Chegados à Praça Juca Novais, onde o meu irmão mora num casa muito bonita dos princípios do século XX que pertencia aos pais da minha cunhada, logo a avistei no patamar, com o seu ar doce e sereno, agarrada a um andarilho, fruto de uma série de fraturas resultantes de tombos, o último relativamente recente.
Depois de a cumprimentar, dirigi-me ao escritório onde o meu irmão passa bastante tempo. No caminho encontrei a Margarete que trabalha na casa há não sei quantos anos.
Passada a emoção do reencontro falou-me da gravidade do seu estado de saúde referindo que a partir daquele instante não se falaria mais no assunto.
Encontrei-o muito abatido fisicamente mas com o ânimo, o humor e a vivacidade que o caraterizam.
Passado algum tempo chegou a minha sobrinha Marisa que mora também em Avaré. Para além de lecionar na Faculdade de Educação Física da cidade, trabalha em um ou dois centros nessa área.
Como também referi na mensagem anterior, o meu irmão fez questão que os meus primos (pelo lado materno) almoçassem lá em casa. Não se conheciam mas foi como se conhecessem desde sempre. Em comum,o sentido de humor do meu irmão e do meu primo. A dada altura falou-se na atividade da minha sobrinha, no âmbito da natação, e eu referi que a minha prima tinha sido medalhada n vezes (ver mensagem anterior). A minha sobrinha olha-a fixamente e pergunta: Não fez parte da seleção.... nos jogos...em S. Paulo em 19,...? Perante a resposta afirmativa da minha prima, perguntou " Não foi medalha de ouro?"
Perante nova resposta afirmativa veio a surpresa. "Quem lhe pôs a medalha fui eu, ao tempo uma jovem atleta". Numa cidade com cerca de 20 milhões de habitantes esta coincidência é surpreendente...
Após o almoço os meus primos regressaram a S. Paulo e o meu irmão quis que eu fosse visitar a Represa.
Quando estive lá em 2013 havia já algumas casas na zona da represa, nomeadamente uma dum cunhado do meu irmão, onde fomos passar um dia. O meu irmão tinha comprado ali um terreno num condomínio que se estava a iniciar. Desta vez quis que eu fosse ver a casa que ali construiu (projeto seu bem como o de outras casas ali existentes). Antes de se ter agravado o seu estado de saúde, ia ali com muita frequência mas nos últimos tempos deixou de ir.
A minha sobrinha foi connosco para evitar que o meu irmão tivesse que conduzir. Aqui ficam algumas fotos
Após o jantar ( que por opção foi apenas fruta) chegou, acompanhado pela mulher, o médico que operou a minha cunhada, É o maior amigo de um dos meus sobrinhos (que vive em Santos) e tem uma consideração enorme pelo meu irmão e pela minha cunhada.
Juntos fomos de novo à feirinha para eles comprarem pamonha.
Aproveitando uma oportunidade em que o meu irmão se afastou, perguntei-lhe pelo seu estado de saúde e ele confirmou o que já sabia. É grave mas ele vai disfarçando, inclusive as dores que por vezes o atormentam. Terminou dizendo Mas hoje não pensemos nisso. Ele está feliz...
A minha cunhada foi deitar-se e nós ficámos ainda algum tempo à conversa. Tínhamos intenção de ver um filme( é o hobby do meu irmão todas as noites) e eu até já tinha escolhido "O piano" um dos inúmeros vídeos da sua coleção. Mas ficámos à conversa longo tempo e eu acabei por me ir deitar.
Antes da partida tirámos umas fotos à porta de casa(irmão, cunhada, sobrinho Ricardo, sobrinha Marisa)
Parti com o coração apertado mas, apesar de tudo, feliz pelo reencontro.
Um belo texto sobre a vinda da senhora ao Brasil para nos visitar...
ResponderEliminarDeixou saudades...
Olá querido sobrinho.
ResponderEliminarTambém eu estou com saudades. Passou depressa. E a tua saúde? Cuida-te, por favor.
Cá estamos à espera de uma nova visita tua
Ab
Tia