sábado, 22 de maio de 2010
Minha pátria é a língua portuguesa- Parte 3
Regresso à oficina de leitura “Minha Pátria é a Língua Portuguesa” refreindo hoje os autores que foram abordados e que ainda falatava referir
Começo com António Gedeão. António Gedeão, pseudónimo de Rómulo de Carvalho, é um dos meus poetas preferidos. Comecei por conhecer Rómulo de Carvalho através de um livro de Química, no Liceu. Só mais tarde viria a conhecer António Gedeão.
Conheci pessoalmente Rómulo de Carvalho quando fiz estágio, tinha eu 25 anos. Passados dois anos, já como orientadora de estágio, estivemos ambos presentes em várias reuniões. Em 2006, centenário do seu nascimento, foram-lhe prestadas, postumamente, inúmeras homenagens. Estive envolvida em algumas nomeadamente no Colóquio Internacional “António Gedeão e Rómulo de Carvalho. Novos poemas para o homem novo” que decorreu no ISMAI. Aí proferi a comunicação “António Gedeão e a Ciência. Rómulo de Carvalho e a Poesia” que se encontra publicada no livro de Actas do referido Colóquio.
Transcrevo o resumo que na altura apresentei.
António Gedeão e a Ciência. Rómulo de Carvalho e a Poesia.
Rómulo de Carvalho aprendeu de Gedeão o gosto pelos objectos simples, pela história singelamente contada, pela experiência quotidiana. Quanto a Gedeão, penso nele como companheiro de carteira de Rómulo na aprendizagem interior do espírito da Física, cedo feita de ensinar os outros (Mariano Gago)
Neste excerto do prefácio de “A Física no Dia a Dia”de Rómulo de Carvalho, Mariano Gago denuncia uma cumplicidade entre António Gedeão e Rómulo de Carvalho, cumplicidade essa que emerge em muitos dos seus poemas quer quando nos situa no tempo e no espaço (Máquina do mundo, Poema das mãos frias) quer quando assume mais explicitamente a sua vertente de professor (Lição sobre a água, Poema do coração).
Qual deles (Rómulo ou Gedeão) poderemos responsabilizar por estar sempre atento a uma evolução pluridimensional do mundo que disseca e /ou denuncia como, por exemplo, em Poema para Galileu, Lágrima de preta, Poema do eterno retorno, Poema do ser ou não ser, Poema do homem novo, Pedra Filosofal? A resposta só poderá ser, ambos.
Gedeão não existiria sem Rómulo e Rómulo seria inevitavelmente um outro, sem Gedeão.
Um dos poemas que apresentámos foi precisamente o poema para Galileu, na voz de Mário Viegas
Apresentámos também o poema da morte na estrada, um dos poemas que consta num CD com poemas ditos pelo autor, CD esse que gentilmente me foi oferecido pelo filho, Dr. Frederico Carvalho.
Não sei colocá-lo no Blog: tenho pena, mas deixo-vos com o poema escrito
Poema da Morte na Estrada
Na berma da estrada, nuns quinhentos metros,
estão quinhentos mortos com os olhos abertos.
A morte, num sopro, colheu-os aos molhos.
Nem tiveram tempo para fechar os olhos.
Eles bem sabiam dos bancos da escola
como os homens dignos sucumbem na guerra.
Lá saber, sabiam.
A mão firme empunhando a espada ou a pistola,
morrendo sem ceder nem um palmo de terra.
Pois é.
Mas veio de lá a bomba, fulgurante como mil sóis,
não lhes deu tempo para serem heróis.
Eles bem sabiam que o último pensamento
devia estar reservado para a pátria amada.
Lá saber, sabiam.
Mas veio de lá a bomba e destruiu tudo num só momento.
Não lhes deu tempo para pensar em nada.
Agora,
na berma da estrada, nuns quinhentos metros,
são quinhentos mortos com os olhos abertos.
António Gedeão, in 'Linhas de Força'
Apar da análise de poemas a reflectimos sobre outros textos nomeadamente
Gedeão visto por Urbano Tavares Rodrigues
Analisámos também alguns excertos de uma entrevista concedida a Maria Augusta Silva e publicada em Poetas Visitados, edições Caixotim, e um texto de João Mancelos António Gedeão e Eugénio de Andrade: Viagens pela Urbe Babilónica, onde o autor se refere a reflexões dos dois autores sobre a cidade partindo de Esta é a Cidade de António Gedeão e As Palavras Interditas de Eugénio de
Andrade, textos anexos
Esta é a Cidade
Esta é a Cidade, e é bela.
Pela ocular da janela
foco o sémen da rua.
Um formigueiro se agita,
se esgueira, freme, crepita,
ziguezagueia e flutua.
Freme como a sede bebe
numa avidez de garganta,
como um cavalo se espanta
ou como um ventre concebe.
Treme e freme, freme e treme,
friorento voo de libélula
sobre o charco imundo e estreme.
Barco de incógnito leme
cada homem, cada célula.
É como um tecido orgânico
que não seca nem coagula,
que a si mesmo se estimula
e vai, num medido pânico.
Aperfeiçoo a focagem.
Olho imagem por imagem
numa comoção crescente.
Enchem-se-me os olhos de água.
Tanto sonho! Tanta mágoa!
Tanta coisa! Tanta gente!
São automóveis, lambretas,
motos, vespas, bicicletas,
carros, carrinhos, carretas,
e gente, sempre mais gente,
gente, gente, gente, gente,
num tumulto permanente
que não cansa nem descança,
um rio que no mar se lança
em caudalosa corrente.
Tanto sonho! Tanta esperança!
Tanta mágoa! Tanta gente!
As Palavras Interditas
Os navios existem e existe o teu rosto
encostado ao rosto dos navios.
Sem nenhum destino flutuam nas cidades,
partem no vento, regressam nos rios.
Na areia branca, onde o tempo começa,
uma criança passa de costas para o mar.
Anoitece. Não há dúvida, anoitece.
É preciso partir, é preciso ficar.
Os hospitais cobrem-se de cinza.
Ondas de sombra quebram nas esquinas.
Amo-te... E abrem-se janelas
mostrando a brancura das cortinas.
As palavras que te envio são interditas
até, meu amor, pelo halo das searas;
se alguma regressasse, nem já reconhecia
o teu nome nas minhas curvas claras.
Dói-me esta água, este ar que se respira,
dói-me esta solidão de pedra escura,
e estas mãos nocturnas onde aperto
os meus dias quebrados na cintura.
E a noite cresce apaixonadamente.
Nas suas margens vivas, desenhadas,
cada homem tem apenas para dar
um horizonte de cidades bombardeadas.
De Eugénio de Andrade foram lidos alguns poemas, nomeadamente o poema à Mãe, dito por Nuno Miguel Henriques e
As palavras
São como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.
Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as águas estremecem.
Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas são de luz
e são a noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.
Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,
cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?
Falámos ainda de outros autores, Ana Luísa Amaral, Carloz Vaz, Mia Couto, Rosa Lobato faria
Deixo-vos com alguns textos e entrevistas que apresentámos
Ana Luísa Amaral
Visitações, ou o poema que se diz manso
De mansinho ela entrou, a minha filha.
A madrugada entrava como ela, mas não
tão de mansinho. Os pés descalços,
de ruído menor que o do meu lápis
e um riso bem maior que o dos meus versos.
Sentou-se no meu colo, de mansinho.
O poema invadia como ela, mas não
tão mansamente, não com esta exigência
tão mansinha. Como um ladrão furtivo,
a minha filha roubou-me a inspiração,
versos quase chegados, quase meus.
E mansamente aqui adormeceu,
feliz pelo seu crime.
Ana Luísa Amaral
Carlos Vaz
Alguns textos
Quero um doce –pediu o menino ao deitar-se, o pai tirou do bolso um chocolate, devidamente encenado para a ocasião, mas o menino não o quis.
Quero um doce -repetiu esfomeado, o pai foi buscar uma bolacha que o menino se aprontou a rejeitar.
Quero um doce- disse, e o pai contou-lhe a graciosa história de Hansel &Gretel e o menino acabou por adormecer de barriga cheia
Mia Couto
O homem da rua ( in Contos do nascer da Terra de Mia Couto )
Rosa Lobato Faria
Da autora lemos o conto "Um segredo" publicado em "Os linhos da Avó”e a autobiografia
Começo com António Gedeão. António Gedeão, pseudónimo de Rómulo de Carvalho, é um dos meus poetas preferidos. Comecei por conhecer Rómulo de Carvalho através de um livro de Química, no Liceu. Só mais tarde viria a conhecer António Gedeão.
Conheci pessoalmente Rómulo de Carvalho quando fiz estágio, tinha eu 25 anos. Passados dois anos, já como orientadora de estágio, estivemos ambos presentes em várias reuniões. Em 2006, centenário do seu nascimento, foram-lhe prestadas, postumamente, inúmeras homenagens. Estive envolvida em algumas nomeadamente no Colóquio Internacional “António Gedeão e Rómulo de Carvalho. Novos poemas para o homem novo” que decorreu no ISMAI. Aí proferi a comunicação “António Gedeão e a Ciência. Rómulo de Carvalho e a Poesia” que se encontra publicada no livro de Actas do referido Colóquio.
Transcrevo o resumo que na altura apresentei.
António Gedeão e a Ciência. Rómulo de Carvalho e a Poesia.
Rómulo de Carvalho aprendeu de Gedeão o gosto pelos objectos simples, pela história singelamente contada, pela experiência quotidiana. Quanto a Gedeão, penso nele como companheiro de carteira de Rómulo na aprendizagem interior do espírito da Física, cedo feita de ensinar os outros (Mariano Gago)
Neste excerto do prefácio de “A Física no Dia a Dia”de Rómulo de Carvalho, Mariano Gago denuncia uma cumplicidade entre António Gedeão e Rómulo de Carvalho, cumplicidade essa que emerge em muitos dos seus poemas quer quando nos situa no tempo e no espaço (Máquina do mundo, Poema das mãos frias) quer quando assume mais explicitamente a sua vertente de professor (Lição sobre a água, Poema do coração).
Qual deles (Rómulo ou Gedeão) poderemos responsabilizar por estar sempre atento a uma evolução pluridimensional do mundo que disseca e /ou denuncia como, por exemplo, em Poema para Galileu, Lágrima de preta, Poema do eterno retorno, Poema do ser ou não ser, Poema do homem novo, Pedra Filosofal? A resposta só poderá ser, ambos.
Gedeão não existiria sem Rómulo e Rómulo seria inevitavelmente um outro, sem Gedeão.
Um dos poemas que apresentámos foi precisamente o poema para Galileu, na voz de Mário Viegas
Apresentámos também o poema da morte na estrada, um dos poemas que consta num CD com poemas ditos pelo autor, CD esse que gentilmente me foi oferecido pelo filho, Dr. Frederico Carvalho.
Não sei colocá-lo no Blog: tenho pena, mas deixo-vos com o poema escrito
Poema da Morte na Estrada
Na berma da estrada, nuns quinhentos metros,
estão quinhentos mortos com os olhos abertos.
A morte, num sopro, colheu-os aos molhos.
Nem tiveram tempo para fechar os olhos.
Eles bem sabiam dos bancos da escola
como os homens dignos sucumbem na guerra.
Lá saber, sabiam.
A mão firme empunhando a espada ou a pistola,
morrendo sem ceder nem um palmo de terra.
Pois é.
Mas veio de lá a bomba, fulgurante como mil sóis,
não lhes deu tempo para serem heróis.
Eles bem sabiam que o último pensamento
devia estar reservado para a pátria amada.
Lá saber, sabiam.
Mas veio de lá a bomba e destruiu tudo num só momento.
Não lhes deu tempo para pensar em nada.
Agora,
na berma da estrada, nuns quinhentos metros,
são quinhentos mortos com os olhos abertos.
António Gedeão, in 'Linhas de Força'
Apar da análise de poemas a reflectimos sobre outros textos nomeadamente
Gedeão visto por Urbano Tavares Rodrigues
Analisámos também alguns excertos de uma entrevista concedida a Maria Augusta Silva e publicada em Poetas Visitados, edições Caixotim, e um texto de João Mancelos António Gedeão e Eugénio de Andrade: Viagens pela Urbe Babilónica, onde o autor se refere a reflexões dos dois autores sobre a cidade partindo de Esta é a Cidade de António Gedeão e As Palavras Interditas de Eugénio de
Andrade, textos anexos
Esta é a Cidade
Esta é a Cidade, e é bela.
Pela ocular da janela
foco o sémen da rua.
Um formigueiro se agita,
se esgueira, freme, crepita,
ziguezagueia e flutua.
Freme como a sede bebe
numa avidez de garganta,
como um cavalo se espanta
ou como um ventre concebe.
Treme e freme, freme e treme,
friorento voo de libélula
sobre o charco imundo e estreme.
Barco de incógnito leme
cada homem, cada célula.
É como um tecido orgânico
que não seca nem coagula,
que a si mesmo se estimula
e vai, num medido pânico.
Aperfeiçoo a focagem.
Olho imagem por imagem
numa comoção crescente.
Enchem-se-me os olhos de água.
Tanto sonho! Tanta mágoa!
Tanta coisa! Tanta gente!
São automóveis, lambretas,
motos, vespas, bicicletas,
carros, carrinhos, carretas,
e gente, sempre mais gente,
gente, gente, gente, gente,
num tumulto permanente
que não cansa nem descança,
um rio que no mar se lança
em caudalosa corrente.
Tanto sonho! Tanta esperança!
Tanta mágoa! Tanta gente!
As Palavras Interditas
Os navios existem e existe o teu rosto
encostado ao rosto dos navios.
Sem nenhum destino flutuam nas cidades,
partem no vento, regressam nos rios.
Na areia branca, onde o tempo começa,
uma criança passa de costas para o mar.
Anoitece. Não há dúvida, anoitece.
É preciso partir, é preciso ficar.
Os hospitais cobrem-se de cinza.
Ondas de sombra quebram nas esquinas.
Amo-te... E abrem-se janelas
mostrando a brancura das cortinas.
As palavras que te envio são interditas
até, meu amor, pelo halo das searas;
se alguma regressasse, nem já reconhecia
o teu nome nas minhas curvas claras.
Dói-me esta água, este ar que se respira,
dói-me esta solidão de pedra escura,
e estas mãos nocturnas onde aperto
os meus dias quebrados na cintura.
E a noite cresce apaixonadamente.
Nas suas margens vivas, desenhadas,
cada homem tem apenas para dar
um horizonte de cidades bombardeadas.
De Eugénio de Andrade foram lidos alguns poemas, nomeadamente o poema à Mãe, dito por Nuno Miguel Henriques e
As palavras
São como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.
Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as águas estremecem.
Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas são de luz
e são a noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.
Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,
cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?
Falámos ainda de outros autores, Ana Luísa Amaral, Carloz Vaz, Mia Couto, Rosa Lobato faria
Deixo-vos com alguns textos e entrevistas que apresentámos
Ana Luísa Amaral
Visitações, ou o poema que se diz manso
De mansinho ela entrou, a minha filha.
A madrugada entrava como ela, mas não
tão de mansinho. Os pés descalços,
de ruído menor que o do meu lápis
e um riso bem maior que o dos meus versos.
Sentou-se no meu colo, de mansinho.
O poema invadia como ela, mas não
tão mansamente, não com esta exigência
tão mansinha. Como um ladrão furtivo,
a minha filha roubou-me a inspiração,
versos quase chegados, quase meus.
E mansamente aqui adormeceu,
feliz pelo seu crime.
Ana Luísa Amaral
Carlos Vaz
Alguns textos
Quero um doce –pediu o menino ao deitar-se, o pai tirou do bolso um chocolate, devidamente encenado para a ocasião, mas o menino não o quis.
Quero um doce -repetiu esfomeado, o pai foi buscar uma bolacha que o menino se aprontou a rejeitar.
Quero um doce- disse, e o pai contou-lhe a graciosa história de Hansel &Gretel e o menino acabou por adormecer de barriga cheia
Mia Couto
O homem da rua ( in Contos do nascer da Terra de Mia Couto )
Rosa Lobato Faria
Da autora lemos o conto "Um segredo" publicado em "Os linhos da Avó”e a autobiografia
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Este post tem de se ler por partes....tal é a riqueza do conteúdo. Quando escreves é assim....longo, intenso e complexo.
ResponderEliminarAntónio Gedeão: expoente máximo da poesia meta+física. Mal eu sabia em 1971 quando fui para o Pedro Nunes que aquele senhor circunspecto, alto e com sorriso meio sedutor era o grande poeta Gedeão. Grande homem, inteligência superior, sensibilidade máxima.
Lobato de Faria: Li As tranças de Inês, um romance muito singular, interessantíssimo e bem engendrado.Uma mulher com personalidade. Que deve fazer falta a muita gente.
Nia Couto: a história de Hansel and Gretel é uma das preferidas dos meus netos, que abominam a bruxa da casinha de chocolate.
Obrigada por este feedback duma experiência que deve ter sido encantadora ( todos gostamos de histórias, poemas e romances....)
Bom fim de semana
V.
Esta experiência para mim foi muito interessante. Aprendi coisas, saí de lá enriquecida. O feed-back dos "alunos" foi bom e a Arminda também gostou
ResponderEliminarQuanto ao Gedeão/Rómulo concordo plenamente contigo. Achei-o uma pessoa muito distante mas eu tinha 24 anos, era muito tímida, adimrava-o imenso, sentia-me tão pequenina junto dele que poderia parecer distanciamento seu o que afinal era timidez minha.
Obrigada pelo teu post
Um abraço
Regina
Regina
ResponderEliminarDe facto este seu "post" tem um conteúdo tão belo e profundo que deve ser lido atentamente e bem ponderado. Parabéns por tudo quanto faz, escreve,ensina, sempre com tanta simpatia e nem sequer um pingo de vaidade. Sabe, eu nunca conheci o Gedeão a não ser principalmente pela poesia. Mas , quando o releio e aprecio a beleza dos seus poemas cheios de sensibilidade e preocupações sociais e onde nunca deixa de transparecer a sua qualidade de PROFESSOR de Física, eu vejo a Regina.
Um grande abraço de muita amizade.
Obrigada Graciete
ResponderEliminarEsta última parte dos textos sobre a oficina foi um pouco mais aligeirada. Cada um dos autores mereceria uma alusão mais pormenorizada mas ultimamente tenho tido o tempo muito ocupado
Um beijinho pelo seu apoio incondicional
Regina