia da inauguração tive a agradável surpresa de ver que o cartaz (1mx2m) que anuncia a exposição foi construído com a imagem do 2º quadro.
Quadros na exposição em Grove
Imagem que figura no cartaz
cartaz da exposição em Grove
Livros que publiquei ou em que participei por convite
Livros que publiquei ou em que participei por convite
Há ciência e poesia nas coisas do dia a dia
Tamanho XXS
Quando o mistério se dilui na penumbra
Para mais tarde recordar
Requiem pelo planeta azul
quando o mel escorre nas searas
revista Philos 2017
revista Philos 2014
O bosão do João
Sete Luas
Ciência para meninos em poemas pequeninos
Terras de cieiro
Entre margens
Pelo sistema solar vamos todos viajar..
Ciência para meninos em poemas pequeninos
Breve história da Química
Era uma vez...
Magnetismo...
Reflexões...
Estórias....
Se eu não fosse....
Um poema para Fiama
Os dias do Amor
Uma viagem para Pasárgada
Cancioneiro Infanto- Juvenil...
Fiat Lux
O amor em visita
A Terra de Duas Línguas II.Antologia de Autores Transmontanos
Por longos dias, longos anos, fui silêncio
antologia
Entre o sono e o sonho
Textos on-line
Estão disponíveis on-line: -Magnetismo Terrestre (livro de poesia) -Reflexões e Interferências (livro de poesia) -Estórias com sabor a nordeste (livro de ficção) -Einstein (poema) -Se eu não fosse professora de Física. Algumas reflexões sobre práticas lectivas(didáctica) -Vou-me embora para Pasárgada (conto)
Como todos nós, feita de pó de estrelas, estou apenas de passagem nesta fantástica viagem desde um passado remoto até um futuro ignoto.
(Para saber mais consultar a página CV)
Excelente o seu post. Também sou admiradora de José Tolentino Mendonça. Tenho muitos livros da poesia dele. O discurso que fez no 10 de junho foi cheio de lucidez e amor pelos outros.
ResponderEliminarUma boa semana com muita saúde.
Um beijo.
Obrigada Graça e parabéns pelo 30º aniversário do lançamento do seu 1º livro, do qual transcrevo os dois primeiros versos, porque podiam ter sido escritos hoje....
ResponderEliminarÉ melhor não dormirmos
sob o árido labirinto da tristeza.
Bjs