terça-feira, 1 de julho de 2014
A semana que passou...
A semana que passou
foi rica de emoções
Com os netos de
férias, havia que pensar em actividades para todos. Na segunda feira começámos
o dia com uma visita à cascata que os
Bombeiros Sapadores (meus vizinhos...)
montaram este ano, pela 1ª vez. Estava bastante interessante pelo que
todos gostaram muito, essencialmente o Bernardo que tem 5 anos.
Vieram cheios de
ideias para a nossa cascata que este ano esteve um pouco mais rica que em anos
anteriores.
Mas os festejos foram
mais pobres...Habitualmente somos mais
de vinte pessoas mas como o tempo estava muito fraco, previmos que não
poderíamos fazer os festejos no quintal pelo que estávamos apenas nós, filhos,
netos e os pais de uma das minhas noras.
Assámos as sardinhas
no quintal mas tivemos que as comer dentro de casa, concretamente em casa do meu filho
Miguel, meu vizinho...
Fiz o caldo verde e
deixei-o em minha casa para levar só no fim da sardinhada.
Contrariamente ao
habitual as sardinhas eram fracas, muito secas e o caldo verde ficou em minha
casa porque nunca mais nos lembrámos dele...
Mas a alegria,
particularmente dos mais novos, fez
esquecer todos os fracassos.
No dia seguinte e
como é habitual, almoçámos todos em minha casa.
Não foi o habitual anho mas cachupa, um prato de que todos gostamos
muito e que comi pela primeira vez na Guiné em 1969. Leva anho, galinha, porco,
vitela, milho, feijão, couve, cenoura...
Ao jantar ficámos nós,
o meu filho mais novo e os filhos (a minha nora, investigadora, está na
Argentina onde vai ficar até setembro).
Como o meu neto José mudou
de escola no 3º período ainda não consolidou amizades fortes como algumas que
tinha na escola anterior. Por isso decidi convidar dois dos novos colegas,
aqueles com quem se entende melhor.
No dia 24 o José
dormiu cá pois o colega David vinha passar o dia seguinte com ele e chegava às
8 da manhã. Ao José disse que chegaria só às 10 pois, caso contrário, acordaria
muito cedo com a excitação da vinda.
Jogaram à bola, foram
à piscina, fizeram passatempos em inglês e jogaram à caça ao tesouro que é uma
brincadeira de que as crianças gostam imenso e que eu já fazia com os meus
filhos.
Começámos por
procurar o primeiro tesouro (havia um tesouro para cada um). As pistas eram em
inglês.
Suponhamos que a
primeira pista era book. Tinham que procurar e encontrar num livro, a indicação
de uma outra pista.
Suponhamos que a nova
pista era dog. Teriam que encontrar um
cão de peluche onde estava escondida a pista. E assim por diante até
encontrarem o tesouro.
O David delirou e
quis de imediato jogar de novo. Mas entretanto eram horas de almoçar.
À tarde fizeram de
novo a caça ao tesouro, jogaram à bola e foram mais uma vez à piscina. O pai do menino veio
buscá-lo às 19,30. Não queria ir embora. Ficou a promessa que virá de novo.
Os meus netos do lado
não estiveram; foram passar o dia a casa dos outros avós. À noite veio o meu
filho mais novo e jantámos os cinco. O José, muito excitado, queria contar
todas as novidades do dia.
Quando foram embora
liguei o computador e tive uma agradável surpresa. Aqui vai...
NOVA EDIÇÃO DE "CIÊNCIA PARA MENINOS EM
POEMAS PEQUENINOS"
Regina Gouveia foi professora de Físico-Química,
deixou uma obra pedagógica notável, e está agora aposentada. É a autora do
blogue “Do Caos ao Cosmos” http://docaosaocosmos.blogspot.pt/ Gosta de escrever
poesia de base científica (um pouco à maneira de António Gedeão, o pseudónimo
poético de Rómulo de Carvalho, também ele professor de Físico-Química numa
escola secundária). Alguns desses poemas dirigem-se aos mais pequenos. É o caso
de Era Uma Vez…
Ciência e Poesia no Reino da Fantasia, Palavras
& Rimas (2013), recomendado para o 2.º ano pelo Plano Nacional de Leitura,
Breve História da Química, 7 Dias 6 Noites (2011), que saiu
no Ano Internacional da Química, e Pelo Sistema Solar Vamos Todos
Viajar, Editora Gatafunho (2010). Agora, na Primavera
de 2014, saiu, finalmente numa grande editora (a Porto Editora), com capas
duras e excelente aspecto gráfico uma das suas colecções de poemas infantis:
“Ciência para meninos em poemas pequeninos”, com ilustrações do filho Nuno
Gouveia, tal como tinha já acontecido com alguns livros anteriores. Contém um
poema por página, em letra gorda, sempre com bonitas ilustrações alusivas. Quem
quiser ler um poema ilustrado, pode ler este sobre a “Chuva”: http://recursos.wook.pt/recurso?&id=9644999
É um livro encantador onde se pode aprender, em tenra
idade, alguma ciência com a sensibilidade e a imaginação que só a poesia
podem proporcionar. De facto, este livro já tinha saído em 2010 numa edição de
capa mole na editora Ana Paula Faria (colecção Ciência e Poesia de
Mãos Dadas). Mas a nova edição de capa dura e formato maior
(distingue-se nas livrarias por ter um buraco no meio da capa com a palavra
“Histórias” desenhada), além de chegar a faixas maiores do mercado, foi feita
para durar. Servindo-se dela professores e pais podem mostrar aos pequeninos
que ciência e poesia são aliadas na busca do conhecimento.
- Regina Gouveia, “Ciência para meninos em poemas
pequeninos”, ilustrações de Nuno Gouveia, Porto Editora, 2014.
Obrigada Professor Fiolhais.
Na quinta feira a Rita teve um convite para
passar a tarde com uma colega e a pequenina foi para o infantário. Ficaram os
dois rapazes que, apesar da diferença de idades (um tem 5 anos, o outro vai
fazer 9) são inseparáveis. O Bernardo sozinho é muito tranquilo, mas com o primo
fica quase tão irrequieto como ele..
Por isso, programei para a tarde uma
saída. Fomos de autocarro (algo a que o
Bernardo não está habituado e por isso adora) até à reitoria (antiga faculdade
de ciências) visitar duas exposições. Uma delas, "INAUDITO - A AVENTURA DE
OUVIR" e a outra EVOLUÇÃO DA VIDA NA TERRA onde, recorrendo
a fósseis e fragmentos de rochas e meteoritos, se propõe aos visitantes uma
"aula" prática sobre a evolução do nosso planeta.
Como o Bernardo adora animais ainda pôde
ver alguns embalsamados no átrio do Museu de Zoologia, que está fechado para
obras, devendo reabrir em 2015.
Quando convidei o David convidei também uma
menina, Catarina, que na altura não se
mostrou muito entusiasmada mas, na 5ª feira ao fim da tarde, ligou a perguntar
se poderia vir no dia seguinte depois de almoço.
Ao fim do dia o pai do José veio buscá-lo e trouxe a mais
pequenina, Marta. Jantaram todos e foram embora.
Fiquei de ir buscar o José
no dia seguinte por volta das 9h.
Mas dia 26, quinta feira, foi também o dia em que Portugal se viu afastado do Mundial. Não gosto de futebol mas gostaria que
Portugal tivesse passado...
Na sexta feira fui buscar o José e
lembrei-me de passar pelo café dos pais da Catarina, onde ela costuma estar. Se
ela quisesse poderia ir passar todo o dia e não apenas a tarde. Aceitou o
convite. Chegados a casa fomos buscar o Bernardo, que estava na casa ao lado, com
a empregada. A Rita ainda dormia.
Como a Catarina mostrou vontade de ver a
cascata dos bombeiros fomos visitá-la mais uma vez. O Bernardo ficou delirante.
À saída perguntou ao bombeiro que nos atendeu: Eu posso vir todos os dias ver a
cascata?
Com a Catarina o programa foi idêntico ao
que usara com o David. Como não sabe nadar, a piscina foi substituída por
jogos. Mas do que ela gostou mesmo foi da caça ao tesouro de que fizemos três
edições...
No sábado a Marta foi ao aniversário da
maior amiga, Ariadne, uma colega do infantário. A mãe é mexicana e o pai inglês,
astrofísico.Está envolvido num projeto de investigação na Faculdade de
Ciências. Eu e o José fomos levar a Marta(o meu filho, que pratica atletismo, tinha
um campeonato nesse dia)
Enquanto decorria a festa fui dar uma volta com o José. Como a menina mora na
Rua Miguel Bombarda, fomos ao centro comercial que ali existe.
Estava em festa.
Havia bebidas, bolinhos,
etc. Comemos uns brigadeiros de laranja, deliciosos.
No fim fomos buscar a Marta e o José ainda
brincou um bocadinho com as pequeninas (eram só meninas). O casal é muito
simpático e fizeram questão que provássemos alguma coisa. Comi uma fatia de tarte
de limão, muito boa.
Regressámos a casa e jantámos quando o meu
filho chegou do campeonato.
Quando foram embora sentei-me a ouvir Impromptu nº 3 de Schubert
Foi uma semana um pouco cansativa mas a alegria superou o cansaço.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Olá Regina
ResponderEliminarPerante este seu extraordinário post, fico sem palavras para fazer qualquer comentário. Apenas repito o que já sabe. Admiro-a muitíssimo. É difícil reunir uma diversidade tão grande de aptidões. Que sorte eu tive em conhecê-la na UPP!!!!!
Um grande beijo de muita amizade e admiração.
Se a Graciete teve sorte em conhecer-me na UPP eu tive muita sorte em conhecê-la a si, uma mulher firme, lutadora, persistente, amiga...
EliminarUm grande abraço
Regina
Admiro-me com a tua energia e capacidade de desenvolver actividades pafra todas as idades. Não tenho essas forças e quando estou com os meus netos, facilmente me canso. Felizmente eles têm os outros avós que são mais novos uns anos do que eu e conseguem dar a mão aos meus filhos quando precisam. Também têm muitas actividades fora, como a Pauta, o Silva Monteiro, o Trekku, o FC Foz, etc. Nunca estão sem fazer nada e até acho mal...gostam muito de ler e em casa como não têm TV lêem bastante e fazem música juntos.
ResponderEliminarJá só vou ter mais um mês com eles antes de irem todos para a Califórnia. Vou procurar estar com eles, mas com calma, pois o meu joelho não me permite grandes veleidades, nem correrias :)
Ainda bem que o teu livro está a ter a valorização que merece. Bjinhos
As minhas energias agora andam um pouco por baixo.
ResponderEliminarEste problema da garganta que tenho desde criança, agora tem-me incomodado com demasiada frequência.
Mas, como diz o nosso povo, não há mal que sempre dure...
E quanto a ti, compreendo perfeitamente essa angústia por antecipação mas hoje não há distâncias
e como em tempos te disse, quando te sentires mais em baixo, sabes que podes contar com muitos amigos
Um gd abraço
Regina
Vou mesmo ter de conviver mais para não me sentir tão só. O skype e os emails encurtam as distâncias mas não substituem os carinhos, os beijos, os miminhos que as crianças nos dão nesta idade. A presença quase silenciosa da Luisa também me fará muita falta e é talvez o que mais me aflige. Irei a Leeds, mas não é o mesmo, as noites vão me parecer muito escuras e longas....
ResponderEliminarObrigada pelo teu apoio.
Bjinho e bom fim de semana!