O passado dia 11 de Fevereiro foi um dia histórico para a ciência: foram detetadas as ondas gravitacionais previstas há um século por Albert Einstein
A este propósito Carlos Fiolhais escreveu:
A descoberta das ondas gravitacionais não é nada inesperado para os
físicos. Todos eles esperavam, mais tarde ou mais cedo, que mais
esta previsão de Einstein se viesse a confirmar. Mas é uma ironia
da história que ela tenha sido feita escassos dois meses após o
centenário da teoria da relatividade geral de Einstein, que tão bem
descreve os fenómenos gravíticos através de uma deformação do
espaço-tempo em volta de corpos com massa. Até agora todas as
previsões da relatividade geral de Einstein bateram certo. É uma
teoria não só bela - uma das mais belas teorias científicas - mas
também verdadeira, muito verdadeira (...)
(...)Além de se confirmar uma teoria abre-se uma nova janela para observações do espaço. Até agora só se via o espaço através de luz (luz de vários tipos, visível ou invisível). Agora passa-se a recolher o "som" do espaço, que é como quem diz as vibrações não de nenhum meio material mas do próprio espaço-tempo, graças a acontecimentos singulares mas não muito raros que são grandes cataclismos cósmicos. Como disse um dos cientistas envolvidos, até agora só tínhamos olhos para o espaço, Agora temos também "ouvidos". E o espaço não é um sítio de pasmaceira, é um cenário de acontecimentos violentos, que nos fornece feéricos espectáculos de luz e cor.
Numa outra mensagem, Carlos Fiolhais responde a questões colocadas por uma leitora.
Por outro lado, Vitor Cardoso, Professor do Departamento de Física do Instituto Superior Técnico, ULisboa e investigador do CENTRA-Centro Multidisciplinar de Astrofísica, fala-nos desta deteção nos vídeos que seguem
Numa outra mensagem, Carlos Fiolhais responde a questões colocadas por uma leitora.
Por outro lado, Vitor Cardoso, Professor do Departamento de Física do Instituto Superior Técnico, ULisboa e investigador do CENTRA-Centro Multidisciplinar de Astrofísica, fala-nos desta deteção nos vídeos que seguem
O vídeo que segue, ajudar a perceber o que acima ficou referido
E já que falamos e ondas deleitemo-nos com estas "ondas sonoras" ao mesmo tempo que desfrutamos da poesia de Ricardo Reis, da beleza do vai e vem das "ondas do mar" e das ondas eletromagnéticas responsáveis pelo colorido das imagens
Uma
após uma as ondas apressadas
Uma
após uma as ondas apressadas
Enrolam
o seu verde movimento
E
chiam a alva espuma
No
moreno das praias.
Uma
após uma as nuvens vagarosas
Rasgam
o seu redondo movimento
E
o sol aquece o espaço
Do
ar entre as nuvens escassas.
Indiferente
a mim e eu a ela,
A
natureza deste dia calmo
Furta
pouco ao meu senso
De
se esvair o tempo.
Só
uma vaga pena inconsequente
Pára
um momento à porta da minha alma
E
após fitar-me um pouco
Passa,
a sorrir de nada.
Ricardo Reis
Excelente postagem dedicada à ciência. Carlos Fiolhais sabe do que fala...
ResponderEliminarFoi também bom ler aqui o Ricardo Reis.
Beijos.
Obrigada pelo seu comentário.
ResponderEliminarCarlos Fiolhais é sem dúvida um bom divulgador da ciência. E quanto a Ricardo Reis, "Tenho Mais Almas que Uma", o génio de Pessoa emerge em todos os seus múltiplos "eus"
Já deixei uma mensagem no seu blogue desejando o maior sucesso para a apresentação do dia 12
Ab
Regina