Bem-vindo, bienvenido, bienvenu, benvenuto, welcome....


Silêncio cósmico

Pudera eu regressar ao silêncio infinito,

ao cosmos de onde vim.

No espaço interestelar, vazio, negro, frio,

havia de soltar um grito bem profundo

e assim exorcizar todas as dores do mundo.

Regina Gouveia

NOVO BLOGUE

Retomei o blogue que já não usava há anos.

https://reflexoeseinterferncias.blogspot.com/

Dedico-o essencialmente aos mais novos mas todos serão bem vindos, muito em particular pais, avós, encarregados de educação, educadores ...


quinta-feira, 5 de maio de 2011

Serenata de Schubert

Há dias, no Coro Vivacidade  de que faço parte, falou-se na Serenata de Schubert. A minha mãe que, tinha uma fabulosa voz de soprano, no Brasil era solista num coro. Eu cresci ao som da música: essencialmente árias de ópera, canções napolitanas e outras. Uma das que mais gostava de ouvir era a Serenata de Schubert, com a letra que ainda recordo. Na conversa referida, ninguém conhecia esta letra. Fui procurá-la na NET. Encontrei outras, mas esta não. Aqui a deixo e espero que a memória não me traia.
Num ninho quente

as aves arrulham

ensinado a amar

Também eu quero,

o meu doce amor

ao teu ouvido segredar.

Vem não tardes meu amor,

Pois todos dormem já,

todos dormem já.

Mas a brisa carinhosa

nos protegerá,

nos protegerá.

Vem atende ao meu chamado,

tudo me prediz,

que tão somente a teu lado

eu posso ser feliz

eu posso ser feliz.

Posso ser feliz


Agora, em alemão na voz de Nana Mouskouri

Leise flehen meine Lieder

durch die Nacht zu dir;

in den stillen Hain hernieder,

Liebchen, komm zu mir!



Flüsternd schlanke Wipfel rauschen

in des Mondes Licht, in des Mondes Licht;

des Verräters feindlich Lauschen

fürchte, Holde, nicht, fürchte, Holde, nicht.



Hörst die Nachtigallen schlagen?

ach! sie flehen Dich,

mit der Töne süssen Klagen

flehen sie für mich!



Sie versteh'n des Busens Sehnen,

kennen Liebesschmerz, kennen Liebesschmerz

rühren mit den Silbertönen

jedes weiche Herz, jedes weiche Herz.



Lass auch dir die Brust bewegen,

Liebchen, höre mich !

bebend harr' ich dir entgegen !

komm, beglücke mich !

komm, beglücke mich, beglücke mich !

4 comentários:

  1. Lembro-me da minha irmã Guida tocar esta serenata, muto pequena ainda. Era uma melodia fácil, vienense,uma valsa...e entrava bem no ouvido. Há muitas peças que me lembram a minha infancia pois éramos seis a tocar piano e a professora levava umas partituras de peças simplificadas que nos conseguíamos tocar para além dos Bach e Schmoll ou Heller.
    Toquei a Marcha da Aida, a Dança Hungara de Brahms, a Dança de Anithra de Grieg, assim simplficadas e ainda hoje quando as oiço me recordam a casa do Restelo, a sala do piano e... nós , uma família enorme... como no Sound of Music:)))

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  2. Quando era pequena também toquei a Serenata de Schubert. Depois os programas das matérias escolares começaram a intensificar-se e eu, como era boa aluna, deixei a música para me dedicar ao estudo.
    Hoje sinto muito não ter conciliado o liceu com as aulas de piano.
    Tocar piano seria, provavelmente, uma compensação para alguns desgostos que foram surgindo.
    Mas continuo a gostar muito de música e um dos instrumentos musicais que mais aprecio é o piano.

    Um beijo.

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  3. Eu também tive lições de piano mas comecei aos 14 anos, quando apareceu uma professora em Bragança- era a D. Maria Teresa, esposa do Reitor Manuel Lopes da Silva. Ambos tinham feito o conservatório; ela tinha o curso de piano e ele, que era um melómano, de violino. Tentou criar o gosto pela música nos alunos e aos sábados de tarde havia umas sessões na Pousada. Para a maior parte dos colegas era "uma seca" mas eu, que já tinha o ouvido habituado àquele género de música, gostava muito.
    Comecei tarde, não tinha piano e era preguiçosa.
    Hoje tenho piano, que o meu marido herdou da avó materna, mas não toco, finjo que toco.
    Um ab
    Regina

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  4. Devo confessar que as lições de piano dos 6 aos 10 anos eram um suplício para mim. Era muito irrequieta e só gostava de andar pelo jardim a fazer pinos (!!!) de cabeça para baixo, a andar de baloiço a à velocidade da luz ou de patins e trotineta, que foram prendas do meu Padrinho, que nunca mais esqueci. O piano era uma obrigação, a professora D. Fernanda, muito reboluda e faladora, aborrecia-se quando não estudávamos, enfim, quando pude desisti. Gostava mais de ler....

    O meu filho João toca muito bem e consegue tirar tudo de ouvido e à primeira vista, o que faz o gáudio de qualquer amante de música. desde soundtracks de musicais, até melodias da Queima das Fitas, sonatas de Beethoven, que ele anda a aperfeiçoar, etc, consegue tocar bem. Tinha um piano alemão que viera de Lisboa para a minha antiga casa por um preço louco, mas há um ano teve de o dar pois estava completamente carcomido e não valia o arranjo. Agora tem um Yamaha de que gosta muito.
    Daqui a uma semana o meu neto Daniel vai com a Pauta tocar em Chicago. É uma aventura, a que infelizmente não podemos ir, só o Pai estará presente. Viva a Música!

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