Terminei a última mensagem
com a promessa de abordar, nesta, o drama do povo saharaui
Chamado de “última colónia da África”, o Sahara
Ocidental é cenário de um dos mais antigos – e menos conhecidos – conflitos do
mundo. Após a saída dos colonizadores espanhóis, em 1974, o território foi
ocupado porMarrocos, provocando uma guerra intermitente e a dispersão da
população nómada nativa, os saharauis – que vivem há mais de 40 anos na
condição de refugiados e apátridas em sua própria terra. O prometido referendo
sobre a autodeterminação desse povo jamais aconteceu. ..
O mapa ajuda a esclarecer
O drama dos saharauis é também tema do documentário de longa-metragem “O deserto do deserto”, de Samir Abujamra e Tito González Garcia. De seguida podem ver um pequeno trailer do filme (https://www.cineodeon.com.br/movie/o-deserto-do-deserto/) bem como ouvir uma entrevista com o realizador Samir Abujamra“
Também
em https://www.facebook.com/events/119776652008027/
pode ler-se;
Os
cineastas acabaram fazendo parte do conflito quando o jipe em que estavam
explodiu ao passar por sobre uma mina antitanque, a apenas 800 metros do
destino final – o Oceano Atlântico.
Em Espanha há várias organizações de solidariedade com
o povo saharaui e um dos programas que levam a cabo é “Férias em paz”
https://www.youtube.com/watch?v=kzRva9wE-YE
É esse o caso do jovem Emhamed que está a passar férias em casa do alcalde de Morille e na foto está ao lado de Salek, de quem falarei um pouco mais abaixo.
É esse o caso do jovem Emhamed que está a passar férias em casa do alcalde de Morille e na foto está ao lado de Salek, de quem falarei um pouco mais abaixo.

Mas há também jovens que vivem e estudam em Espanha, com famílias de acolhimento e vão passar as férias coma a família, nos acampamentos. No vídeo podemos ver o testemunho duma jovem saharaui, acolhida em Espanha
Muito gentil, Salek brindou os participantes servindo um chá.
Conhecida
pelo aroma especial e temperos característicos, a tradicional cultura
marroquina foi uma das principais responsáveis pela disseminação do ritual do
chá entre os países árabes.
Tudo começou quando os
ingleses surgiram com a ideia de misturar o chá às ervas que os marroquinos
estavam acostumados a ingerir. Essa mistura fez com que o sabor das ervas fosse
suavizado. O grande destaque foi o chá de hortelã, que, por ser mais consumida
pelos nômades, rapidamente se espalhou por todo o Oriente Médio. Desde então, o
chá de menta é uma das tradições mais conhecidas no Marrocos.
qualquer hora são bons para
se beber chá. O hábito de beber chá está enraizado na cultura marroquina e é
muito mais do que uma bebida. O chá é todo um significado e ritual ao qual os
visitantes não podem ficar indiferentes. Oferecer um chá faz parte do saber
receber do povo marroquino, conhecido pela sua hospitalidade. Quando se visita
alguém, numa loja ou mesmo na rua, se lhe oferecerem um chá, manda a etiqueta
que não recuse. Há toda uma técnica em torno do chá desde a preparação das
folhas, a preparação da infusão em si até à forma como é serviço, despejado do
bule bastante distanciado do copo para favorecer a mistura com o ar e criar uma fina coroa de espuma.
Os chás são servidos em
copos pequenos dispostos em bandejas de metal. Porém, quando a preparação é
feita no deserto, ela acontece de modo mais simples, em pequenos bules de metal
esmaltado.https://thegourmettea.wordpress.com/2011/08/02/o-cha-pelo-mundo-marrocos/
Também, gentilmente, propôs
oferecer a cada um dos participantes, a escrita do respectivo nome em árabe.
Pedi-lhe então para
escrever sete nomes entre eles os dos meus netos, e ofereci “em troca”, um
donativo para a causa do seu povo.
Esta lembrança para os meus
netos teve ainda uma outra intenção – mantê-los entretidos a pintar o desenho
que emoldura cada nome (qualquer actividade que possa tirar os netos do tablet
é sempre providencial…)
Aqui está o trabalho já iniciado pelo meu neto Bernardo
Aqui está o trabalho já iniciado pelo meu neto Bernardo
PS (Postsriptum)- Na
mensagem anterior esqueci-me de contar que, durante a apresentação de um livro, a
dada altura, vi na assistência uma pessoa que me parecia ser Mário Tomé, figura
emblemática do 25 de Abril.
Comentei com o meu marido
e com um amigo e a reação foi idêntica; Não pode ser. No entanto
é muito parecido com a figura que recordamos de há mais de quarenta anos.
Na apresentação seguinte
um elemento da mesa anunciou o livro "Milando" de Paulo Salgado,
apresentado por Mário Tomé, "figura emblemática do 25 de Abril".
Curiosamente esteve na
Guiné em locais onde o meu marido também esteve, pelo que ainda conversaram um
pouco sobre o assunto.