Dedico-o essencialmente aos mais novos mas todos serão bem vindos, muito em particular pais, avós, encarregados de educação, educadores ...
sexta-feira, 2 de março de 2018
We are the world
Todos
nos lembramos de "We
Are The World"
, canção idealizada e composta por Michael Jackson e Lionel Richie,
gravada em 28 de janeiro de 1985 por 45 dos maiores nomes da música
norte-americana, num
projeto que
teve
como objetivo angariar
fundos para o combate à fome no continente africano ...
A
África é um continente grande e cheio de problemas.
Como
todos sabemos, até
metade do século 15 os africanos eram livres. Continente
rico em recursos, ficou refém da ganância dos europeus, logo que
ali chegaram. Homens,
mulheres e crianças eram obrigados a deixar as tribos e entrar nos
navios negreiros, onde eram transportados como carga. Ficavam
acorrentados no porão, sem condições de higiene e pouca comida.
Muitos ficavam doentes e morriam na viagem. Quando chegavam ao
destino,
eram vendidos de acordo com suas condições físicas. As famílias
eram separadas. Quem desobedecia era castigado e podia até morrer.
A
escravatura, que
foi
uma fonte de riqueza para
os europeus,
era plenamente conhecida e aceite pela sociedade da
época. No
século
XVIII surgiram os movimentos anti-esclavagistas. Em
1869, o
governo português, liderado pelo Marquês de Sá da Bandeira, aboliu
a escravatura
em
todo
o território português (já antes o Marquês
e Pombal a tinha abolido mas só para Portugal continental)
Em
1885, teve lugar a Conferência de Berlim, em que participaram
Inglaterra, França, Bélgica, Alemanha, Itália, Portugal e Espanha
.Ocontinente
africano
foi
praticamente retalhado e
dividido pelos
vários países, embora de forma desigual
No
início do século XX começaram
a surgir
grupos e movimentos que lutavam pela independência.
A Segunda Guerra Mundial, com o enfraquecimento económico
e político de grande parte dos países europeus, especialmente
aqueles que detinham colónias
em
África, levou
a que,
aos poucos, fossem
perdendo
o controle sobre os territórios de sua administração. As
lutas
pela independência intensificaram-se
na década de 60, como
foi o caso de Portugal
Com
muito
derramamento de sangue, os
países foram alcançando a
independência política. No
entanto, a divisão dos territórios, orquestrada
fundamentalmente pelos países
europeus,
não
levou em consideração as “fronteiras”
anteriormente existentes, justificadas por razões
de ordem étnica, cultural
e religiosa. Com a instauração das novas fronteiras algumas tribos
foram separadas, grupos rivais agrupados, o que desencadeou e
continua a desencadearinúmeros
conflitos em distintos lugares de África. Por outro lado, se conseguiram a independência política, continuam
a manterum
elevado grau de
dependência em relação às antigas
metrópoles, nomeadamente
pelo
atraso em desenvolvimento tecnológico, industrial e económico.
Da
imensa riqueza do continente, a esmagadora maioria dos africanos
pouco ou nada tem beneficiado.Só
nas últimas décadas, a
fome, a pobreza e as doenças mataram milhões de pessoas. . Segundo
a ONU, 25%
da população passa fome.
A
Unicef refere que quase 27 milhões de pessoas não têm acesso a
água potável, em países que enfrentam ou estão em risco de fome.
(...)
falta de água, saneamento básico, práticas de higiene
inadequados e epidemias representam uma ameaça adicional a crianças
desnutridas no Iemen, no norte da Nigéria, na Somália e no Sudão
do Sul.
A
África do Sul é
um
dos
países
mais ricos
do continente africano, Apesar
disso, a cidade do Cabo enfrenta problemas gravíssimos, nomeadamente
no que respeita à escassez de água
Quase a terminar incluo alguns poema do meu livro Requiem pelo planeta azul (2017)
No rio cristalino que corria outrora,
as águas cantavam enquanto corriam.
Cantar e correr eram seu mister
Agora, no rio que lentamente morre,
a água não corre,
arrasta-se dolente e já não canta, chora.
Agosto.
O sumo da rubra melancia nas mãos e no rosto.
Procuro a velha fonte, água cristalina, sempre fria,
a rumorejar, qual litania.
Água imprópria para consumo.
Uma heresia conspurca o xisto centenário
Deixou de cair a chuva benfazeja.
e o deserto avança passo a passo.
Suplicante o olhar perdido da criança,
que passa fome e sede sem entender porquê.
Vazio o olhar do velho sem esperança
que não implora mais, pois já não crê.
A sombra do velho salgueiro na margem,
os pés chapinando na água, o limo escorregadio.
O rio que então me parecia imenso.
A infância, agora uma miragem.
O sussurro da água ainda se recorta no silêncio,
mas já não é cristalino o velho rio.
Algures a chuva caiu furiosamente,
destruindo tudo na passagem
Desencantada com a espécie humana,
não consegue controlar os seus impulsos.
Por vezes cai de forma insana,
tudo engolindo na voragem,
outras não cai e deixa agonizante
a terra seca e gretada que a reclama.
Água, esquife de Ofélia,
fonte de vida para o lírio,
a bromélia, a rosa, a camélia,
para as flores no altar.
Água de sangues e linfas,
de sereias e ninfas,
dos homens cativa,
cada dia mais ténue o seu respirar.
E
porque falei da África do Sul, não posso deixar de evocar, com um pequeno vídeo de 2010, Nelson Mandela, um símbolo mundial na luta pela paz e entendimento dos homens,
Até 10 de Janeiro de 2010 esteve patente na Casa da Cultura Manuel Lueiro, em O Grove, Galiza, uma exposição de trabalhos de alunos da galeria Utopia .
Participei com os dois trabalhos anexos; no dia da inauguração tive a agradável surpresa de ver que o cartaz (1mx2m) que anuncia a exposição foi construído com a imagem do 2º quadro.
Quadros na exposição em Grove
Imagem que figura no cartaz
cartaz da exposição em Grove
Livros que publiquei ou em que participei por convite
Livros que publiquei ou em que participei por convite
Há ciência e poesia nas coisas do dia a dia
Tamanho XXS
Quando o mistério se dilui na penumbra
Para mais tarde recordar
Requiem pelo planeta azul
quando o mel escorre nas searas
revista Philos 2017
revista Philos 2014
O bosão do João
Sete Luas
Ciência para meninos em poemas pequeninos
Terras de cieiro
Entre margens
Pelo sistema solar vamos todos viajar..
Ciência para meninos em poemas pequeninos
Breve história da Química
Era uma vez...
Magnetismo...
Reflexões...
Estórias....
Se eu não fosse....
Um poema para Fiama
Os dias do Amor
Uma viagem para Pasárgada
Cancioneiro Infanto- Juvenil...
Fiat Lux
O amor em visita
A Terra de Duas Línguas II.Antologia de Autores Transmontanos
Por longos dias, longos anos, fui silêncio
antologia
Entre o sono e o sonho
Textos on-line
Estão disponíveis on-line: -Magnetismo Terrestre (livro de poesia) -Reflexões e Interferências (livro de poesia) -Estórias com sabor a nordeste (livro de ficção) -Einstein (poema) -Se eu não fosse professora de Física. Algumas reflexões sobre práticas lectivas(didáctica) -Vou-me embora para Pasárgada (conto)
Como todos nós, feita de pó de estrelas, estou apenas de passagem nesta fantástica viagem desde um passado remoto até um futuro ignoto.
(Para saber mais consultar a página CV)
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