Dedico-o essencialmente aos mais novos mas todos serão bem vindos, muito em particular pais, avós, encarregados de educação, educadores ...
terça-feira, 14 de julho de 2015
Os vampiros
Em em 29 de Janeiro de 1983, no Coliseu, José Afonso dava o seu último concerto
Estava hoje a ouvi-lo pela enésima vez e quando ecoaram Os Vampiros, lembrei-me de imediato de um texto que acabara de ler na NET e que deixo a seguir
“Afinal o eurogrupo é um grupo sem existência legal que tem
o maior poder para determinar as vidas dos europeus. Não presta contas a
ninguém, dado que não existe na lei; não há minutas das reuniões; e é
confidencial. Por isso nenhum cidadão sabe o que lá é dito… São decisões quase
de vida ou morte e nenhum membro tem de prestar contas a ninguém” revela Varoufakis
Na primeira entrevista após deixar o
Ministério das Finanças, Varoufakis revela que defendeu a emissão de moeda
alternativa como resposta à asfixia dos bancos, fala da “completa falta de
escrúpulos democráticos por parte dos supostos defensores da democracia na
Europa” e acusa os governos de Portugal e Espanha se serem “os mais enérgicos
inimigos do nosso governo”.
“Desde o início, esses países [os mais
endividados] deixaram bem claro que eram os mais enérgicos inimigos do nosso
governo(…). E claro que a razão era que o seu maior pesadelo era o nosso
sucesso: se conseguíssemos um acordo melhor para a Grécia, isso iria
obliterá-los politicamente, teriam de responder aos seus povos porque não
tinham negociado como nós fizemos”, responde Varoufakis na entrevista à New
Statesman.
O ambiente no Eurogrupo é um dos temas mais
tratados na entrevista e é definido assim pelo antigo ministro das Finanças
grego: “Aquilo é como uma orquestra bem afinada e Schäuble é o maestro. Tudo
segue a sua pauta”. Para Varoufakis, apenas o ministro francês sai do tom, mas
de forma “muito subtil”, parecendo que não se está a opor ao homólogo alemão.
Mas no fim, quando o Dr. Schäuble responde a definir a linha oficial, o
ministro das Finanças francês acaba sempre por aceitar”, explica.
Varoufakis explica também o episódio da sua
“expulsão” da reunião do Eurogrupo em junho. Quando chamou a atenção de
Dijsselbloem que as declarações do Eurogrupo têm de ser aprovadas por
unanimidade e que ele não pode convocar uma reunião excluindo um dos membros,
“ele disse: Tenho a certeza de que posso. Então pedi um parecer legal. Isso
criou alguma confusão. A reunião parou cinco ou dez minutos, os funcionários
falavam uns com os outros ao telefone e acabou por chegar um responsável dos
assuntos legais ao pé de mim a dizer-me isto: Bom, o Eurogrupo não tem
existência legal, não há nenhum tratado que tenha previsto este grupo”.
“Eurogrupo toma decisões quase de vida ou
morte e nenhum membro tem de prestar contas a ninguém”
“Afinal o que temos é um grupo inexistente
que tem o maior poder para determinar as vidas dos europeus. Não presta contas
a ninguém, dado que não existe na lei; não há minutas das reuniões; e é
confidencial. Por isso nenhum cidadão sabe o que lá é dito… São decisões quase
de vida ou morte e nenhum membro tem de prestar contas a ninguém”, prossegue
Varoufakis.
Quando falava nas reuniões, com argumentos
económicos preparados, “as pessoas ficavam a olhar para mim, como se não
tivesse falado (…) Bem podia estar ali a cantar o hino da Suécia que ia receber
a mesma resposta (…) Nem sequer havia mal-estar, era como se ninguém tivesse
dito nada”, revela Varoufakis.
O que mais impressionou Varoufakis nas
reuniões a que assistiu foi a “completa ausência de qualquer escrúpulo
democrático por parte dos supostos defensores da democracia”. O ex-ministro dá
um exemplo: “Ter várias figuras muito poderosas a olharem-me nos olhos e
dizerem ‘Você até tem razão no que está a dizer, mas vamos esmagar-vos à
mesma’”.
Proposta de emitir moeda paralela, tomar posse
do banco central e cortar dívida ao BCE foi a derrota que o levou a sair do
governo
Varoufakis fala também pela primeira vez da
derrota política que o levou a sair do governo. Segundo a versão do
ex-ministro, propôs ao governo um plano com três ações caso o BCE obrigasse ao
encerramento dos bancos: a emissão (ou o anúncio) de uma moeda paralela (uma
promessa de dívida conhecida como IOU), o corte na dívida detida pelo BCE desde
2012 e tomar o controlo do Banco da Grécia. “Perdi por seis contra dois”, diz
Varoufakis, que voltou a insistir no plano na noite da vitória do OXI.
Mas o governo tinha outros planos, segundo
Varoufakis, que levaria a “mais concessões ao outro lado: a reunião dos líderes
partidários, com o nosso primeiro-ministro a aceitar a premissa de que o que
quer que aconteça, o que quer que o outro lado faça, nunca vamos responder de
forma desafiante. E basicamente isso significa desistir… deixa-se de negociar”.
Termino com um cartoon de André Carrilho, publicado na Diário de Notícias “Ajuda à Grécia”
Olha, regina, não acredito em nada do que o sr. Varoufakis diz. Ele e o Tsipras são os maiores inimigos do seu povo. Chamar vampiro à Alemanha é um pouco demais. É um povo inteligente, superior em muitas coisas, que já contribuiu para o bem estar dos outros países, incluindo Portugal. Faz-me lembrar a história do aluno sobredotado que é odiado pelos colegas só porque é bom. Boas férias!
Até 10 de Janeiro de 2010 esteve patente na Casa da Cultura Manuel Lueiro, em O Grove, Galiza, uma exposição de trabalhos de alunos da galeria Utopia .
Participei com os dois trabalhos anexos; no dia da inauguração tive a agradável surpresa de ver que o cartaz (1mx2m) que anuncia a exposição foi construído com a imagem do 2º quadro.
Quadros na exposição em Grove
Imagem que figura no cartaz
cartaz da exposição em Grove
Livros que publiquei ou em que participei por convite
Livros que publiquei ou em que participei por convite
Há ciência e poesia nas coisas do dia a dia
Tamanho XXS
Quando o mistério se dilui na penumbra
Para mais tarde recordar
Requiem pelo planeta azul
quando o mel escorre nas searas
revista Philos 2017
revista Philos 2014
O bosão do João
Sete Luas
Ciência para meninos em poemas pequeninos
Terras de cieiro
Entre margens
Pelo sistema solar vamos todos viajar..
Ciência para meninos em poemas pequeninos
Breve história da Química
Era uma vez...
Magnetismo...
Reflexões...
Estórias....
Se eu não fosse....
Um poema para Fiama
Os dias do Amor
Uma viagem para Pasárgada
Cancioneiro Infanto- Juvenil...
Fiat Lux
O amor em visita
A Terra de Duas Línguas II.Antologia de Autores Transmontanos
Por longos dias, longos anos, fui silêncio
antologia
Entre o sono e o sonho
Textos on-line
Estão disponíveis on-line: -Magnetismo Terrestre (livro de poesia) -Reflexões e Interferências (livro de poesia) -Estórias com sabor a nordeste (livro de ficção) -Einstein (poema) -Se eu não fosse professora de Física. Algumas reflexões sobre práticas lectivas(didáctica) -Vou-me embora para Pasárgada (conto)
Como todos nós, feita de pó de estrelas, estou apenas de passagem nesta fantástica viagem desde um passado remoto até um futuro ignoto.
(Para saber mais consultar a página CV)
Olha, regina, não acredito em nada do que o sr. Varoufakis diz. Ele e o Tsipras são os maiores inimigos do seu povo. Chamar vampiro à Alemanha é um pouco demais. É um povo inteligente, superior em muitas coisas, que já contribuiu para o bem estar dos outros países, incluindo Portugal. Faz-me lembrar a história do aluno sobredotado que é odiado pelos colegas só porque é bom.
ResponderEliminarBoas férias!
Virgínia, atrasada, atrasadíssima mas ainda vou a tempo de concordar EM ABSOLUTO com tudo o que escreveu!
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