sábado, 27 de novembro de 2010
Falando de adereços
O Jornal ciência Hoje de 24/11 traz uma notícia interessante:
Investigação aplicada à joalharia e ourivesaria da qual transcrevo alguns excertos
Técnica recorre a nanotecnologias aplicadas à joalharia
A Universidade do Minho (UMinho) e a Agência de Investimento da África do Sul (GEDA) iniciaram, hoje, em Guimarães uma parceria nas áreas da investigação de novos materiais em joalharia e ourivesaria e da sua aplicação à indústria, disse fonte universitária(…).
Filipe Silva, um dos investigadores, garante que o projecto “é absolutamente inovador”, tendo ganho em Maio o «Research Award» do 24º Santa Fe Symposium, maior simpósio mundial do sector, que elogiou "a excelência, criatividade e inovação" da pesquisa. Na quinta edição da Portojóia estreou “os últimos revestimentos coloridos e efeitos que a ciência permite conferir ao ouro”.
Recorde-se que a técnica recorre a nanotecnologias aplicadas à joalharia. O método mais utilizado ainda pode ser considerado fora do convencional: o revestimento é feito por electro-deposição, ou seja, a peça é mergulhada num banho líquido e por efeito eléctrico deposita-se-lhe o ouro em bruto, com a projecção de átomos a alta velocidade (dez quilómetros por segundo) na malha cristalina do material(…)
Um dos grandes fascínios da Física e da Ciência em geral, é precisamente a sua aplicação em campos tão variados
Não sou ourives, nem tão pouco joalheira, mas há anos que tenho como hobby a criação de adereços a partir de material muito simples.
Eugénio de Andrade in “Canção Breve”diz : Tudo me prende à terra onde me dei, o rio subitamente adolescente…
Também a mim tudo me prende à terra onde me dei, nomeadamente o rio Sabor que umas vezes adormece outras galopa na viagem… e em cujos areais, pedras que o rio esculpiu, desde pequenos calhaus rolados a fragas ostentando múltiplas formas e cores, me fascinam desde criança. Com essas e outras memórias recriadas pela imaginação, fui tecendo, dia a dia, enredada teia, teia que por sua vez é o manancial de memórias onde a imaginação se nutre.
Assim fui entrelaçando pedras e memórias que se propagam na curva do espaço enquanto que, lânguida a memória se espreguiça na curva do tempo….. Memórias que vão de lágrimas e sorrisos a botões, fivelas, restos de adornos da mãe, da avó, de uma ou outra tia….
A Câmara Municipal e o Centro Cultural de Alfândega da Fé perguntaram-me se, nesta época natalícia e de crise , poderia dinamizar uma oficina para crianças e jovens, no âmbito desta minha actividade.
(A propósito da notícia sugerida anteriormente há uma pequena correcção a fazer: Não nasci, como refere o texto, mas cresci no concelho de Alfândega da Fé onde tenho as minhas raízes pelo lado paterno)
Nunca tinha feito nada nesta área, mas aceitei o desafio. No passado dia 22 decorreram três sessões, abrangendo mais de sessenta alunos, alguns do ensino especial
Fiquei verdadeiramente surpreendida. Os alunos aderiram de uma forma espectacular. (Espero poder colocar em breve algumas fotos que ficaram de me enviar)
Vários adultos manifestaram interesse também numa oficina. Acabei por aceder mas com alguma apreensão, pois a esse nível teria que usar de maior sofisticação. Também com os adultos correu para além das minhas expectativas (logo que me enviem as fotos colocá-las-ei).
A par das oficinas sugeriram-me uma exposição mas atendendo a que as peças são pequenas para um espaço tão grande, foram também expostos quadros.
Deixo imagens da exposição
Investigação aplicada à joalharia e ourivesaria da qual transcrevo alguns excertos
Técnica recorre a nanotecnologias aplicadas à joalharia
A Universidade do Minho (UMinho) e a Agência de Investimento da África do Sul (GEDA) iniciaram, hoje, em Guimarães uma parceria nas áreas da investigação de novos materiais em joalharia e ourivesaria e da sua aplicação à indústria, disse fonte universitária(…).
Filipe Silva, um dos investigadores, garante que o projecto “é absolutamente inovador”, tendo ganho em Maio o «Research Award» do 24º Santa Fe Symposium, maior simpósio mundial do sector, que elogiou "a excelência, criatividade e inovação" da pesquisa. Na quinta edição da Portojóia estreou “os últimos revestimentos coloridos e efeitos que a ciência permite conferir ao ouro”.
Recorde-se que a técnica recorre a nanotecnologias aplicadas à joalharia. O método mais utilizado ainda pode ser considerado fora do convencional: o revestimento é feito por electro-deposição, ou seja, a peça é mergulhada num banho líquido e por efeito eléctrico deposita-se-lhe o ouro em bruto, com a projecção de átomos a alta velocidade (dez quilómetros por segundo) na malha cristalina do material(…)
Um dos grandes fascínios da Física e da Ciência em geral, é precisamente a sua aplicação em campos tão variados
Não sou ourives, nem tão pouco joalheira, mas há anos que tenho como hobby a criação de adereços a partir de material muito simples.
Eugénio de Andrade in “Canção Breve”diz : Tudo me prende à terra onde me dei, o rio subitamente adolescente…
Também a mim tudo me prende à terra onde me dei, nomeadamente o rio Sabor que umas vezes adormece outras galopa na viagem… e em cujos areais, pedras que o rio esculpiu, desde pequenos calhaus rolados a fragas ostentando múltiplas formas e cores, me fascinam desde criança. Com essas e outras memórias recriadas pela imaginação, fui tecendo, dia a dia, enredada teia, teia que por sua vez é o manancial de memórias onde a imaginação se nutre.
Assim fui entrelaçando pedras e memórias que se propagam na curva do espaço enquanto que, lânguida a memória se espreguiça na curva do tempo….. Memórias que vão de lágrimas e sorrisos a botões, fivelas, restos de adornos da mãe, da avó, de uma ou outra tia….
A Câmara Municipal e o Centro Cultural de Alfândega da Fé perguntaram-me se, nesta época natalícia e de crise , poderia dinamizar uma oficina para crianças e jovens, no âmbito desta minha actividade.
(A propósito da notícia sugerida anteriormente há uma pequena correcção a fazer: Não nasci, como refere o texto, mas cresci no concelho de Alfândega da Fé onde tenho as minhas raízes pelo lado paterno)
Nunca tinha feito nada nesta área, mas aceitei o desafio. No passado dia 22 decorreram três sessões, abrangendo mais de sessenta alunos, alguns do ensino especial
Fiquei verdadeiramente surpreendida. Os alunos aderiram de uma forma espectacular. (Espero poder colocar em breve algumas fotos que ficaram de me enviar)
Vários adultos manifestaram interesse também numa oficina. Acabei por aceder mas com alguma apreensão, pois a esse nível teria que usar de maior sofisticação. Também com os adultos correu para além das minhas expectativas (logo que me enviem as fotos colocá-las-ei).
A par das oficinas sugeriram-me uma exposição mas atendendo a que as peças são pequenas para um espaço tão grande, foram também expostos quadros.
Deixo imagens da exposição
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Olá Regina
ResponderEliminarMais uma vez parabéns e um grande abraço.
É preciso muitas iniciativas como essas em que a Regina colabora de uma maneira tão bela, para dar vida ao nosso interior.
Isso depende muito, também, dos poderes local e central, porque pessoas nós temos e a Regina é uma prova disso.
Alfândega da Fé tem muita sorte.
Um beijo.
Obrigada Graciete
ResponderEliminarObrigada mais uma vez pelas suas palavras.
Bjs
Regina