Hoje, dia 23, completam-se três semanas sobre a intervenção à coluna, a que
fui submetida. Tenho estado por casa quase todo o tempo pelo aproveitei para
organizar alguma “papelada”.
Numa mensagem que escrevi em 2013 referi que, no meu tempo de estudante em
Bragança, a tradição académica tinha como celebração máxima, o 1º de Dezembro.
Retomo alguns excertos dessa mensagem
O teatro era uma das actividades que decorriam nas festividades. Além da
apresentação de uma peça de teatro, ensaiada no meu tempo pelo Dr. Subtil ou
pelo Dr. Carvalho, havia danças (folclore e não só) e pequenas rábulas.
A par destas representações havia o cortejo e o baile.
Desde que na cidade
existe Ensino Superior a tradição deu lugar aos rituais da Queima e
da recepção aos caloiros.
A organização das festividades do 1º de Dezembro cabia aos alunos dos
6ºs e 7ºs anos(atuais 10º e 11º, não havia 12º). A presidência era assumida por
alunos do 7º ano: um rapaz e uma rapariga.
Pois entre a "papelada" fui descobrir
referências ao 1º de Dezembro de 1961, era eu finalista no Liceu.
Nesse ano a presidência coube ao João Belchior e à Alda Teixeira. O vice- presidente é hoje o meu marido.
No programa podemos ver referência aos eventos que acima referi e relativamente aos quais vou inserir alguma imagens comentadas.
Faz-se aqui referência ao roubo das
galinhas que fazia parte da tradição…As quadras no fim da página referem-se ao Belchior e ao meu marido.
Entrei na peça de Teatro O Gigante Adamastor desempenhando o papel de "Princesa das Águas"
Creio que na altura não fiquei com a mínima ideia sobre quem era o autor da peça. Ao ver agora o programa, fui tentar localizar o livro, via NET, e encontrei-o num alfarrabista aqui do Porto. Achei graça, rever esses tempos.
Das minhas falas deixo um pequeno excerto só para lembrar.
Entrei também bailado "Gota da serra de Arga"
Na noite a seguir ao teatro havia o baile de finalistas e foi a partir daí que começou o namoro com o meu marido
Na imagem inferior, à direita, vê-se o Dr. Carvalho, encenador.
No dia em consegui arranjar o livro pensei mandar um mail a alguns colegas que estiveram ligados aos eventos, nomeadamente ao Belchior (com quem trocava mails com certa regularidade). E porque me lembrei dele, associei-o a uma senhora casada com um seu primo , senhora essa que era muito amiga da minha mãe. Liguei-lhe porque fizera anos dois dias antes e eu tinha-me esquecido. Atendeu-me o marido que me disse com uma voz muito triste: O meu primo, lá se foi. Fiquei tão atarantada que
perguntei O Belchior?
Como referi ele foi o Presidente da Academia em 1961/1962. (A presidente, essa faleceu muito nova, há já vários anos).
Fiquei de tal maneira triste com a notícia que só hoje consegui escrever esta mensagem.
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