quarta-feira, 29 de junho de 2016
Concertos do Sol 2016
Nos
dias 1
e 2 de Julho de 2016,Sexta-feira
e Sábado,
pelas 21h30
e 21h,
respectivamente, irão ter lugar, no auditório
da Casa das Artes,
os Concertos
do Sol,
com a participação de todos
os alunos da Teclarte,
do Grupo
Coral “Os Rouxinóis”e
dos alunos de expressão musical,piano e ukulele do Instituto
Van Zeller.
Os meus netos e eu atuaremos no sábado, conforme o programa anexo
segunda-feira, 20 de junho de 2016
Open House
Logo na 1ª página podemos encontrar um texto de que deixo um excerto
Foram 51 alternativas.
No sábado optámos por visitar o "Cenáculo do Espírito Santo". O arquiteto que o projetou foi colega do meu marido e já há cerca de 40 anos fomos ao seu casamento. Às 11h a visita era guiada pelo arquitecto e foi esse o horário que escolhemos. Nunca tinha entrado numa"igreja da IURD".
Visitámos as salas de culto, dois anfiteatros um para 2500 e outro par 300 pessoas, o "tanque" para batismos e algo que achei muito interessante: espaços para jovens e crianças. Estes últimos, distribuídos por idades, propiciam muitas atividades para as crianças enquanto os pais estão no culto.
O espaço para jovens, cuja mobília foi feita pelos mesmos nas oficinas de que o edifício dispõe, é muito acollhedor, com uma vista alargada até ao mar.
Terá sido o 1º cenáculo da IURD construído na Europa e creio que é também o maior
Aqui ficam algumas imagens e um vídeo que " retirei da NET
O auditório maior
O "tanque" para os batismos
Além de ter gostado da visita gostei de rever o nosso amigo. a esposa e uma das filhas, também arquiteta, que conheci era ela pequenita.
À tarde fui visitar a Casa- Atelier Marques da Silva. A visita, muito interessante, foi comentada pelo Arquiteto Alves Costa
Deixo algumas fotos e a referência a um blogue onde se pode encontrar alguma informação com interesse
No jardim
A parte de trás da casa vista do jardim
A sala de entrada
Uma clarabóia
Entradas de luz para a casa, no último piso, o piso dos quartos das empregadas,
No domingo começámos por visitar o terminal do Porto de Leixões, uma obra fantástica do ponto de vista arquitetural. O meu marido, arquiteto, ia pouco entusiasmado mas gostou muito. Deixo algumas fotos e um vídeo (fonte Net)
Relativamente
perto dali situa-se a Casa da Arquitetura, embora esteja de "partida"
para
o
centenário edifício da Real Companhia Vinícola em
Matosinhos, na Avenida Menéres, que foi reabilitado pela autarquia, após várias décadas de abandono e degradação.
A mudança será transitória (até à construção de uma sede própria) mas a CMM pretende, no futuro, transformar uma parte deste edifício, em museu de arquitectura.
Após
a visita à Casa da Arquitetura fomos ver a primeira obra de Álvaro
Siza, projetada ainda antes de terminar o curso e que gerou muita
polémica a ponto de ter sido considerada "a vergonha da terra".
Nada
sabíamos destas polémicas e tão pouco ouvíramos falar de Álvaro
Siza quando eu e o meu marido (ao tempo namorado) fomos passear por
Matosinhos e deparámos com aquelas casas, que achámos muito
bonitas. Creio que na altura o meu marido ainda era estudante de
engenharia química, que cursou dois anos antes de mudar para
arquitetura.
Numa
delas, a fachada principal situa-se na Avenida Afonso Henriques,
quase em frente ao Senhor de Matosinhos e as outras três situam-se
na Rua Dr.Filipe Coelho que faz esquina com a dita avenida. Aliás a
outra casa tem também uma fachada para essa rua.
Para terminar a nossa seleção de visitas faltava só o Hotel Vincci
Começo
por deixar um vídeo e só depois duas fotos
https://www.youtube.com/watch?v=jwH5yyqxDjE
O
meu neto José já está de férias. Como a maior parte dos miúdos da sua
idade (e não só) passaria todo o tempo com o tablet, o telemóvel
ou em frente ao ecrã de televisão. Por isso existe um plano diário
que contempla também o uso destes dispositivos mas de forma
moderada e integrada com outras atividades (leitura, escrita,
música, jogos ao ar livre, jogos de tabuleiro, passeios). Na sexta
feira fomos visitar a Torre dos Clérigos. Por mais incrível que
possa parecer, nunca lá tinha subido. Por duas vezes em que fora
sozinha,não pude fazer a visita porque estava fechada, em obras...
Sempre que pensava mostrá-la aos meus familiares brasileiros,
assustava-os o número de degraus que teriam que subir.
Íamos
um pouco apreensivos porque tinha ouvido que as filas eram
intermináveis mas quando chegámos só tínhamos à nossa frente
meia dúzia de pessoas. Na "bilheteira" perguntei se havia
desconto para a 3ª idade. Responderam que não mas que até aos 10
anos as crianças não pagam. Por isso precisámos de um só bilhete
Não consegui tirar fotos em condições pois no interior havia pouca luz e quando chegámos ao topo, a claridade era muita e não conseguia ver nada no ecrã do telemóvel...
Sei
que a mensagem já vai muito longa mas, a meu ver, dividi-la não
faria sentido
quarta-feira, 15 de junho de 2016
Partilha
Partilho
hoje convosco dois vídeos, um pleno de ternura e
sensibilidade, vencedor dum festival de curtas metragens no Egito, e outro pleno de humor.
Partilho também um vídeo que encontrei por acaso na NET quando pesquisava música de Aram Khachaturian, compositor de que conhecia apenas Sobre Dance, composição incluída no Mix que aqui deixo com uma seleção de composições quase todas do meu agrado
00:09 Johan Sebastian Bach "Air"
00:55 Vincenzo Bellini "Casta Diva (voce di Maria Callas)"
01:48 Georges Bizet "Habanera"
02:53 Giuseppe Verdi "Nabucco - Va' Pensiero"
04:05 Edvard Grieg "In the Hall of the Mountain King"
05:08 Antonio Vivaldi " Le Quattro Stagioni - Estate"
06:16 Georges Bizet "Carmen - Ouverture"
07:29 Edvard Grieg "Peer Gynt - Morning Mood"
08:34 Tomaso Albinoni "Adagio in G Minore"
09:44 Wolfgang Amadeus Mozart "Eine Kleine Nachtmusik"
11:06 Sergei Prokofiev "Montagues and Capulets"
12:13 Pyotr Ilyich Tchaikovsky "The Nutcracker - Waltz of the Flowers"
12:57 Johann Pachelbel "Canon in D Major"
14:13 Felix Mendelssohn "A Midsummer Night's Dream - Wedding March"
15:16 Jacques Offenbach "Orpheus in the Underworld - Can Can"
16:26 Johann Sebastian Bach "Toccata and Fugue in D Minor"
17:39 Wolfgang Amadeus Mozart "Piano Sonata N°11 in A Major - Andante Grazioso"
19:05 Frederic Chopin "Polonaise N°06 - Heroic"
20:22 Aram Khachaturian "Sabre Dance"
21:13 Ludwig Van Beethoven "Symphony N°05"
22:49 Wolfgang Amadeus Mozart "The Marriage of Figaro"
23:48 Léo Delibes "Lakmé - Flower Duet (voice Natalie Dessay)"
24:54 Antonio Vivaldi " Le Quattro Stagioni - Primavera"
26:16 Niccolò Paganini "Sonata Varsavia"
27:23 Gioacchino Rossini "Guglielmo Tell - Ouverture"
28:37 Richard Wagner "Cavalcata delle Valchirie"
29:49 Edward Elgar "Pomp and Circumstances N°01 in D Major"
31:00 Gioacchino Rossini "La Gazza Ladra - Ouverture"
32:42 Wolfgang Amadeus Mozart "Rondo Alla Turca - Sonata in A Major"
33:59 Carl Orff "O Fortuna - Carmina Burana"
35:51 Maurice Ravel "Bolero"
38:09 Ludwig Van Beethoven "Symphony N°09"
40:14 Giuseppe Verdi "Aida - Marcia Trionfale"
41:47 Antonin Dvorak "From the New World - Symphony N°09"
43:34 Richard Strauss "Also Sprach Zarathustra"
E
por falar em partilha, quando há dias estive no Carolina Michaëlis
com alunos do secundário,
uma turma de Ciências e outra de Letras,
na turma de Ciências e a propósito da relação entre Literatura e
Ciência, referi o livro Sistema Periódico de Primo
Levi "um dos escritores
italianos mais marcantes" na opinião de Umberto
Eco.
A
professora dos referidos alunos encontrou-me ontem e disse-me que
nessa mesma tarde foi dar com uma aluna na Biblioteca a ler o livro
com muito entusiasmo.
Na véspera de se retirar do universo da química para se dedicar exclusivamente à escrita, Primo Levi oferece-nos, através de 21 capítulos, cada um com o nome de um elemento da tabela periódica, um relato da sua vida enquanto cientista e através do qual responde a inúmeras e complexas questões sobre o mundo e sobre si próprio.
" O Sistema Periódico é, pois, um conjunto de vivências de um químico judeu do Piemonte, combatente antifascista, deportado e escritor, vistas através do caleidoscópio da química. As histórias cobrem a vida do autor, do nascimento à redação deste livro, passando por momentos fulcrais como a infância, a descoberta da vocação e a sua formação como químico, os amores e as amizades, o crescimento do movimento fascista italiano e o aparecimento das leis raciais, a vida na clandestinidade, a prisão e o encarceramento em Auschwitz, e o regresso aos laboratórios do campo de concentração já no pós-guerra.Um testemunho autobiográfico único por um dos principais romancistas do século XX.
" O Sistema Periódico é, pois, um conjunto de vivências de um químico judeu do Piemonte, combatente antifascista, deportado e escritor, vistas através do caleidoscópio da química. As histórias cobrem a vida do autor, do nascimento à redação deste livro, passando por momentos fulcrais como a infância, a descoberta da vocação e a sua formação como químico, os amores e as amizades, o crescimento do movimento fascista italiano e o aparecimento das leis raciais, a vida na clandestinidade, a prisão e o encarceramento em Auschwitz, e o regresso aos laboratórios do campo de concentração já no pós-guerra.Um testemunho autobiográfico único por um dos principais romancistas do século XX.
É
o próprio autor que escreve:
« La
nobiltà dell'uomo, acquisita in cento secoli di prove e di errori,
era consistita nel farsi signore della materia, e io mi ero iscritto
a Chimica perché a questa nobiltà mi volevo mantenere fedele.
Vincere la materia è comprenderla, e comprendere la materia è
necessario per comprendere l'universo e noi stessi: e quindi il
Sistema Periodico di Mendeleev[...] era una poesia. »
E
a propósito do elemento potássio:
Destilar
é belo. Primeiro, porque é uma tarefa lenta, filosófica e
silenciosa que nos ocupa, mas que nos deixa tempo livre para
pensarmos noutras coisas, um pouco como o andar de bicicleta. Depois,
porque comporta uma metamorfose: de líquido a vapor (invisível) e
deste novamente a líquido; mas, nesse duplo caminho, para cima e
para baixo, atinge-se a pureza, que parte da Química e chega muito
longe. E, finalmente, quando nos preparamos para destilar, adquirimos
a consciência de repetir um rito consagrado há séculos, quase um
acto religioso, em que de uma matéria imperfeita se obtém a
essência, o espírito e, em primeiro lugar, o álcool que refresca
os ânimos e aquece o coração.
quinta-feira, 9 de junho de 2016
Para alguns as férias já começaram...
O meu neto José entrou em férias. Os outros continuam em aulas.
Eu também entrei em férias no que respeita às digressões por escolas.
No passado dia 31 de Maio estive na Biblioteca da Escola Carolina Michaëlis com alunos do Secundário, em duas sessões, uma turma da área das "letras" e outra da área das "ciências". O encontro, que teve por base a minha poesia para "os mais crescidos" foi muito interessante e alguns momentos estão registados no video anexo
Na passada segunda feira estive mais uma vez no Agrupamento de Escolas de São Lourenço, em Ermesinde. Duas sessões num total de 7 turmas de 8º ano, tendo por base o livro "Breve História da Química". Almocei com colegas na Escola Básica Mirante dos Sonhos um espaço muito agradável para os mais pequenos
Eu também entrei em férias no que respeita às digressões por escolas.
Falou-se de alimentação saudável e uma colega referiu-se a uma loja " à Grama "
(deveria ser ao grama, já que grama, unidade de medida, é masculino...) onde se podem comprar a peso, linhaça, sésamo, chia, chás, etc etc . Outra colega comentou que faz em casa "barrinhas de cereais"
Hoje, após o meu trabalho de voluntariado no Hospital passei pela loja, uma loja pequenina mas muito agradável. Comprei algumas sementes e vou tentar fazer umas barrinhas, a aprtir de uma receita que encontrei aqui
- 1 ½ xícara (chá) de grão de aveia prensados
- ½ xícara (chá) de amêndoas
- ½ xícara (chá) de ameixas secas – caso estejam muito secas, hidrate-as por 10 minutos
- ½ xícara (chá) de mix de sementes de girassol, de abóbora e de gergelim
- ½ xícara (chá) de sementes de chia
- ½ xícara (chá) de uvas passas pretas
- 5 colheres (sopa) de mel ou de melaço
- Canela a gosto (opcional)
Preparação:
- Triture as ameixas até que obtenha uma pasta. À essa pasta, junte o mel ou melaço e reserve
- Pique as amêndoas em pedaços, junte as sementes de chia, o mix de sementes, as uvas passas, os grãos de aveia prensados e se quiser uma pitada de canela e reserve
- Em um recipiente, misture a massa de mel ou melaço e ameixas com a mistura de amêndoas, sementes, uvas passas e aveia. Mexa bem para misturar todos os ingredientes
- Forme uma forma de bolo com papel vegetal e em seguida coloque a mistura. Prense essa mistura com as costas de uma colher, até que ela fique lisa e uniforme na altura
- Leve ao forno com uma temperatura de 160°, pelo tempo de 20 a 25 minutos, até que doure
- Retire do forno e espere esfriar
- Retire da forma e coloque no freezer por um tempo de 15 a 20 minutos e só então as corte, em forma de barrinhas
E já que falo de comida, não posso deixar de colocar aqui a foto do bolo e dos "cup cakes" que a minha nora Teresa fez para o aniversário do meu neto Bernardo, que completou 7 anos no passado dia 1 de Junho.
Este ano o tema da festa(os temas são sempre escolhidos pelas crianças) foi relacionado com os Trash pack
Como
vem sendo habitual, criei jogos para as crianças e o
tema foi o mesmo...
quarta-feira, 8 de junho de 2016
Festival literário em Bragança
Na mensagem de 28/05 deixei o programa de um Festival Literário em Bragança em que iria
estar presente. O
festival
decorreu de 1 a 4 de junho e
o programa do dia 4 foi o que a seguir anexo
Aproveitando o fim de semana convidámos una amigos de longa data. Saímos sexta feira à tarde e fomos diretos à minha aldeia. É uma aldeia incaracterística mas conhecida pelo Santuário de Santo Antão da Barca.
que lhes fomos mostrar
Mandado construir pelos Távoras, no século XVIII, foi transladado pedra a pedra da sua localização inicial, na sequência da construção da barragem do Baixo Sabor
A construção da barragem alterou profundamente a belíssima paisagem que com uma beleza diferente continua a merecer uma visita
Ao fim do dia fomos para a Adeganha, aldeia do meu marido, à qual já me referi várias vezes e cuja igreja românica é referida por Saramago em Viagem a Portugal
…a
igreja é esta. Não caiu em exagero quem a gabou. A igreja da
Adeganha é coisa para se ter no coração”
José
Saramago, Viagem a Portugal

Dormimos na Adeganha e na manhã seguinte passeámos pela aldeia inserida numa zona de fraguedo
granítico, rude e belo.
Seguimos então para Bragança, onde às 16 h se iria iniciar o 4º dia de Festival Literário e eu iria falar um pouco da minha última obra "Quando o mel escore nas searas"
A
sessão prolongou-se por toda a tarde. Encontrei colegas do tempo de
Liceu o que foi extremamente agradável. Um deles, o meu amigo de
infância António Afonso, pintor, poeta, dramaturgo, falou da sua
última obra“O
guardador de Memórias”, sobre a vida e obra de Abade Baçal e um
grupo de atores representou um pequeno excerto da peça.
A par disso,um dos intervenientes, Virgílio Gomes,
investigador
em História da Alimentação,
fez uma intervenção muito interessante. Perguntei-lhe se era
familiar de um Sr Virgílio Gomes que era um amigo do meu pai.
Respondeu-me que fora o seu pai.
Também gostei de outras intervenções nomeadamente uma sobre Miguel Torga.Finda a sessão, um afilhado meu(de batismo e casamento) que vive em Bragança fez questão que fôssemos jantar a sua casa e o convite foi extensivo aos meus amigos. Receberam-nos com o carinho a que sempre me habituaram.
Após o jantar regressámos ao Centro Cultural onde foi prestada uma homenagem póstuma a Mário Péricles da Cruz (http://videos.sapo.pt/KvPGZ5sFV0j3lEu7P81j)
«Em 1938, Mário Péricles da Cruz, criou a Livraria Liz, que englobava as áreas de Livraria, Papelaria e
encadernação.A personalidade amável,
contemporizadora e solidária do fundador catapultou a Livraria para
um plano diferente dos restantes estabelecimentos congéneres e
depressa se colocou na vanguarda dos mesmos a nível da cidade e
região.
Era um tempo em que a cidade de Bragança recebia os estudantes de quase todo o distrito, uma vez que não havia estabelecimentos de ensino de grau superior ao primário nos outros concelhos.
Acontecia também que a maioria das famílias tinha sérias dificuldades económicas que não lhes permitia a compra, a dinheiro, dos livros e demais material escolar. Consciente dessas dificuldades, Mário Péricles da Cruz, facilitava a sua aquisição a crédito, sendo os pagamentos efetuados de acordo com as possibilidades de cada família. Isso permitiu a muitos estudantes prosseguir os seus estudos, o que não teria acontecido sem as facilidades concedidas.
Tal comportamento empresarial, impossível nos dias de hoje, aliado a um comportamento exemplar como cidadão e às qualidades excecionais de bondade e simpatia, granjearam-lhe um prestígio social de grande relevo que foi aumentando com o passar dos anos.
A área de encadernação, foi entretanto abandonada, passando a ser exercida no Patronato, para onde transitaram os empregados colocados nesse serviço.
As áreas mais desenvolvidas eram as de papelaria, livros e material escolar, sendo a vertente de livraria pouco desenvolvida, o que bem se compreende se atentarmos às condições sociais e políticas dessa época.
Mário Péricles da Cruz viria a falecer em 1972, passando a empresa a ser gerida por sua filha Maria Celeste da Cruz Machado, em colaboração com o seu marido Luís Emílio de Brito Machado, passando a intitular-se Livraria Mário Péricles da Cruz.
Nos primeiros tempos a orientação dos serviços prestados não sofreu grandes alterações, vindo, no entanto, a verificar-se uma grande viragem, com o desenvolvimento da vertente Livraria, tendo em conta a abertura política verificada, a instalação do ensino superior em Bragança e o aparecimento de estabelecimentos congéneres, mais virados para as áreas de papelaria, livros e material escolar.
Com o decorrer do tempo, a vertente Livraria foi de tal modo incrementada que, nessa área, era reconhecidamente a melhor Livraria de Trás os Montes e uma das boas livrarias do norte do país; com milhares de livros das mais diversas áreas do saber.
A sua clientela era a mais diversificada, incluindo muitos espanhóis da Galiza e da região de Leão que aqui vinham procurar obras dos melhores autores portugueses.
Em 2004, por imperiosos motivos de saúde e tendo em conta a realidade económica de então, entendeu-se dar por finda a atividade da empresa, gerando uma onda de consternação nos clientes que lamentaram o desaparecimento da Livraria onde se habituaram a encontrar livros de que precisavam.» [página de facebook Amigos da Livraria Mário Péricles]
Era um tempo em que a cidade de Bragança recebia os estudantes de quase todo o distrito, uma vez que não havia estabelecimentos de ensino de grau superior ao primário nos outros concelhos.
Acontecia também que a maioria das famílias tinha sérias dificuldades económicas que não lhes permitia a compra, a dinheiro, dos livros e demais material escolar. Consciente dessas dificuldades, Mário Péricles da Cruz, facilitava a sua aquisição a crédito, sendo os pagamentos efetuados de acordo com as possibilidades de cada família. Isso permitiu a muitos estudantes prosseguir os seus estudos, o que não teria acontecido sem as facilidades concedidas.
Tal comportamento empresarial, impossível nos dias de hoje, aliado a um comportamento exemplar como cidadão e às qualidades excecionais de bondade e simpatia, granjearam-lhe um prestígio social de grande relevo que foi aumentando com o passar dos anos.
A área de encadernação, foi entretanto abandonada, passando a ser exercida no Patronato, para onde transitaram os empregados colocados nesse serviço.
As áreas mais desenvolvidas eram as de papelaria, livros e material escolar, sendo a vertente de livraria pouco desenvolvida, o que bem se compreende se atentarmos às condições sociais e políticas dessa época.
Mário Péricles da Cruz viria a falecer em 1972, passando a empresa a ser gerida por sua filha Maria Celeste da Cruz Machado, em colaboração com o seu marido Luís Emílio de Brito Machado, passando a intitular-se Livraria Mário Péricles da Cruz.
Nos primeiros tempos a orientação dos serviços prestados não sofreu grandes alterações, vindo, no entanto, a verificar-se uma grande viragem, com o desenvolvimento da vertente Livraria, tendo em conta a abertura política verificada, a instalação do ensino superior em Bragança e o aparecimento de estabelecimentos congéneres, mais virados para as áreas de papelaria, livros e material escolar.
Com o decorrer do tempo, a vertente Livraria foi de tal modo incrementada que, nessa área, era reconhecidamente a melhor Livraria de Trás os Montes e uma das boas livrarias do norte do país; com milhares de livros das mais diversas áreas do saber.
A sua clientela era a mais diversificada, incluindo muitos espanhóis da Galiza e da região de Leão que aqui vinham procurar obras dos melhores autores portugueses.
Em 2004, por imperiosos motivos de saúde e tendo em conta a realidade económica de então, entendeu-se dar por finda a atividade da empresa, gerando uma onda de consternação nos clientes que lamentaram o desaparecimento da Livraria onde se habituaram a encontrar livros de que precisavam.» [página de facebook Amigos da Livraria Mário Péricles]
O encontro terminou com uma conversa com Rentes de Carvalho e Sérgio Godinho, na sua atividade de escritor
De Rentes de Carvalho tinha lido há relativamente pouco tempo o livro Pó, Cinza e Recordações, um diário escrito entre maio de 1999 e maio de 2000. Logo na 1ª página, datada de 15 de maio de 1999, escreve:
Está hoje com 86 anos e com uma lucidez e um humor invejáveis...
Passava já das 23 h quando saímos de Bragança em direcção `Adeganha onde dormimos. No dia seguinte ainda passeámos pela Adeganha, fomos visitar a Cardanha, onde o meu marido nasceu e regressámos à Adeganha para almoçar. Após o almoço regressámos. No caminho parámos num miradouro para ver o vale da Vilariça e passámos pela Junqueira para ver a capela que pertenceu à família da Adeganha
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