quarta-feira, 30 de junho de 2010
Vénus poderá ter sido um planeta habitável
Da notícia que foi publicada por Ciência Hoje em 2010-06-29 deixo alguns excertos
A missão da Agência Espacial Europeia (ESA), Venus Express, está a ajudar os cientistas a investigar a possibilidade de Vénus ter tido oceanos. Caso se confirme, a história do astro até pode ter começado num planeta habitável, semelhante à Terra.
Actualmente, ambos são completamente diferentes: a Terra é um mundo luxuriante, onde a vida abunda, enquanto Vénus é infernal, com a sua superfície a ferver a temperaturas superiores às de um forno da cozinha. Apesar das diferenças, “partilham inúmeras semelhanças” – têm praticamente o mesmo tamanho e agora, com a ESA Venus Express, os cientistas planetários verificam que existem outras semelhanças também –, disse Håkan Svedhem, cientista do projecto da Venus Express .
Mas, Vénus tem muito pouca água e se a dos oceanos terrestres fosse espalhada uniformemente pela superfície da Terra, formaria uma camada com três quilómetros de profundidade. Se condensássemos o vapor de água presente na atmosfera de Vénus, formar-se ia um pântano com três centímetros.
Contudo, há milhares de milhões de anos, Vénus tinha provavelmente muito mais água; já que se confirmou que o planeta perdeu uma grande quantidade para o espaço – porque a radiação ultravioleta do Sol atravessa a atmosfera de Vénus separando as moléculas de água em dois átomos: dois de hidrogénio e um de oxigénio. E estes acabam por se escapar para o espaço.
No site indicado poderão ver esta e outras imagens
Desde os tempos mais remotos Vénus, deusa e planeta, inspirou os homens da poesia à pintura e à música
O Nascimento de Vênus, pintura de Sandro Botticelli, data de finais do século XV (1483?)
Representaões murais na Roma antiga
Da célebre obra de Gustav Holst , Planets, aqui deixo Venus, the Bringer of Peace
Termino com poesia
Vénus
Hora crepuscular. Diáfano, no ar, um véu de nostalgia.
Procuro no Céu a estrela vespertina, divina por alegoria
e que, dita estrela, não é senão planeta, de atmosfera tão densa
que a temperatura se torna tão intensa que não permite a vida,
tal como pela humana crença é concebida.
Talvez seja por causa da energia que flui como calor
que Vénus é a deusa do amor,
amor que arde, amor que mata, amor - paixão como os de Isolda e Tristão,
Euridice e Orfeu, Julieta e Romeu, Pedro e Inês, amor lendário
no imaginário português.
Regina Gouveia
A missão da Agência Espacial Europeia (ESA), Venus Express, está a ajudar os cientistas a investigar a possibilidade de Vénus ter tido oceanos. Caso se confirme, a história do astro até pode ter começado num planeta habitável, semelhante à Terra.
Actualmente, ambos são completamente diferentes: a Terra é um mundo luxuriante, onde a vida abunda, enquanto Vénus é infernal, com a sua superfície a ferver a temperaturas superiores às de um forno da cozinha. Apesar das diferenças, “partilham inúmeras semelhanças” – têm praticamente o mesmo tamanho e agora, com a ESA Venus Express, os cientistas planetários verificam que existem outras semelhanças também –, disse Håkan Svedhem, cientista do projecto da Venus Express .
Mas, Vénus tem muito pouca água e se a dos oceanos terrestres fosse espalhada uniformemente pela superfície da Terra, formaria uma camada com três quilómetros de profundidade. Se condensássemos o vapor de água presente na atmosfera de Vénus, formar-se ia um pântano com três centímetros.
Contudo, há milhares de milhões de anos, Vénus tinha provavelmente muito mais água; já que se confirmou que o planeta perdeu uma grande quantidade para o espaço – porque a radiação ultravioleta do Sol atravessa a atmosfera de Vénus separando as moléculas de água em dois átomos: dois de hidrogénio e um de oxigénio. E estes acabam por se escapar para o espaço.
No site indicado poderão ver esta e outras imagens
Desde os tempos mais remotos Vénus, deusa e planeta, inspirou os homens da poesia à pintura e à música
O Nascimento de Vênus, pintura de Sandro Botticelli, data de finais do século XV (1483?)
Representaões murais na Roma antiga
Da célebre obra de Gustav Holst , Planets, aqui deixo Venus, the Bringer of Peace
Termino com poesia
Vénus
Hora crepuscular. Diáfano, no ar, um véu de nostalgia.
Procuro no Céu a estrela vespertina, divina por alegoria
e que, dita estrela, não é senão planeta, de atmosfera tão densa
que a temperatura se torna tão intensa que não permite a vida,
tal como pela humana crença é concebida.
Talvez seja por causa da energia que flui como calor
que Vénus é a deusa do amor,
amor que arde, amor que mata, amor - paixão como os de Isolda e Tristão,
Euridice e Orfeu, Julieta e Romeu, Pedro e Inês, amor lendário
no imaginário português.
Regina Gouveia
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Só um beijo Regina pelo seu lindo poema.
ResponderEliminarE uma interrogação.Até onde poderá chegar o ser humano apesar de já ter percorrido uma tão longa trajectória que tantos mistérios tem desvendado? Continuará em frente ou autodestruir-se-á?
Mais um beijo.
Engraçado....hoje , agora mesmo, puz no meu blogue uma fotografia tirada pelo meu irmão com uma figura de Mulher e um poema de Rabindranah Tagore. O teu post complementa-o ou vice-versa. Sempre me apaixonou saber mais sobre os planetas e gosto de ler novidades descobertas pelos cientistas, que não param de nos surpreender. Este post é tb um pouco assustador, pois poderemos divagar e perguntar-nos o que nos acontecerá - a nós terrestres - daquia uns milhares de anos. será que acabaremos assim???
ResponderEliminarEsperemos que não...vivamos para a preservação da Terra.
Quanto ao poema...o poço não tem fundo, pois não?
Bjo