
domingo, 13 de novembro de 2016
A voz dos professores de C&T
Anteontem
e tal como tinha anunciado, fui a Vila Real. A camioneta partia às
18 h. A minha neta mais nova sai da escola às 17, 30 pelo que não
daria para ir buscá-la. Foi o pai. O meu marido foi levar-me e
juntamente foi o José, que após as aulas veio cá para casa. A
professora de Português tinha-lhes dado uma lista de vinte livros
para, de entre eles, escolherem um para “leitura autónoma” e posterior apresentação na sala de aula. Alguns existem cá por
casa ou nas dos meus filhos. Outros não. Feita uma breve pesquisa
na NET, mostrou interesse em ler “Contos Gregos” de António
Sérgio. Liguei para a UNICEPE (sou sócia) e reservei um. No caminho
para a camioneta fui levantá-lo.
O
trânsito estava caótico mas consegui chegar a tempo à camioneta.
Avô e neto rumaram a casa, à porta da qual, vindos da escola, já
estavam o meu filho e a pequenita.
Na
Rodonorte esperava-me um contratempo…. Uma das camionetas avariou, pelo que foi necessário distribuir por outras duas, os passageiros
com destino a Amarante e a Vila Real. A mim coube-me a que se
destinava a Miranda do Douro. Saímos com 10 min de atraso.
Uma
amiga de Alfândega, que vive em Vila Real, tinha-me convidado para ir
jantar com ela e, muito gentilmente, insistiu em me ir buscar à
camioneta. Mal saímos, enviei uma SMS alertando para o atraso.
Sair
da cidade foi “terrível” por causa do tal caos… Depois, tivemos que parar numa saída perto de Amarante, para “largar”
os passageiros que tinham esse destino. Por volta das 19 h e 15 min
telefona a minha amiga, preocupada. Tinha feito confusão e pensava
que a hora prevista para a chegada a Vila Real era sete menos um
quarto em vez de sete e um quarto, daí que, apesar de avisada quanto
ao atraso, achar que algo estranho se teria passado. Chegámos por
volta das 19, 45…
Sempre
gentil e porque sabe que eu gosto dos cogumelos, que por esta altura
crescem no Nordeste, tinha preparado um prato com os mesmos. Uma
delícia..
Como
já há bastante tempo não nos víamos, só agora conheci a a
netita, filha do seu filho mais novo. Tem 16 meses e é um encanto…
Este
filho e a nora gerem na Eucísia, concelho de Alfândega, um turismo
rural, de que já aqui falei
emtempos:
Bela
Vista Silo Housing, situado no coração da terra quente
transmontana, oferece aos hospedes uma experiência e conceito único
em turismo rural, alojamento em Silos agrícolas transformados em
habitações modernas, com um design futurista e inseridos em uma
bela paisagem rural. O conceito é para pessoas que gostam de ser
surpreendidas, a envolvente é de paz e contemplação da natureza, o
ambiente é familiar, a experiência é única e o cenário é fora
do vulgar. Ao mesmo tempo que se dorme em uma habitação futurista
sente-se a paz e o silencio, contempla-se a natureza e banha-se em
uma piscina biológica em forma de lago natural que atinge
temperaturas de 28º no verão, que convida as pessoas a nadar e
explorar.
Instalado
numa Quinta centenária em Alfândega da Fé, a 20km do rio Douro e
com produção de amêndoa e azeitona em modo biológico, podem
usufruir de toda a beleza e paz que a região tem para oferecer,
deliciar-se com a gastronomia local e hospitalidade das nossas
gentes, num local que convida à descoberta e apela a todos os
sentidos. Passear pela serra de Bornes e serra da Gouveia, contemplar
a profundidade do Vale da Vilariça e conhecer o rio Sabor, afluente
do Rio Douro, são algumas das propostas que temos para os nossos
hóspedes.
Os
quartos foram adaptados de silos para cereais e possuem casa de banho
privativa, ar condicionado, cafeteira, minibar e forno Microondas.
Possuem também vistas a quase 360º com varandas e janelas
panorâmicas.
Após
o jantar forma levar-me ao Hotel Miracorgo, onde já ficara instalada
em 2007, num outro encontro em que também participei. Como o nome
indica, dali "mira-se" o Corgo porque o hotel está junto a uma escarpa
sobre o mesmo como se pode ver nas fotos, tiradas de manhã da sala
onde tomei o pequeno almoço.

Às
9 h um dos elementos da organização foi buscar-me.
Antes
da minha comunicação assisti, às 9,30, a uma comunicação muito
interessante
Aprendizagem
em habitats digitais-um desafio ao futuro do ensino das Ciências e
da Tecnologia
pelo
Dr. João Filipe Matos
Seguiu-se
a minha comunicação Se Galileo tivesse um câmara digital.
que pode ser lida aqui
E porque
evoquei Galileo, a comunicação começou com o Poema para Galileo,
de António Gedeão, na voz de Mário Viegas .
A propósito da Internet, coloquei o vídeo já inserido na mensagem anterior
Terminei
com um excerto da Sinfonia
do Novo Mundo de Dvorak ,
Terminada
a comunicação houve um pausa para café (das 11 às 11, 30).
Das
11,30 às 13, 30 havia várias atividades á escolha. Eu escolhi uma
oficina
Ficção
científica no ensino da ciência dinamizada pela Dra Helena Caldeira
Foi
bastante interessante.
Entre
as 13 e as 14,30 teve lugar o almoço, num espaço da Universidade,
localizado no meio de muita vegetação e com uma vista muito bonita.
À
tarde assisti a um debate muito interessante “Investigação em
educação em C& T” com A Dra Nilza
Costa (minha
orientadora de Mestrado e acima de tudo amiga ) e do Dr. Arsélio Martins, pai de
Catarina Martins, que costuma dizer com humor. Antigamente a
Catarina Martins era referida como a filha do Arsélio; agora o
Arsélio é referido como o pai da Catarina Martins.
Após
este debate regressei ao Porto. Foi um encontro muito agradável pela qualidade das comunicações a que assisti e pelo
contacto com várias pessoas amigas e não só.
Quero
expressar o meu agradecimento à organização do encontro, muito em
particular ao meu amigo Dr. Bernardino Lopes, que antes de enveredar pela carreira universitária passou pelo ensino secundário, onde tive o privilégio de ser sua orientadora de estágio.
sexta-feira, 11 de novembro de 2016
Os próximos fins de semana....
No
dia 20 do passado mês de Setembro recebi um convite para fazer uma
comunicação, no Encontro Internacional “A voz dos
professores de Ciências e Tecnologia”a
decorrer na UTAD a 11 e 12 de Novembro e
cujo programa pode ser consultado aqui
A
primeira resposta que me ocorreu foi: Não.
E porquê? Tendo-me aposentado em 2006, receei estar um pouco
desatualizada, essencialmente no que respeita às conceções de
ensino aprendizagem, na área das ciências. Dirigi-me à livraria
Leitura na Rua José Falcão que, em tempos, tinha um manancial
razoável de livros e publicações nessa área. Não encontrei nada.
Essa secção pura e simplesmente deixou de existir…
Dirigi-me
ainda a mais duas livrarias. Nada…. Lembrei-me então de recorrer à
NET onde pude consultar os números mais recentes de diversas
publicações, nomeadamente
a Enseñanza de las Ciencias ,
Alambique,Ciência
e Ensino, que assinei vários anos
até me aposentar. E foi essencialmente
a partir de vários artigos recentes, encontrados na NET, que
preparei a minha comunicação que vou apresentar no dia 12 . Parto
amanhã para Vila Real.
A
propósito da Internet, lembrei-me de “Pela Internet” de
Gilberto Gil. Ao pesquisar encontrei vários vídeos,um deles com uma
reflexão interessante no que respeita aos contributo das TIC para o
ensino/ aprendizagem.
https://www.youtube.com/watch?v=Xk4F6DKW8HU
No
dia 19 volto a Trás-os-Montes. Vou apresentar, em Alfândega da Fé,
os meus últimos dois livros
Aqui
deixo o cartaz de divulgação.
E
porque é outono...
O
outono pintou
de
amarelo e sépia
as
folhas tristes.
in Quando o mel escorre
nas searas
terça-feira, 1 de novembro de 2016
É fantástico como nos podemos surpreender a nós próprios.
No
passado dia 20, escrevi um texto a propósito das provas de
doutoramento do artista plástico, Domingos Loureiro. Terminei assim:
Tive
o enorme privilégio de ser aluna de Domingos Loureiro na Escola
Utopia, mas referir-me-ei a isso na próxima mensagem.
Não foi na "próxima mas "numa próxima", esta
Em
2/1/2011, escrevi neste blogue:
É
fantástico como nos podemos surpreender a nós próprios. Se há
quatro anos me tivessem dito que um dia iria pintar, limitar-me-ia a
emitir um sorriso de total incredibilidade; se para além disso me
dissessem que um dia iria expor obras minhas, daria uma gargalhada
muito sonora. E se me dissessem que a minha obra ia ser exposta além
fronteiras, então achava que o humor tinha ido longe demais…
Poderia
agora acrescentar: Se
para além disso me dissessem que
-
seria convidada para participar , em Bragança, numa exposição com artistas de vários países
- um quadro meu iria merecer uma menção honrosa numa exposição
talvez
respondesse, já um pouco agastada: acabou a brincadeira
Mas
há momentos em que passamos à hora certa no lugar certo, neste caso
a Escola Utopia com o Professor Domingos Loureiro. Para além dos
vários ensinamentos teóricos e técnicos, lançava-nos vários
desafios, o que para mim foi muito estimulante.
Vou
falar de dois deles
- O professor sugeriu que fôssemos a uma loja de artigos de construção civil e adquiríssemos algo, (custo máximo 5 euros) que à partida nada tivesse a ver com arte, mas que teríamos que transformar em “arte”. Não comprei nada. Escolhi pedaços de persiana que andavam por uma anexo de minha casa. Foi esse trabalho, que acima incluí, o distinguido com uma menção honrosa numa exposição levada a cabo pelo ISEP.
Um dos aspetos que mais me impressionou no professor, foi a sua capacidade de “identificar” os aspetos mais relevantes de cada aluno e adaptar as propostas de trabalho respetivas.
Quando
um dia lhe perguntei como conseguia fazer isso, respondeu-me
Lembra-se
que ao iniciar a aprendizagem da pintura, após a fase inicial do
desenho, pedi aos alunos que escolhessem um pintor para tentar
reproduzir uma obra sua. As escolhas dos alunos são pistas para o
trabalho futuro.
Eu
escolhi Paul Klee. Gosto muito das suas obras.
Aí
está o meu primeiro trabalho de pintura.
A partir daí foi-me sempre incentivando a criar as minhas próprias obras ao mesmo tempo que ia diversificando materiais(acrílico, aguarela, óleo, pastel seco, pastel de óleo, pigmentos vários, nomeadamente café, telas, papel, contraplacado, madeira, tecido ...)
A partir daí foi-me sempre incentivando a criar as minhas próprias obras ao mesmo tempo que ia diversificando materiais(acrílico, aguarela, óleo, pastel seco, pastel de óleo, pigmentos vários, nomeadamente café, telas, papel, contraplacado, madeira, tecido ...)
E
foram estes os últimos trabalhos que fiz na escola, dois dos quais
estiveram na exposição "Encuentros 4" anteriormente
referida
Após
deixar a escola tenho pintado muito pouco e os principais trabalhos
têm sido sobre tecido
Em
27 de Abril, fiz referência aqui à minha estreia na pintura em
roupa. Após vários ensaios pintei duas túnicas, uma para cada
nora e uma túnica e uma “écharpe” que levei a um casamento.
Ultimamente,
tenho aproveitado algum do pouco tempo livre para pintar “écharpes”.
Pintei duas: uma para mim e outra para oferecer no Natal
Nada
disto era previsível em 2006, nem por mim nem pelos que me conhecem.
Mas se o meu desempenho, ocasionalmente pode ter algum mérito,
devo-o a Domingos Loureiro.
Bem
haja Professor.
( fotos tiradas com o celular)
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