Foi
com surpresa e muita tristeza que soube da morte de João Lobo
Antunes. Como tenho referido, ultimamente os meus dias têm sido tão
preenchidos que não me apercebi do seu problema de saúde.
Assisti
a algumas palestras suas, nomeadamente a uma na Fundação Eng.
António de Almeida em que se referiu à postura negativa de muitos
reformados, enfatizando que reformar é mudar de forma, incentivando
os reformados a encontrar novas formas de “viver”. Foi
extraordinariamente interessante como todas as que assisti
diretamente ou através de órgãos de comunicação, do youtube, etc
Tenho
apenas um livro seu Memórias de Nova Iorque e outros ensaios
de
que várias vezes usei excertos, em comunicações.
Mas
o texto de sua autoria de que mais gosto e que releio de vez em
quando, é Carta a um amigo-novo, prefácio ao livro De Profundis,
Valsa lenta, de J. Cardoso Pires.
Confesso
que embora goste de alguma obras JCP, neste caso gostei bem mais do
prefácio do que do livro. Deixo dois excertos.
Nesse prefácio faz referência ao Quarteto das Dissonância de Mozart de que deixo um excerto
Tentei encontrar o texto integral na NET mas não consegui. Nessa busca fui ter a um site
que
se refere à sua morte de um modo comovedor.
...fatalidades
que surgem, a que vulgarmente se chama cancros, que estreitam logo a
margem da esperança de vida, logo a ele que passou a vida inteira a
resolver esta tipologia de doenças fatais, a roubar dias à morte
dos outros.
Deixo também três intervenções suas, um vídeo Reflexões sobre Medicina, Literatura e Culturahttps://www.youtube.com/watch?v=jxfc9Jg7Btg
Deixo também três intervenções suas, um vídeo Reflexões sobre Medicina, Literatura e Culturahttps://www.youtube.com/watch?v=jxfc9Jg7Btg
Nesta última faz referência a algumas obras de arte, nomeadamente ao Grito de
Munch com que
termino esta mensagem.