Bem-vindo, bienvenido, bienvenu, benvenuto, welcome....


Silêncio cósmico

Pudera eu regressar ao silêncio infinito,

ao cosmos de onde vim.

No espaço interestelar, vazio, negro, frio,

havia de soltar um grito bem profundo

e assim exorcizar todas as dores do mundo.

Regina Gouveia

NOVO BLOGUE

Retomei o blogue que já não usava há anos.

https://reflexoeseinterferncias.blogspot.com/

Dedico-o essencialmente aos mais novos mas todos serão bem vindos, muito em particular pais, avós, encarregados de educação, educadores ...


terça-feira, 28 de junho de 2011

Cascatas de S. João - Uma tradição com tendência a desaparecer


No dizer de Hélder Pacheco, a tradição das cascatas de S. João  tem  tendência a desaparecer

Foi no século XIX que apareceram as primeiras cascatas no Porto. De acordo com o historiador da cidade do Porto, Hélder Pacheco, “o pai e a mãe das cascatas foram os presépios, que surgiram em Portugal nos finais do século XVIII”. “Antigamente”, explica o historiador, “pegava-se num presépio, substituía-se a sagrada família e os reis magos pelos santos populares e tínhamos uma cascata”. Com o passar dos anos, o número de cascatas espalhadas pela cidade foi diminuindo (…) Hélder Pacheco justifica o número reduzido de cascatas que vão a concurso com a diminuição da população no centro da cidade. “Não pode haver festa, alegria ou cascata sem comunidade, sem gente. Com a centrifugação dos portuenses, as cascatas desaparecem. Sem gente não há nada”, afirmou.

Na minha infância,  passada no nordeste transmontano, sempre havia cascatas, particularmente no S. João. Talvez por isso goste de as montar conjuntamente com os meus netos.

Duma simplicidade enorme, nada têm a ver com as verdadeiras obras de arte que algumas pessoas ainda se empenham em montar.
Hoje conheci uma dessas pessoas- o Sr. Joaquim Correia. Quando no dia 24, pesquisava na NET a possibilidade de ir ver uma cascata com os meus netos, surgiu-me a referência a um concurso de cascatas na Fábrica Social, Fundação José Rodrigues.

Consultei os horários de abertura .
O que encontrei foi: Horário : Fundação: 15h - 19h, Quarta a Sábado. Cafetaria: 9h30 - 18h30, Segunda a Sexta
Admiti, no entanto,  que as cascatas pudessem estar expostas pelo menos no fim de semana do S. João. Liguei várias vezes mas ninguém atendeu.

Hoje passei por lá. Lá estava uma belíssima cascata montada pelo Sr. Joaquim Correia, bem como outras pequenas cascatas montados por crianças de escolas, jovens,  e até por uma associação de pessoas da 3ª idade. Presente o Sr. Joaquim Correia, um senhor extremamente simpático, com 78 anos de idade, orgulhoso do seu  "hobby"de que fala com muito carinho. Estivemos à conversa cerca de 1h. Queixou-se da fraca divulgação do evento ( esteve sempre aberto aos fins de semana mas em lado algum encontrei essa informação) e a consequente escassez de visitantes. Enquanto me mostrava detalhadamente o seu trabalho dava-me também a conhecer algumas quadras alusivas ao S. João, de entre as inúmeras que já escreveu. Mostrou-me a última que irá dar a conhecer só quando desmontar a exposição ( termina já no dia 30), o que lhe trará um “aperto no coração” de que a quadra dará conta.
Prometi-lhe que ainda hoje divulgaria a cascata neste blog .
E não vou divulgar apenas a deste ano, mas também outras,  de anos anteriores.
Obrigada Sr. Joaquim Correia. Fico já à espera da próxima, em 2012.

1 comentário:

  1. Bom dia Regina
    Também gosto de cascatas e de presépios,que chegam a ser autênticas obras de arte.
    Ainda bem que divulgou as cascatas do Sr. Joaquim,que eu vou tentar ir ver amanhã pois ainda é junho. Hoje não poderei ir. Tenho os anos de uma neta ,que afinal foram ontem. Já fez 27 anos. Como o tempo passa!!!. Às vezes pensar nisso incomoda-me um pouco, mas tenho que ultrapassar estas angústias. Só que agora sinto-me mais cansada e com menos coragem.
    Desculpe sete desabafo.

    Um grande beijo.

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