sexta-feira, 1 de abril de 2016
Falando de arte, poesia, música e não só...
Já há algum tempo que não colocava nenhuma mensagem no blogue. Com os quatro netos em férias, o tempo disponível reduz-se ainda mais.
Na primeira semana fomos com dois deles para a minha aldeia. Estava bastante frio, muito em particular à noite mas esteve-se bem.
Regressámos sábado após o almoço para celebrarmos em conjunto o Domingo de Páscoa. No sábado de manhã ainda fomos colher espargos selvagens, que são um "manjar dos deuses"
Gosto deles em migas, em omelete, em "risoto", mas acima de tudo gosto de colhê-los o que não é tarefa muito fácil pois escondem-se por entre a vegetação
Nesta semana continuei com netos mas apenas na segunda feira estive com todos pois os dois mais velhinhos tiveram atividades (surf, a Rita e diversas, o José). Ontem tivemos aula de música ( como já referi eu e o José temos aula de ukulele enquanto a Marte tem aula de piano).
Fundação Manuel António da Mota (patente ao público
desde 14 de janeiro e até ao próximo dia 14)
Achei muito interessante. Logo que cheguei a casa fui pesquisar o blogue ruin´arte que vi referido num dos textos da exposição
Dali retirei as duas fotos anexas, duas das muitas expostas na Fundação
De pesquisa em pesquisa, cheguei a um texto de Domingos Amaral publicado a 7/4/2014 e aos videos que anexo
Em
Portugal, há milhares de edifícios abandonados, prédios a cair de
podre, monumentos ao passado que se degradam aos nossos olhos.
Esquecemo-nos
deles, ignoramo-los ou fazemos de conta que eles não estão lá.
Mas
estão, e são parte de nós, da nossa memória, do nosso passado.
Gastão
de Brito e Silva é um fotógrafo que passou os últimos anos da sua
vida a captar as imagens desse Portugal em ruínas.
Ruin´arte é
o blog onde mostra o seu trabalho, onde expõe centenas ou milhares
de imagens desse Portugal abandonado.
É
impressionante, olharmos para os lindíssimos edifícios das nossas
cidades, ou campos, e vermos como foi possível aquilo chegar àquele
estado.
Que
desleixo, que incúria foi a nossa, como povo, para deixarmos o nosso
Portugal assim?
Devia
ser um projecto nacional de um governo, recuperar este Portugal
perdido, este Portugal em ruínas.
Somos
um país de deslumbrados com o que é novo, de novos ricos e parolos
que só constroem coisas horríveis, enquanto em frente dos nossos
olhos estão pérolas perdidas, sujas, destruídas em parte pelo
tempo, e o que lhe fazemos?
"
Hoje apenas estive com o Bernardo que acabou de ir para casa. Aproveitando este resto de tarde livre, decidi escrever esta mensagem, que segue com poesia...
Há tempos enviei um poema para Revista Philos de Literatura que foi aceite( sem qualquer custo da minha parte) e acaba de ser publicado
Todos os poemas são ilustrados o que torna a revista muito bonita. Para além disso gosto da capa.
Numa
esquina do tempo
Luxuriosas,
as
estrelas crepitam no céu negro.
Voluptuosos,
os
ramos das árvores afagam a escuridão.
Quais
garças,
miríades
de sonhos esvoaçam ledos.
Titubeante,
o
amor deambula por entre apaixonados.
Helena
ama Demétrio,
que
ama Hérnia, que ama Lisandro.
Errante
a paixão,
Titânia
ama um ser com cabeça de animal.
Duendes
e fadas
volteiam
por entre a bruma esquiva.
Gorjeia
a poesia.
No
ar, o róseo perfume a madressilva.
A
noite estremece.
De
flautas e oboés refulgem os trinados.
Amores
reencontrados,
flutuam
acordes da marcha nupcial
Cúmplice,
a magia,
florescem
os sonhos na noite de Verão.
Numa
esquina do tempo,
Shakespeare,
Mendelson e Chagall.
Subtil,
a aurora desliza noite adentro.
Vénus
regressa.
Ao
amanhecer esvai-se a fantasia.
Balbuciante,
o dia,
rumoreja
o bosque despertando, lento.
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O teu post tem um serie de referências que dificultam um puco a leitura, às vezes preferia que escrevessem uma entrada para cada assunto. Pertenço a u grupo de fotografia chamado GROUPDK ( decay( que se dedica à fotografia de degradação por temas - portas, janelas, detalhes, livre, b&W, etc. Todos os dias seleccionam as melhores no DK Museum. Não sou apaixonada de velharias e detestaria viver numa casa velha, adoro o novo e prático. Durante anos vivi e casas antigas ( magistrados) e jurei para nunca mais...
ResponderEliminarNão me importo de viver numa casa velha desde que tenha cozinha e WC atualizados(é o que temos quer na casa que herdei dos meus pais quer na que o meu marido herdou recentemente do irmão).
ResponderEliminarDas fotos da exposição gostei particularmente de algumas nomeadamente a que inseri em segundo lugar.
Ab
Regina
O que me aflige nas casas antigas é a falta de conforto e aquecimento. Vivi em casas enormes, sem aquecimento e sofri horrores. Na cozinha nem sequer tinham água quente, é inconcebível hoje em dia. Gosto de casas com salas grandes e vistas de verde. Não consigo viver entaipada entre prédios, como na ribeira ou na baixa. Aqui o Campo Alegre tem horizontes e por isso me sinto bem. Vê-se o céu de todos os lados...
ResponderEliminarO Porto está muito decadente e é pena fazerem disso turismo....
A tua casa tem uma localização privilegiada e tua sabes usufruí-la bem.
ResponderEliminarAb
Regina